quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Destaque Esportivo: "Há 25 anos, basquetebol garcense pulverizou incômoda escrita"


Delegação garcense que participou do cerimonial de abertura, no estádio do Rio Preto
Ourinhos, 1995. Há 25 anos Garça voltava a se classificar para uma edição dos Jogos Abertos do Interior, fato que não ocorria desde o fim dos anos 60. Naquela temporada, nos Regionais, o basquetebol - masculino e feminino - alcançava tal proeza, garantindo presença em São José do Rio Preto, cidade-sede da `Olimpíada Caipira´.
Um planejamento muito bem feito foi a chave do sucesso de ambas as equipes. “Reunimos os atletas quase três semanas antes e começamos a treinar em período integral. Foi a base do sucesso naquele ano”, relembra Marco Antonio Morais, o responsável por ambas as equipes.
Alguns amistosos foram realizados, quando foram corrigidas possíveis falhas, deixando os times muito bem armados. “Tínhamos pontos fracos, mas o período de treinamentos serviu para nos aprimorarmos. Conseguimos encaixar os atletas mais experientes, com os mais jovens. O resultado não poderia ter sido melhor”, acrescentou.

Time masculino, 5º colocado nos Regionais de 1995: Marco Antonio Morais, Hilton Luiz, Geraldo Aquino, Valtão, Silvio, Deybson, Urso e Rogério; Cué, Ninão, Robson, Gibi, Marcão Gibi (in memorian) e Ninho.

No feminino, campanha foi igualmente celebrada: Marco Antonio Morais, Andréa, Priscila, Léa, Junia, Triciana e Juliana; Ana Carolina, Vanessa Guedes, Mirion, Vanessa Magalhâes, Andréa Pedroso e Silzer Mara.
Times caíram nas quartas de finais e acabaram favorecidos por desistências
Durante os JR, os resultados foram acontecendo naturalmente. Uma sequência de resultados positivos colocou as equipes na trajetória de classificação às semifinais, um grande feito à época, ainda mais pelo fato de não existir divisões ou categorias, com todos jogando contra todos.
Valendo vaga ao G-4 no masculino, Garça teve pela frente P. Prudente. Foram três quartos de grande equilíbrio, com as equipes se alternando à frente do placar. Nos últimos 10 minutos, os prudentinos, com mais opções na hora do revezamento, aproveitaram-se do fato e acabaram avançando.
O feminino também não conseguiu avançar, mas porque enfrentou Ourinhos, que começava a formar as grandes equipes que por anos mantiveram a hegemonia dos Regionais e Abertos.
Ao final, ambos os times terminaram em 5º lugar, sendo que os três primeiros iam para os Abertos. Como aconteceram duas desistências – fato muito comum à época -, Garça chegou à `Olimpíada Caipira´, coroando o grande trabalho desenvolvido em 1995.

Atletas garcenses chegando a um dos locais que receberam os jogos de basquetebol em Rio Preto/95

 Presentes em quase todos os grandes confrontos da época, os garcenses encontraram com grandes nomes da modalidade, entre eles, Magic Paula, flagrada ao lado de Hilton Luiz e Ninão

Gustavo Mafud, Thiago e Andréa Pedroso, ao lado da pivô argentina, Karina, que defendia o extinto Lacta/Santo André


O técnico Marco Antonio Morais, ao lado de Marcel, que na época dirigia Guarulhos
Experiência de participação nos Abertos foi muito importante para as temporadas seguintes
Em São José do Rio Preto, o elenco de ambos os times sofreram grandes mudanças. “Optamos em levar atletas mais jovens, para que eles pudessem ganhar experiência para os anos seguintes. Acredito que tenhamos feito o certo, pois, cinco anos mais tarde, novamente nos Regionais de Ourinhos, alguns deles estavam lá, comemorando a medalha de ouro inédita”, orgulha-se o conhecido Marcão, que vivenciou todas as fases do `esporte da cesta´, que acabou se transformando na modalidade coletiva mais vitoriosa de todos os tempos em Garça.

 Equipe feminina garcense nos Jogos Abertos do Interior, em 1995