sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Recordar é Viver: "Os fraldinhas campeões do futebol suíço"











Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Ainda está dando muito o que falar o título de campeão do futebol suíço, conquistado de forma brilhante pelo Dinos, no último domingo de 2013.  Em qualquer  lugar que a gente vá, tem sempre alguém  comentando o memorável feito dos comandados do Nezinho (e família Bonfim), que convenhamos entrou para a história do futebol suíço. Esperar 31 anos ininterruptamente para erguer o troféu de campeão não é pra qualquer equipe. Neste período o Dinos passou por várias crises, mas soube como superar os obstáculos e  bravamente chegar lá de forma incontestável. 
No ano de 1982 os “Bonfins” montaram o Dinos e jamais pensariam que um título de expressão durasse tanto tempo. Sempre estamos prestigiando os jogos na cidade e confesso que não tenho um time preferencial, pois sei o quanto é difícil manter uma equipe em atividade. Só que após o apito final do árbitro Marcelo Semenssato senti um gosto especial naquela conquista.  Dois jogadores, o Julio e o Biro (campeões) e o Marcelo Rufo (contundido e vice) saíram do time dos “Fraldinhas” da CCE – Comissão Central de Esportes, que montamos no ano de 1983. Ali os então garotinhos apreenderam os primeiros “be-a-bás” da bola e passados 31 anos tive o orgulho de vê-los numa histórica decisão de campeonato. Sem falar no árbitro Marcelo Semenssato, que queria ser goleiro, não vingou, e deu um show de arbitragem.  A prova esta aí. Veja os “Fraldinhas” da CCE – temporada 1983/84. Em pé da esquerda para direita: Picolé, Casinha, Marquinhos, Fernando Tardim, Júlio "Aritana", Ronald Alvarenga, Claudemir, Paulinho, Fabinho, Amadeu, Paschoal, Diguinho, Ditinho (treinador de goleiro) e Tico; Agachados: Marcelo Semenssato, Du Bukvick, Marcelo Abreu, Rodrigo Brassoloto, Cadado, Niltinho, Wesley, Neto Delicato, Biro, Romildo Galhase, Cleber Braga e Cássio Zancopé. O presidente da entidade era o são-paulino Ari da Silva Braga. Também contamos com a colaboração do professor (e corintiano) Ednalvo Cardoso de Andrade e do Ditinho de Oliveira, que treinava os goleiros.
Veja no flagrante o Júlio Teixeira (dir) e o Biro, posando orgulhosos com a medalha de campeão no peito, ao lado do Cássio Zancopé, hoje renomado árbitro da Federação Paulista de Futebol, que fizeram parte daquela escolinha. Na época me lembro que o Júlio era apelidado de “Juruna”, por cortar o cabelo igual ao índio Mário Juruna, então eleito deputado federal pelo PTB. Já o Valdir era Biro, pois com seus cabelos loiros encaracolado, lembrava o Biro-Biro, famoso meio de campo do Corinthians Paulista, nos anos 80.
Na outra foto Diguinho (esq), Marcelo Semenssato, o árbitro da final e Casinha, que um dia foram dos “Fraldinhas”, hoje atuando no futebol suíço. Se eles não seguiram na carreira de atletas profissionais como sonharam um dia, se tornaram  cidadãos dignos e respeitados em nossa comunidade, enfim pessoas do bem. Valeu  meus eternos campeões!!!