Delegação garcense que participou do cerimonial de abertura, no estádio do Rio Preto |
Ourinhos, 1995. Há 25 anos Garça voltava a se classificar para uma edição dos Jogos Abertos do Interior, fato que não ocorria desde o fim dos anos 60. Naquela temporada, nos Regionais, o basquetebol - masculino e feminino - alcançava tal proeza, garantindo presença em São José do Rio Preto, cidade-sede da `Olimpíada Caipira´.
Um planejamento muito bem feito foi a chave do sucesso de ambas as equipes. “Reunimos os atletas quase três semanas antes e começamos a treinar em período integral. Foi a base do sucesso naquele ano”, relembra Marco Antonio Morais, o responsável por ambas as equipes.
Alguns amistosos foram realizados, quando foram corrigidas possíveis falhas, deixando os times muito bem armados. “Tínhamos pontos fracos, mas o período de treinamentos serviu para nos aprimorarmos. Conseguimos encaixar os atletas mais experientes, com os mais jovens. O resultado não poderia ter sido melhor”, acrescentou.
Times caíram nas quartas de finais e acabaram favorecidos por desistências
Durante os JR, os resultados foram acontecendo naturalmente. Uma sequência de resultados positivos colocou as equipes na trajetória de classificação às semifinais, um grande feito à época, ainda mais pelo fato de não existir divisões ou categorias, com todos jogando contra todos.
Valendo vaga ao G-4 no masculino, Garça teve pela frente P. Prudente. Foram três quartos de grande equilíbrio, com as equipes se alternando à frente do placar. Nos últimos 10 minutos, os prudentinos, com mais opções na hora do revezamento, aproveitaram-se do fato e acabaram avançando.
O feminino também não conseguiu avançar, mas porque enfrentou Ourinhos, que começava a formar as grandes equipes que por anos mantiveram a hegemonia dos Regionais e Abertos.
Ao final, ambos os times terminaram em 5º lugar, sendo que os três primeiros iam para os Abertos. Como aconteceram duas desistências – fato muito comum à época -, Garça chegou à `Olimpíada Caipira´, coroando o grande trabalho desenvolvido em 1995.
Atletas garcenses chegando a um dos locais que receberam os jogos de basquetebol em Rio Preto/95 |
Presentes em quase todos os grandes confrontos da época, os garcenses encontraram com grandes nomes da modalidade, entre eles, Magic Paula, flagrada ao lado de Hilton Luiz e Ninão |
Gustavo Mafud, Thiago e Andréa Pedroso, ao lado da pivô argentina, Karina, que defendia o extinto Lacta/Santo André |
Experiência de participação nos Abertos foi muito importante para as temporadas seguintes
Em São José do Rio Preto, o elenco de ambos os times sofreram grandes mudanças. “Optamos em levar atletas mais jovens, para que eles pudessem ganhar experiência para os anos seguintes. Acredito que tenhamos feito o certo, pois, cinco anos mais tarde, novamente nos Regionais de Ourinhos, alguns deles estavam lá, comemorando a medalha de ouro inédita”, orgulha-se o conhecido Marcão, que vivenciou todas as fases do `esporte da cesta´, que acabou se transformando na modalidade coletiva mais vitoriosa de todos os tempos em Garça.
Equipe feminina garcense nos Jogos Abertos do Interior, em 1995 |