sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Recordar é Viver: "Júlio Cézar e um coração valente - I"












Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Dono de um currículo invejável, o garcense Júlio Cézar de Souza Silva, está entre os melhores jogadores já revelados em nossa cidade. Numa análise técnica, com certeza, figura entre os três primeiros. Tudo começou na escolinha de futebol do professor Rocha, quando ele era ainda garoto, com pouco mais de 10 anos, isto lá nos idos de 1987. De lá até hoje, o Júlio Cézar,  além do  Garça, defendeu grandes clubes do futebol brasileiro e até mesmo no exterior, com passagens pela Rússia, Ucrânia e Cazaquistão.

Júlio Cezar já demonstrava que teria futuro no futebol. Era um jogador diferenciado desde os tempos da escolinha do professor Rocha. Não demorou muito e foi para o Clube Atlético Ipiranga, onde ao lado do Marcos Lucas, formou um ótimo meio de campo, conquistando vitórias e títulos para o tradicional time vermelho e branco. Daí para o Garça não demorou muito. Primeiramente nas equipes de base, depois no profissional.

Com apenas 17 anos já era titular do time comandado pelo técnico  Campos. Logo que chegou ao Garça, no ano de 1.993, o treinador viu naquele garoto franzino, um bom potencial, pelos dribles rápidos, passes precisos e disciplina tática. E que também sabia marcar gols, muitos em cobranças de faltas. Na época disputou os Jogos Regionais em Lins, representando Garça, novamente tendo grande desempenho. Não restou alternativa ao técnico Campos senão fixá-lo como titular absoluto no meio campo. O “Azulão” montou um time forte  e foi promovido por três anos seguidos: da série “B-1-B” para  “B-1-A” e depois para “A-3”.

No ano de 1.998 foi para o Barretos, integrante da série “B-1-A”, onde se sagrou campeão e artilheiro da tradicional agremiação, o famoso “Touro do Vale”. Com esta grande performance foi convidado pelos ex-jogadores e empresários Lê e Bernardo, para compor uma equipe e disputar amistosos no exterior. Foi quando teve a oportunidade de jogar na Rússia, Ucrânia e Cazaquistão.

No ano seguinte foi vendido para o Guarani, de Campinas, presidido pelo emblemático Beto Zini. Na ocasião jogou ao lado de grandes jogadores, dentre os quais Edu Dracena (hoje no Corinthians) e Renato (atualmente no Santos), ambos revelados nos juniores do bugre campineiro. Ainda no segundo semestre uma nova negociação e acabou indo para o União São João de Araras, que tinha acabado de vender o lateral garcense Roberto Carlos para o Palmeiras.

No ano de 2.000 acabou se transferindo para o Botafogo de Ribeirão Preto, onde foi vice campeão paulista, na memorável disputa com o Corinthians. Esta história e outras recordaremos na próxima semana.

Nos flagrantes, Julio Cézar começando a carreira no Garça, entre os jogadores Renatinho (esq) e Tichak. Depois posando com a camisa do União São João de Araras. E no time do Guarani,  é o da camisa nº 30 (agachado). O primeiro em pé, também agachado, é o Renato; Edu Dracena é o quinto em pé, da esquerda para direita.