Fim
de ano, época de recordarmos como foi 2014 no esporte em geral. Claro que no
topo da lista de todo brasileiro, como maior vexame, a dolorosa e inesquecível
derrota para a Alemanha, na Copa do Mundo, 7 x 1. O que veio a seguir também
foi de amargar: a carta da Dona Lúcia, lida por Carlos Alberto Parreira, sobre
fictícia torcedora que apoiava todo o trabalho da comissão técnica e a teimosia
de Felipão, que até o último momento tinha certeza que seguiria à frente do
escrete nacional. Mas depois veio a decisão do terceiro lugar contra a Holanda,
nova derrota, 3 x 0, e daí...Ressuscitaram o Dunga!
Ainda
sobre o Mundial, as eliminações de Espanha e Itália, ainda na fase de grupos,
foram fatos marcantes, principalmente para a Azzurra, que depois do título na
Alemanha/06, ficou pelo caminho pela segunda vez seguida. E o que dizermos da
vampiresca mordida de Luiz Suarez, do Uruguai, no zagueiro Chielini, da Itália?
No
cenário nacional, a derrota do Palmeiras para o Goiás, 6 x 0, pelo Brasileirão,
as repulsivas cenas de racismo contra o goleiro Aranha, do Santos, em jogo
frente ao Grêmio, pela Copa do Brasil, em Porto Alegre, e os primeiros jogos no
Itaquerão e Allianz Parque, com Corinthians e Palmeiras sendo derrotados por
Figueirense e Sport, também aparecem nesta lista.
Fica
difícil apontarmos algum fato positivo num ano tão pobre. Talvez o bicampeonato
brasileiro do Cruzeiro e o inédito troféu da Copa do Brasil que o Atlético-MG
ganhou justamente em cima do maior rival. O título paulista do Ituano após
eliminar Corinthians e vencer Palmeiras e Santos, também pode ser citado, bem
como o retorno do Marília AC à elite do futebol paulista. E no apagar das
luzes, Gabriel Medina, tornando-se o primeiro brasileiro campeão mundial de
surf.
George
Hilton, deputado mineiro nascido na Bahia, indicado para ser o novo ministro do
Esporte, tem sido bombardeado antes mesmo de assumir a pasta. Pensando na péssima
repercussão, PT e PRB, sigla partidária do parlamentar, tem tentado convencer a
presidente Dilma de rever a indicação. Apresentado na página da Câmara como
“radialista, apresentador de televisão, teólogo e animador”, Hilton foi co-autor de projeto que pede mudanças
na destinação dos valores arrecadados no Timemania para atrair apostadores e
elevar a capacidade das entidades esportivas de pagar suas dívidas junto à
União.
Em
2005, Hilton foi flagrado no aeroporto de Belo Horizonte, com 11 malas de dinheiro,
que totalizavam R$ 600 mil. Mesmo dizendo que eram de fiéis da Igreja
Universal, onde é pastor licenciado, acabou expulso do seu partido à época, o
PFL. Além disso, ele sofre uma
execução judicial da União. Uma ação da Fazenda Nacional na Justiça Federal
cobra cerca de R$ 29,7 mil dele, de uma parente e de uma empresa referentes a
impostos supostamente não pagos. Ontem, grupo de esportistas famosos,
capitaneados por Raí, divulgou nota, repudiando a escolha do Planalto.
Conforme
anunciamos recentemente, o Esporte Interativo, abastecido com o dinheiro
norte-americano da Turner, comprou, por três temporadas, os direitos exclusivos
da Liga dos Campeões para os canais fechados. O preço? U$ 135 milhões. Porém,
aquele canal esportivo tem tido enorme dificuldade para conseguir entrar nos
pacotes da Net e Sky, as maiores operadoras do Brasil. Como o tempo está
passando, a empresa européia que comercializa os direitos começou a pressionar
a Turner, pois, por contrato, é obrigatória a transmissão em canais fechados. Como,
ao que parece, o Esporte Interativo não conseguirá avançar nas negociações, a
Turner tem estudado a possibilidade de transmissão dos jogos por outros canais
do grupo, conhecidos pelos filmes: Space e TNT, canais 58 e 60 da Sky.
Deu no Lance!Net:
“Apesar do Brasil ser o País do Futebol, a modalidade é a apenas a terceira
mais praticada pelos brasileiros. Segundo o estudo Sponsorlink, do Ibope
Repucom, a corrida é a atividade mais praticada no país, com 28%, enquanto que
23% afirmam andar de bicicleta regularmente. O futebol aparece na sequência
sendo praticado por 22% dos brasileiros. Para o levantamento, foram
entrevistados 1 mil pessoas.”
O jornalista Bernardo
Itri traçou um panorama sombrio para o futuro corintiano: “O Corinthians
precisa multiplicar a receita de bilheteria até julho de 2015 para conseguir
quitar a primeira parcela do Itaquerão, de aproximadamente R$ 100 milhões. Por
enquanto, o clube arrecadou apenas R$ 20 milhões com ingressos. Terá de
levantar, então, R$ 80 milhões no primeiro semestre para cumprir o compromisso.
No período, o Corinthians tem, no máximo, 24 partidas em casa para alcançar o
valor. Dependendo do desempenho do time no primeiro semestre, o Corinthians
pode disputar em casa 11 jogos no Paulista, oito na Libertadores e cinco do
Brasileiro até julho, mês do pagamento. Em 2014, no Itaquerão, o Corinthians
registrou média de lucro líquido de R$ 1,3 milhão por partida. A salvação
corintiana seria a venda dos naming rights, cuja negociação está emperrada. Se
acontecer, a entrada dos R$ 400 milhões pedidos pela propriedade será vista
como um alívio no Parque São Jorge. O Corinthians também tenta vender camarotes
e cadeiras cativas para torcedores, a fim de turbinar suas receitas da arena.”
Finalizamos
mais um ano ao seu lado, amigo leitor, a quem desejamos um Ano Novo cheio de
alegria, paz e realizações. Voltaremos na terça-feira (6) com a primeira edição
de 2015.
Fonte: Jornal Comarca de Garça