Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Ainda está dando muito o que
falar o título de campeão do futebol suíço, conquistado de forma brilhante pelo
Dinos, no último domingo de 2013. Em
qualquer lugar que a gente vá, tem
sempre alguém comentando o memorável feito
dos comandados do Nezinho (e família Bonfim), que convenhamos entrou para a
história do futebol suíço. Esperar 31 anos ininterruptamente para erguer o
troféu de campeão não é pra qualquer equipe. Neste período o Dinos passou por
várias crises, mas soube como superar os obstáculos e bravamente chegar lá de forma incontestável.
No ano de 1982 os “Bonfins”
montaram o Dinos e jamais pensariam que um título de expressão durasse tanto
tempo. Sempre estamos prestigiando os
jogos na cidade e confesso que não tenho um time preferencial, pois sei o
quanto é difícil manter uma equipe em atividade. Só que após o apito final do árbitro Marcelo
Semenssato senti um gosto especial naquela conquista. Dois jogadores, o Julio e o Biro (campeões) e
o Marcelo Rufo (contundido e vice) saíram do time dos “Fraldinhas” da CCE –
Comissão Central de Esportes, que montamos no ano de 1983. Ali os então
garotinhos apreenderam os primeiros “be-a-bás” da bola e passados 31 anos tive o
orgulho de vê-los numa histórica decisão de campeonato. Sem falar no árbitro
Marcelo Semenssato, que queria ser goleiro, não vingou, e deu um show de arbitragem. A prova esta aí. Veja os “Fraldinhas” da CCE –
temporada 1983/84. Em pé da esquerda para direita: Picolé, Casinha, Marquinhos,
Fernando Tardim, Júlio "Aritana", Ronald Alvarenga, Claudemir, Paulinho,
Fabinho, Amadeu, Paschoal, Diguinho, Ditinho (treinador de goleiro) e Tico;
Agachados: Marcelo Semenssato, Du Bukvick, Marcelo Abreu, Rodrigo Brassoloto,
Cadado, Niltinho, Wesley, Neto Delicato, Biro, Romildo Galhase, Cleber Braga e Cássio
Zancopé. O presidente da entidade era o são-paulino Ari da Silva Braga. Também
contamos com a colaboração do professor (e corintiano) Ednalvo Cardoso de
Andrade e do Ditinho de Oliveira, que treinava os goleiros.
Veja no flagrante o Júlio Teixeira
(dir) e o Biro, posando orgulhosos com a medalha de campeão no peito, ao lado do
Cássio Zancopé, hoje renomado árbitro da Federação Paulista de Futebol, que fizeram
parte daquela escolinha. Na época me lembro que o Júlio era apelidado de
“Juruna”, por cortar o cabelo igual ao índio Mário Juruna, então eleito deputado
federal pelo PTB. Já o Valdir era Biro, pois com seus cabelos loiros
encaracolado, lembrava o Biro-Biro, famoso meio de campo do Corinthians
Paulista, nos anos 80.
Na outra foto Diguinho
(esq), Marcelo Semenssato, o árbitro da final e Casinha, que um dia foram dos “Fraldinhas”,
hoje atuando no futebol suíço. Se eles não seguiram na carreira de atletas
profissionais como sonharam um dia, se tornaram cidadãos dignos e respeitados em nossa
comunidade, enfim pessoas do bem. Valeu meus
eternos campeões!!!