Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Em meados dos anos 60 eram
três jovens, cheios de planos e uma paixão: o futebol. Na época, o domingo para o Luiz Tucilo (Bidiu),
Waldir Peres e o Celso Luiz Ramos: percorrer os campos da cidade a procura de
um jogo qualquer. Perambulavam pelo
Campo do Municipal, Congregação, Rebelão. No Campo do Garça, em Vila Williams, era mais
difícil, só para os craques da época. O “Frederico Platzeck” estava em
construção sem previsão de inauguração. O jeito mesmo era os campos de terra. Dos três jovens boleiros não
precisamos nem falar quem venceu na carreira de atleta profissional.
O Celso jogou nos times
infantis do Corintinha do Luiz Conessa (juntamente com o Waldir Peres), Esportiva do Jaci Fernandes (com o Paulo
Garça ou Pelezinho como queiram), Juventus, no Botafoguinho do Egídio (ao lado
do Helinho Tercioti) e por ultimo na Ferroviária. O Bidiu jogou no Paulistinha
(time que revelou o Waldir Peres),
Ipiranga e no SASP. Depois de completar a maioridade, servir o Tiro de
Guerra, era “moda” se mudar para São Paulo atrás de um bom emprego.
Bem do Waldir Peres não
precisamos falar muito, todos já sabem. Depois do Paulistinha (foto), foi para
o Garça, Ponte Preta, São Paulo e seleção brasileira. A maior revelação de
todos os tempos, saiu do campo de terra da colônia da Companhia Paulista de
Estradas de Ferro, para disputar três copas de mundo (74, na Alemanha, 78, na
Argentina e 82 na Espanha, esta última como titular absoluto, na memorável seleção comandada por Telê
Santana. Veja o Paulistinha, campeão do "Torneio Pedro Valentim Fernandes”,
do ano de 1965. Em pé da esquerda para direita: Jacy Garcia (dirigente), Cripa,
Waldir Peres, Crescêncio, Tófolli, Celsinho e Dindo; Agachados: Paulinho, Bidiu,
Titico, Emídio e Inocêncio "Rabudinho".
Cada um seguiu o seu lado e ao
longo dos anos tiveram poucos contatos. Até que, a
convite do Celso Ramos, os três se encontraram recentemente no bucólico Camping
Cabreúva e passaram um final de semana nostálgico (foto). Não só recordaram os bons tempos de Garça,
como também sobrou para o Waldir Perez contar os causos que vivenciou no
futebol. O “guapo” tem cada um de
arrepiar os cabelos e que daria um bom livro.