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Wanderley `Tico´ Cassolla
Nem bem começou o ano e a cidade perdeu
um grande atleta do passado. O Cláudio Nestor Parisiani de Carvalho, ou
Claudião Eletricista, faleceu no último dia 4.
O primeiro a me dar a
notícia foi o Roberto, do Escritório Líder: “Tico, faleceu o primeiro
centroavante do Ipiranga”. De fato, o Cláudião juntamente, com o mano Zé Carlos, ajudou na fundação do Clube Atlético Ipiranga,
no dia 21 de Março de 1960. E por muito tempo envergou a tradicional camisa
vermelha e branca, marcando gols, atuando de centroavante, ora na ponta esquerda. Um atacante raçudo,
cujo ponto forte era o cabeceio.
No ano de 1971 a diretoria
do Ipiranga praticamente remodelou todo o elenco com vários garotos juvenis: Alcir, Nozinho,
Sambinha, Fabrão, Edson Tercioti, Carlinhos Tucilo e este articulista. Ficaram os “veteranos”: Cláudião, o goleiro
Buzega, Zé Bituca, Ademir, Bertinho, Agrião e Broginho. Segundo o dirigente Takashi Kitamura, a missão do Claudião
“Vila” era comandar o ataque e orientar a molecada. Dentre as tarefas era ajeitar
bola para este articulista marcar gols.
Mas o grande feito do
Cláudio mesmo foi ano anterior. O então interventor federal em Garça, Jaime
Nogueira Miranda, terminou a construção do Campo da Escola Agrícola, na Vila
Manolo, que seria utilizado nos jogos do campeonato amador. O novo campo ficava
ao lado do atual existente no Módulo Esportivo “Pedro Alves Neto”. O jogo
inaugural foi entre Frigus x Ipiranga, as duas principais agremiações da época.
Muita festa, foguetório, os tradicionais discursos e casa cheia. Após os
noventa minutos, vitoria do Ipiranga por 1 a 0. E coube ao Claudião marcar o primeiro gol na nova praça
esportiva. O Frigus era um time forte, dominou a partida, mas num rápido
contra-ataque pelo lado esquerdo, o Claudião fintou o lateral, ganhou do beque
central na corrida e na saída do goleiro, tocou rasteiro no canto. A bola ainda
tocou na trave antes de entrar. Veja o
time do Ipiranga no histórico jogo. Em pé, da esquerda para direita: João Truzzi
(dirigente da CCE), Mamede (diretor), Bertinho, Cripa, Ademir, Béia, Buzega,
Celsão, Jaime Nogueira Miranda e Nelson
Carvalho de Souza (diretor). Agachados: Ali Daroughe,
Ciri Santana, Tofoli, Zé Santana, Claudião e
Dito.
Depois o Cláudio foi
“contratado” pelo forte time do Serenata, para disputar o Amador garcense e o Campeonato Regional da Liga de Marília, onde foi bicampeão nas temporadas de
1972/73.
Recordamos uma das formações
do Serenata. Em pé da esquerda para direita: Orlando Antunes Moreira (dirigente
da CCE), Camacho (diretor), João Guerra (diretor), Zé Walter, Jorjão, Picova,
Plínio Dias, Tonho Nego, Osni e Juvenal Barbeiro (técnico). Agachados: Rola
Cassola, Ditinho Marcola, Cláudião, Tiguinha, Natal, Edson Tercioti e Vardinho.
Em foto recente, posamos ao
lado do Claudião (esq), um atacante goleador e que teve a honra de marcar o
primeiro gol no Campo da Escola Agrícola.