Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Na noite da última
terça-feira (17/01) estivemos participando do encontro dos jogadores e
dirigentes campeões do Ipiranga, campeão amador da temporada de 1.976. O título
foi disputado no dia 17 de janeiro de 2.017, com o Ipiranga, vencendo o Frigus,
por 1 a 0, gol do atacante Mauro Val, na prorrogação. No ano anterior, as duas
equipes decidiram o amador, com o Frigus levantando o “caneco”, vencendo na
cobrança de penalidades: 5 a 4.
Portanto, depois de 40 anos,
os campeões se reuniram na Petiscaria do Lago para celebrar a inédita
conquista. Veja nos flagrantes, na foto principal. Em pé da esquerda para
direita: Mauro Val, Nelson Carvalho (dirigente), Marquito Bertone, Corinho,
Gervásio (dirigente) e Béia Galvão. Sentados: Tico, Alcides Vaz (técnico), Chico
Ramalho, Sarará, Caíque Arantes, Tonhá, e Toninho Marques. Foram momentos
agradáveis, de muitas recordações, de uma geração que marcou época no
amadorismo garcense.
Recordando um pouco da
trajetória do Ipiranga, nada mais justo do que mencionar o relato do
são-paulino Nelson Carvalho de Souza (foto),o único dirigente que vivenciou o
time, desde a fundação em 21/03/1.960 até o final em 31/12/1.999.
Disse o Nelsinho: “nos
primeiros 10 anos: 1962: primeiro troféu: Infantil Issao Uchida (foto). Era uma
pequena taça de cobre. É a mais antiga lembrança ainda "viva", está
hoje sob a guarda do Tico. 1967: Campeão do Torneio Início do Campeonato
Varzeano. 1969; quase parando com o time, o Ipiranga,
então com camisa branca e preta (cores do Ipiranga paulistano) foi fazer seu último
amistoso no campo da Congregação com aquelas camisas furadas. Não dava para
continuar. A sorte: jogava pela primeira e última vez o Zé Spuri, recém morador
de Garça. Terminado o jogo cada um foi para casa, levando as camisas furadas. A
surpresa é que durante a semana, Zé Spuri foi a Marília e comprou um jogo de
camisas vermelhas e doou ao time. O Ipiranga ressuscitou”
Prossegue o Nelsinho “No começo dos anos
1.970, chegou a nossa cidade a família Salmen. Eram vários irmãos todos peso-pesados, com certeza mais de 100 quilos cada. Com eles na torcida e na
diretoria, passamos a organizar quermesse para manutenção do time. Em 1974
foram embora da cidade. 1975: Béia assume a presidência e convida Paulo Renato
para Presidente de Honra do time e é um dos responsáveis pela longevidade
ipiranguista. 1976: Oswaldinho de Castro, assume a presidência e Alcides Vaz é
o técnico que ajudou na quebra do tabu. 1979: Tico assume a presidência e ajuda
tanto na direção como no campo nosso Ipiranga a conquistar o segundo título de
campeão da cidade. Tico foi o artilheiro do campeonato.
A década de 80, deixou
um grande legado: Plininho, Manflin, Kir, Flôr e Donizete, permaneceram no
Ipiranga, de forma ininterrupta por mais de 12 anos. Todos de uma fidelidade
canina ao nosso C.A. Ipiranga.
Nos anos 90, o Ipiranga
montou o time “B”, que disputou a segunda divisão do amador garcense, sob o
comando do técnico Bô, vencendo o primeiro e o segundo turno e foi
proclamado campeão da Segunda Divisão. No ano de 1.993, o time principal mandava
ver no campeonato principal. No início do ano, Plininho, Manflin e Renato
Burato pediram para convidar três jogadores experientes de outras equipes pois queriam ver o Ipiranga campeão e era o
que estava faltando. Chegaram os flamenguistas Tino e Tonho Alves. O resultado
veio ao final do ano: Ipiranga tri-campeão. A final foi contra a forte equipe da
Santa Esméria em disputa de penaltis. Plininho defendeu a última cobrança e
Marquito marcou. Placar: Ipiranga 5 x 4 Santa Esméria.
Vale lembrar que o técnico
era o Jair Proença, goleiro campeão em 1976. O recorde de 9 títulos da Copa
Lions/Taça Cidade de Garça também entrou para a história. Em 1.999,
achei por bem encerrar as atividades do glorioso e amado Clube Atlético
Ipiranga. Estava cravada na memória de todos que por alí passaram, 39 anos de
uma epopéia histórica”.