sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Recordar é Viver: "Júlio Cezar e um coração valente" - Parte II












Por Tico Cassolla


No Botafogo de Ribeirão Preto, o Júlio Cézar viveu uma das melhores fases de sua carreira, a ponto de se tornar vice-campeão paulista no ano de 2.001. Na semifinal o conhecido “Pantera da Mogiana”, eliminou a Ponte Preta, depois de vencer o primeiro jogo em casa, por 2 a 1, e empatar o outro em 3 a 3, quando  Júlio Cézar fez um golaço de falta, que inclusive, valeu a capa do Jornal Folha de São Paulo (foto), ao lado de Marcelinho Carioca.  Na decisão, o Botafogo perdeu para o Corinthians por 3 a 0 em Ribeirão Preto e empatar no Morumbi em 0 a 0. Ao lado do goleiro Waldir Peres, do lateral Roberto Carlos, são os únicos garcenses a disputar uma final do Paulistão, o melhor campeonato do Brasil.

Com o destaque obtido, Julio Cézar foi emprestado para jogar a final do campeonato cearense.  Em seguida foi negociado com o Gama (Brasília), e depois para o União de Rondonópolis (MS). Passou ainda pelo Noroeste (Bauru), e no Cene (MS), onde se sagrou  campeão em 2.004/05. Em seguida foi para o futebol carioca, alcançando mais sucesso.  Primeiro no Americano (Campos), que disputou as finais do certame carioca, vencido pelo Fluminense. De quebra foi destaque no time a artilheiro, mesmo atuando de lateral. No ano de 2.006 foi transferido para o Volta Redonda, jogando até o ano de 2.009. Aproveitando uma brecha no certame carioca foi emprestado para o Paysandu, somente para disputar as finais do certame paraense.

Já com a carreira consolidada, resolveu “pendurar” as chuteiras profissionalmente no ano de 2.010, retornando para Garça. Júlio Cézar jogou profissionalmente por 17 anos, conseguindo uma brilhante e vitoriosa carreira. Veja nos flagrantes: Enfrentando  o “cracaço” Romário. Depois ainda garotinho, com o amigo Marquito, e no destaque envergando a camisa do Os Pior.

A convite do amigo Márcio Ramires foi trabalhar na empresa Garen. Como um esportista nato, Júlio Cézar aceitou convite do Os Pior (futebol suíço), onde fez grandes jogadas, marcou bonitos gols, e foi apontado como o craque do campeonato. Depois resolveu dar um tempo. Mas não parou de vez. No inicio do ano passado resolveu jogar pelo Levi’s, para rever os amigos de infância, da época que iniciou a carreira em nossa cidade. Até que um problema de saúde, o fez parar com o futebol. Pelo menos momentaneamente.

O coração estava precisando de uns “acertos técnicos e táticos”. A primeira etapa foi superada. O segundo tempo está andamento. Contando com o apoio da família (esposa Carla e do filho Matheus), e também dos inúmeros amigos (em especial o Roberto Company Gali), neste jogo sairá vencedor, com toda a certeza. E com um coração novo e valente, o Júlio Cézar, manda o seguinte recado: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?". Nada pode nos separar do amor de Cristo. 

Nada pode nos impedir de viver esse amor. O cansaço, a pobreza ou a riqueza, a doença, as ocupações do dia a dia, as dificuldades que enfrentamos, nada pode nos impedir de viver esse amor. Nada e ninguém, nem mesmo o ano cheio de lutas, enfermidades uma cirurgia no coração gravíssima onde a morte parecia eminente. Mais Deus com seu amor me trouxe de volta com um amor que nos é dado gratuitamente, abundantemente, e esse amor me salvou. Obrigado pela vida”.