sexta-feira, 15 de março de 2013

Recordar é Viver: Salec homenageia Cláudio Alves





Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Confesso que não compareci na tarde do último sábado no conjunto Poliesportivo “Manoel Gouveia Chagas”  para prestigiar a largada da Copa Enéas Sport de futebol suíço master. Porém,  acompanhando o blog do Marcão Morais, logo à noitinha já estava sabendo do fato que marcou a abertura do torneio, com a  homenagem prestada pelo Salec,  ao saudoso dirigente, Cláudio Alves, falecido no ano passado.
Fervoroso torcedor do Salec – Sanatório André Luiz Esporte Clube -, ele sonhava com o retorno da equipe às competições, após quase 30 anos de afastamento. Infelizmente, não teve a oportunidade de ver o seu desejo realizado. Na partida vencida pelo Salec contra o Ciborg, pelo placar de 4 a 2, um banner gigante foi pendurado na tela de proteção do Campo “Martin Carvalho”, com a foto de Cláudio Alves ao centro. Chamou a atenção de todos e valeu pela lembrança daquele esportista que deixou muita saudade no amadorismo
Pertencente à tradicional família Alves, o Cláudio colecionou vários amigos nos campos da vida,  que o diga seus irmãos Cido, João, Tonho, Ademir, as irmãs Fó e Marina, a esposa Bete e os filhos Juninho e Milene.
Uma coisa  constatamos: ele não foi de jogar bola, e como dirigente, gostava dos bastidores e o domingo para ele era sagrado: percorrer os campos, em especial onde jogavam seus irmãos Tonho, João e Cido (este árbitro). De tarde a outra mania era assistir o glorioso Corinthians, uma paixão sem fim.
Na curta carreira de atleta defendeu o Cliregal – Clinica de Repouso Garça,  depois como dirigente fez parte do Salec, Centro Esportivo (campeão amador de 1989), Flamengo (amador e suíço), master do Pé de Cana, Paulista e o Independente (suíço).  Foi um braço direito do técnico Bétão Aguiar, nos mais de 10 títulos que o glorioso Flamengo (Vila Rebelo) conquistou no futebol amador.
Uma outra paixão do Cláudio Alves era a idolatria pelo cantor Roberto Carlos, do qual era fã incondicional. Possuía a coleção completa dos discos de vinil, e sabia  “de cor e salteado’ todas as músicas do rei.  
Recordamos o bom time do Cliregal, do ano de 1.982, vice campeão da “Taça Cidade de Garça”, tradicional torneio anual promovido pelo Lions Clube. Deve ser o único time que o Cláudio Alves “correu” atrás da bola, pra variar era o jaqueta 10. Em pé da esquerda para direita:  Dejão, Adão Rocha, João Alves, Cido Alves, Ednalvo Cardoso de Andrade e Carlos Bonfa; agachados: Cláudio Alves, Vitinho, Zé, Nei e Mauro.                        
A passagem do Cláudio Alves no âmbito terrestre foi meteórica, muito rápida mesmo. Pelo jeitão simples de ser, pelo coração benevolente, merecia ficar por mais tempo entre nós. Como estamos neste plano só de passagem, temos que acatar as ordens de nosso Mestre. Mas com certeza o Cláudio, onde quer que esteja, passou por grandes emoções na tarde do último sábado. O carinho, respeito e admiração de seus amigos serão eternos. E como diria Fiori Giglioti, o ex-locutor da torcida brasileira: “O Cláudio Alves ficará por todo o sempre incrustado no carinho, no coração, na ternura e na sinceridade do nosso cantinho da saudade”.
Fonte: Jornal Comarca de Garça