Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Agora sim é definitivo. Valdir Tramontini tem seu nome eternizado em Garça. O imóvel situado à Rua José Rosário nº 1077, no Bairro Labienópolis, será denominado “Complexo Esportivo e Lazer Valdir Tramontini”.
Os seus feitos, dentro dos gramados, como um emérito goleador, e também fora, como um competente delegado da Polícia Civil, ficarão para todo o sempre. Hoje estamos plenamente felizes com este reconhecimento.
O seu falecimento prematuro, no dia 17 de outubro de 2020, com apenas 56 anos de idade, deixou os amigos e a cidade enlutada. Tudo começou no ano de 2021, quando o vereador e corintiano Lico, propôs ao prefeito João Carlos dos Santos, que é são-paulino, a nomeação do complexo esportivo. Após tramitação na Câmara Municipal, foi aprovada a Lei Municipal nº 2639, publicada no último dia 29 de fevereiro, que, portanto, já está valendo.
Fomos muito próximos do Valdir no futebol, mesmo eu sendo uns anos mais velhos que ele. Praticamente vi ele crescer nos campos da cidade. Cheguei até a imaginar que faria mais gols do que eu. Lembro do primeiro time que jogou: no juvenil do Flamengo, de Vila Rebelo, no ano de 1977, com apenas 13 anos de idade. Já despontava como um atacante de raça, presença na área e marcando gols, para alegria do técnico Gilberto “Betão” Aguiar, que sempre o escalava como titular absoluto. Naquele ano o Flamengo terminou como vice-campeão juvenil, e começava a se organizar, para num futuro não distante, se tornar um dos maiores times do futebol amador.
No ano de 1980, decidiu trocar de time e foi “contratado” pela Fazenda São Francisco, do técnico/presidente Eudes Benites.
Por motivos profissionais foi trabalhar fora de Garça. Quando retornou, jogou no Independente, Flamengo e Fitotécnica. Veja uma das formações da Fitotécnica, do presidente José Aparecido Soares, campeã da modalidade na temporada de 1986. Em pé, da esquerda para direita: Pedro Soares (treinador), Lú Moisés, Ricardo Martines, Chicão, Laércio, Dirceu e Soares; agachados: Roldney Alvarenga, Biro-Biro, Valdir Tramontini e Polaco.
Ainda disputou a categoria máster, defendendo o Internacional, Flamengo, Dinos e, por fim, Os Pior, quando disputou o Torneio Preparatório na temporada de 2020. Pra varia,r sempre se destacando como um impetuoso atacante e goleador. Com seu carisma era um atleta que unia o time, agregava o grupo, nas vitórias e principalmente nas derrotas. Sua marca registrada era “fazer coraçãozinho com as mãos (foto), assim que marcava um gol. Na maioria das vezes mandava a saudação para os torcedores adversários que “pegavam no seu pé”, à beira dos campos.
DISPUTA LEGAL: Numa ocasião, este articulista e o Valdir (foto) recebemos o convite do pessoal do futebol suíço, para um jogo festivo de fim de ano. Por coincidência caímos no mesmo time, jogamos na frente, é logico. Antes de começar o prélio, o Valdir me desafiou: quem marcaria mais gols? Topei a parada. Saí na frente, no primeiro tempo marquei 2 gols, ele nenhum. Na etapa complementar, ele virou o jogo, marcou 3 gols. Resultado: perdi a aposta e aguentei gozação por um bom tempo. Quando nos encontrávamos, ele se aproximava e me chamava de “Finazzi”, numa alusão ao centroavante grandalhão, que defendeu o Corinthians, nos anos de 2007/2008. Eu retrucava: “Fala Edmundo (ídolo do futebol carioca), jogador carrancudo, chato de marcar, mas sabe fazer gols”.
Quanto ao lado profissional, para mim o Valdir Tramontini está entre os melhores delegados de polícia da história de Garça. Durante o tempo que aqui trabalhou, desempenhou a árdua função com competência, dinamismo e autoridade máxima, tudo visando a segurança da população garcense. Uma pena que ficou pouco tempo na “Sentinela do Planalto”. Quando faleceu estava lotado na DIG/Delegacia de Investigações Gerais em Marilia.
Neste rol dos melhores delegados, também incluo Dr. Ricardo de Paula Martinez (zagueirão e treinador no futebol suíço), e ainda o Dr. Luiz Carlos Piazentin, goleirão de bons predicados técnicos,