Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Na noite da última
quarta-feira, o Rotary Club de Garça, prestou em sua sede social, uma
significativa homenagem ao ex-goleiro garcense Waldir Peres de Arruda. Foi uma
noite especial com o tradicional clube de serviço – o mais antigo de Garça - concedendo
ao Waldir um diploma de Honra ao Mérito e também uma medalha, em
reconhecimento aos relevantes serviços prestados à nossa comunidade, sempre divulgando
o nome da cidade pelo Brasil afora. Nós estivemos prestigiando o evento e também
fomos agraciados com um diploma/medalha.
Mas a bola da vez foi o Waldir
Peres, a maior revelação do futebol garcense em todos os tempos, eterno ídolo
no São Paulo, clube que defendeu por 11 anos e disputou três Copas do Mundo
(Alemanha/74, Argentina/78 e Espanha/82). Usando da palavra, Waldir
Peres, um tanto quanto emocionado, agradeceu pela lembrança e reconhecimento,
afirmando categoricamente, que esta foi a primeira homenagem que recebe em sua
terra natal.
“Falou de sua infância,
vivida nas proximidades da Estação do Trem da Companhia Paulista de Estradas de
Ferro, onde seu pai o Sr. Edil, era empregado. Foi ali num campinho de terra,
juntamente com os filhos dos demais ferroviários, que começou a jogar bola.
Lembrou que o gol não tinha trave, rede nem pensar, era colocado dois tijolos
no chão, um distante do outro. Sempre chegava em casa “ralado” de tanto pular.
Depois jogou na várzea, defendendo o Corintinha, Paulistinha, Bangu e Garça
FC, onde se profissionalizou.
Disse que assistiu toda a
Copa do Mundo de 1970 (México) aqui em Garça, na casa de seus pais, numa
televisão da marca “Colorado-RQ”, quando o Brasil ganhou o tri-campeonato. Após
a Copa foi vendido para a Ponte Preta, graças ao empenho do presidente do
Garça, Sr. João Bento.
Jamais imaginava que pouco
tempo depois, estaria na Seleção Brasileira na Copa da Alemanha (1.974), ao
lado de jogadores como Rivelino, Jairzinho, Leão, Zé Maria e do técnico Zagalo, já que, quatro anos antes, torcia por eles aqui em Garça. "Foi tudo muito rápido a minha ascensão no
futebol. Vivi grandes momentos e emoções como atleta profissional. Graças ao
futebol até hoje sou reconhecido por onde vou, como nesta noite especial do
Rotary Club de Garça. Muito obrigado mesmo”.
Veja nos flagrantes Waldir Peres
com os membros do Rotary durante a noite festiva, com a trajetória esportiva
dos homenageados sendo apresentada pelo companheiro Enéas Filho. Vale acrescentar que depois
de Garça, Waldir Peres foi para a Ponte Preta e assumiu a titularidade no gol. Em
seguida no São Paulo desbancou o goleiro Sergio Valentim, o “São Sérgio”, e
ficou titular absoluto durante 11 temporadas, entre os anos de 1.973 à l.984,
disputando 617 jogos. É o segundo jogador que mais vestiu a camisa do São
Paulo. O primeiro é Rogério Ceni.
HISTÓRIA: No último dia 28 de maio, o Rotary Club de
Garça completou 76 anos de fundação. A primeira reunião aconteceu no
Restaurante Bóia, que ficava localizado numa das dependências da antiga Estação
Rodoviária. Sob o comando de James H. Roth, representante do Rotary
Internacional para o Brasil, vários garcenses se reuniram e assinaram a ata de
fundação do clube, que recebeu o número 6 do Distrito 119, sendo ainda a 93ª
unidade do Rotary a ser fundando no Brasil e o 5.401º do mundo. Quando da
fundação o tradicional clube foi comandado por João Carlos Nougues e Belirio
Guimarães, um em cada semestre. Durante
toda a sua existência tem colaborado bastante com a comunidade garcense, nos
mais diversos segmentos caritativos. Atualmente o clube é presidido pelo
palmeirense Luiz Rosa Filho e conta com 28 companheiros. O próximo presidente
será o são-paulino Antonio Carlos Belarmino, que tomará posse no dia 19 de
julho.