terça-feira, 1 de setembro de 2020

Destaque Esportivo: "Um polivalente com passagem destacada pelo futebol de Garça"


Spigolon defendeu grandes equipes do futebol garcense
Um polivalente que desfilou a sua categoria no futebol amador por mais de 15 anos
Ele encerrou a sua participação no futebol amador garcense há três décadas, deixando escrita uma historia exemplar onde a técnica e a dedicação foram as suas principais características. Sempre defendendo equipes tradicionais, atuou como um verdadeiro polivalente, destacando-se em várias posições. Você conhecerá hoje a trajetória de José Spigolon, que construiu uma página especial no amadorismo de nossa cidade.
Spigolon é um dos casos raros de atletas inesquecíveis que nunca jogaram futebol suíço. Sempre esteve no amador. Logo aos 13 anos, no fim dos anos 60, já integrava o elenco do Barol, time que precedeu o Frigus. Ainda jogou pelo Garcinha, Aracéli, Serenata, Casa Ipiranga e Guanabara.
Mas foi no Frigus, agremiação memorável dos anos 70 e início da década seguinte, que ele mais se identificou. Por lá chegou em 1975, prosseguindo até o encerramento das atividades do alvi-anil, fato ocorrido no fim de 1981.
Encerrou sua carreira em 1984, defendendo o Ramec, time de vila  Manolo, resultado da unificação entra Ramos e Vimec, que existiu por pouco tempo em nossa várzea. “Como o meu trabalho era autônomo, preferi parar, pois poderia me prejudicar em caso de contusão”, explicou.

Início dos anos 70, em premiação da Taça Cidade de Garça, ao lado de Tonho Nêgo e Tiguinha

Roberto, Zé Wálter, Heitor Gonçalves e Spigolon, que na época defendia o Aracéli

Em 1974, recebendo as faixas como campeão amador pela Casa Ipiranga FC

Concedendo entrevista ao então repórter da Rádio Clube de Garça, José Henrique, no gramado do Platzeck
“Só não joguei como goleiro”
Spigolon sempre chamou a atenção por sua facilidade em atuar em diversas posições. Inclusive, lembra-se com muito saudosismo, de uma formação do meio-campo de quando defendeu o Aracéli, no início dos anos 70: “Era eu, o Berto Nico e o Gininho”.
Recordando um pouco mais, não pestanejou em indicar de primeira, que o melhor jogador que viu jogar e que teve o orgulho de ter sido companheiro de equipe foi Ditinho Marcola, que há anos reside na cidade de Bauru. “Ele era fantástico, o melhor que eu vi no futebol amador de Garça”, asseverou.
Igualmente sem titubear, cravou quem foi o melhor treinador de todos os tempos: “Juvenal Hilário do Nascimento”.

Grandes nomes da época do Frigus: Tonho Nêgo, Spigolon, Vardinho, Natal e Natalino

No jogo que marcou a inauguração dos refletores do Platzeck, Spigolon estava defendendo o Frigus (penúltimo em pé); Ditinho Marcola é o quarto em pé

Em mais uma formação do Frigus, no Estádio Municipal (1º em pé)
Também atuou em regionais e foi até diretor de equipe
Sua condição atlética, aliada ao refinado futebol, rendeu-lhe alguns convites para disputar campeonatos regionais. Com as oportunidades surgindo, acabou defendendo Ocauçu, Reginópolis e o Flamengo de Pirajuí.
Também teve experiência como diretor de futebol, quando por anos, integrou a diretoria do Vimec, equipe que disputou o Campeonato Amador até 2004. “Parei, pois não concordava com o fato de ter que pagar jogador”.
Atualmente, Spigolon, 65, pode ser visto nos campos do futebol suíço, ao lado dos vários amigos, acompanhando as partidas da modalidade. Sem dúvida, um nome que deixou muita saudade.

A equipe que ele encerrou a carreira, o Ramec, ano de 1984