sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Recordar é Viver: "Palmeiras, 100 anos de glórias"










Por Wanderley `Tico´ Cassolla


A última  terça feira foi um dia marcante para o futebol brasileiro. A Sociedade Esportiva Palmeiras comemorou 100 anos de histórias. O glorioso alvi-verde está entre os principais times de futebol do Brasil. Sua história é recheada de títulos e conquistas, e logicamente de algumas tristezas também . Afinal de contas no futebol nem sempre se vence. Derrotas fazem parte. Mas as vitórias e títulos superam tudo, e deixa sua torcida cada vez mais apaixonada. Uma torcida fanática, que canta e vibra a cada jogo e um amor imenso a camisa verde.
A coluna ao invés de falar dos inúmeros títulos do “Verdão”, homenageia três grandes palmeirenses, dentre os milhares de nossa cidade: Fernando Tucilo, Miltinho Palmeirense e Jorge Sitta.

Começamos pelo “seo” Tucilo um dos mais antigos e fervoroso torcedor.
Lembro da época, lá pelos anos 60, quando o  “seo” Tucilo, então funcionário da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro,  não largava o seu radinho de pilha Mitsubishi, sempre ligado nos jogos do Palmeiras. Desde a memorável academia do técnico Filpo Nunes, com destaque para o meio de campo formado por Dudu e Ademir da Guia. “Seo’ Tucilo sabia de tudo que acontecia nos campeonatos e dos times adversários. Para ele o Palmeiras era sempre o líder.

Avançando mais no tempo encontramos aquele que pode ser considerado o mais  fanático torcedor: Milton Cesar da Costa Fabrício, o conhecido Miltinho Palmeirense. Ele reconhece que o time atual não está a altura do nome Palmeiras, mas acredita piamente que esta situação vai mudar. Sua paixão é tamanha que sempre que teve oportunidade com foi no Palestra Itália ver o time do coração. É amigo pessoal do goleiro e “santo” Marcos, um dos maiores ídolos do Palmeiras.

No mesmo embalo encontramos o Jorge Luiz Sitta, outro ilustre torcedor.  Dificilmente  deixar de assistir um jogo, seja  na televisão ou rádio. Na semana passada esteve  trabalhando em São Paulo e na primeira oportunidade que teve foi conhecer o centro de treinamento do Palmeiras. De quebra encontrou o técnico Ricardo Gareca, que se mostrou bastante solicito. Após registrar o encontro, Gareca num bom “portunhol” que o Palmeiras é um time grande e logo vai retomar o caminho das vitórias.

Um pouco da história: Tudo começou com  o jovem Luigi Cervo, que resolveu  criar uma agremiação que representasse a colônia italiana e enfrentasse de igual para igual as equipes formadas por ingleses, escoceses e alemães que dominavam o futebol paulista da época.  Contando com o apoio de outro jovem, o jornalista Vicenzo Ragognetti, surgiu o nascimento do Palestra Itália no dia 26 de agosto de 1914. A estréia na elite do futebol paulistano ocorreu em 1916 e, já no ano seguinte, o time realizava uma grande campanha conquistando o vice-campeonato, feito repetido em 1919. Em 1920 vem a consolidação, primeiro pela aquisição do Parque Antarctica, o principal da cidade naquela época, incluindo a bela praça de esportes, e também pela conquista do Campeonato Paulista, feito que repercutiu por todo o país incentivando a criação de outros Palestras nos vários estados e pelo interior, incluindo o Palestra Itália de Minas Gerais (atual Cruzeiro) e o Palestra Itália do Paraná (atual Paraná Clube). No ano de 1942, por ocasião da II Guerra Mundial, a mudança de nome para Sociedade Esportiva Palmeiras, e a sina de títulos que não parou mais. Com inúmeras conquistas recebeu da FPF o título de Campeão do Século XX. A construção da nova arena, uma das mais modernas do mundo, prevista para ser inaugurada ainda neste ano, surge como o grande alicerce para que o Palmeiras continue brilhando no seu  caminho de glórias.