sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Recordar é Viver: "Bô, 11 anos sem o craque da bola"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


No último dia do mês de agosto completou 11 anos que o Carlos Alberto Sabione Lemos Soares, o “Bô” nos deixou e ,com certeza, foi “bater aquele bolão” nos campos celestiais. Inegavelmente o Bô está entre os melhores jogadores da história do futebol profissional de Garça. A meu ver, ao lado do também zagueiro Altamiro Gomes, que jogou no Garça, nos anos 50, são os dois melhores, dividindo a primeira posição. Numa época que zagueiro ficava parado na frente da área, tinha que chegar junto “dar porrada”, chutar bola para qualquer lado, eles já eram diferenciados. 

Jogavam com classe, tinham categoria, para matar a bola no peito e sair jogando. Constantemente iam para o ataque, para desespero dos treinadores da época. Além do que eram ótimos na bola aérea, cabeceavam de olho aberto, e rebatiam a bola nos pés dos companheiros para puxar o contra-ataque. O Bô, veio do Linense, no início dos anos 70, era uma verdadeira liderança dentro dos gramados. Gostou tanto da cidade e Garça dele, que por aqui ficou, até quando nos deixou no dia 31 de agosto de 2.008. 

Para falar um pouco da carreira do Bô, reportamos a matéria que nosso conterrâneo Zancopé Simões, enviou e que está lá no “Que fim levou”, site do consagrado santista Milton Neves, o moço de que veio de Muzambinho/MG, como diria Fiori Giglioti, o locutor da torcida brasileira da Rádio Bandeirantes/SP.
                     
“Bô era irmão do também ex-zagueiro Estevam Soares. Só que tinha um futebol melhor do que o do mano. Boleiros da época não se cansam de afirmar que o "Estevam não servia nem para engraxar a chuteira do Bô. Só que uma contusão grave no joelho, quando jogava pelo Atlético (GO), fez com que Bô encerrasse prematuramente a carreira. Depois de encerrar a carreira de jogador, chegou a ser técnico do Garça FC (1984), ano em que foi vice-campeão da Terceira Divisão do Paulista). Ele, que morava em Garça (SP) e estava aposentado como policial civil, morreu no dia 31 de agosto de 2008, às 14h, vítima de uma doença no fígado. Quatro horas depois, seu irmão estreava no comando técnico do Portuguesa, em partida contra o Atlético Mineiro, no Canindé. O jogo terminou empatado em 1 a 1 e a Lusa continuou na zona de rebaixamento do Brasileirão 2008, mas para Estevam Soares, o resultado foi o de menos. Bô foi sepultado em Garça, no dia 1º de setembro de 2008.

O ex-zagueiro Bô era casado com a Vera, e deixou três filhos, todos ligados ao esporte: Cadado é fisioterapeuta; Dudu é formado em Educação Física e como preparador físico já trabalhou no Marília (SP), no Catalão (GO) e no América de Natal (RN) e Xandão foi também zagueiro-central, que atuou no Primavera de Indaiatuba (SP), equipe que foi treinada pelo mano Estevam Soares no começo dos anos 90”.

Veja nos flagrantes, Bô com a camisa do Garça e no ótimo time de 1.971. Em pé da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Lula, Bô e Abegar; agachados: Davi, Cláudio Belon, Osmar Silvestre, Itamar Belasalma e Helinho.

Na outra uma foto em família: Dudu, Bô, Xandão e Cadado.