Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Na história recente do Garça, ele está entre os maiores
goleadores, senão o maior. Estamos falando de Gesué Sebastião Vidotti, ou
simplesmente Vidotti, um centroavante nato, que atuou no Garça em três temporadas:
1.985, 1.997 e 1.998.
Dentro dos gramados se destacou como o principal
artilheiro. Fora das quatros linhas, como um grande homem, acima de tudo
profissional. Pelos menos foi o que me garantiram os dirigentes Cornélio
Marcondes, Welington Moreira e Washington “Cateto”, que trouxeram o Vidotti
para jogar no “Azulão”. Para coroar sua passagem, encerrou a carreira de
jogador aqui, para ser auxiliar técnico de Márcio Rossini no time profissional
e treinador do juvenil do Garça (foto).
Com ele não tinha bola perdida no
ataque. Procurava o gol incessantemente. Cansou de balançar as redes
contrárias, para alegria e delírio do torcedor garcense. Pelo empenho e
dedicação, além dos gols marcados, entrou para a história dos grandes jogadores
que vestiram a gloriosa camisa do Garça.
A carreira: Gesué Sebastião Vidotti nasceu
em Cruzália/SP. Começou na base do Corinthians no ano de 1.980, com 19 anos de
idade. O destino foi traçado no ano anterior num amistoso em Marilia, quando
jogava pelo time de Cruzália e marcou 2 gols contra o Maquinho. Dirigentes do
Corinthians (que enfrentou o MAC pelo Paulistão) presentes no “Abreuzão”, viram
ele marcar 2 gols e o levaram para testes no Parque São Jorge. Aprovado, já
disputou a Taça São Paulo de Juniores. A estreia no profissional foi no dia 9
de fevereiro de 1983, quando o Corinthians, aplicou a maior goleada da história
do Campeonato Brasileiro: 10 a 1 no Tiradentes do Piauí. Vidotti entrou no
lugar de Ataliba e fez o décimo gol. Vestiu a camisa alvinegra mais 18 vezes
(foto), marcando mais dois gols.
Segundo Vidotti foi uma época que tem boas
lembranças. O Timão vivia a democracia corintiana, onde aprendeu muito com
grandes jogadores: Sócrates, Wladimir, Casagrande, Zenon e Biro-Biro, com quem
dividia o quarto na concentração. Depois jogou no União Bandeirantes/PR,
Araçatuba, Ponte Preta, Garça, Comercial/MS, Sertãozinho, Francana, Botafogo de
Ribeirão Preto, Portuguesa de Desportos, Jales, Paulista de Jundiaí,
Apucarana/PR, Corinthians de Presidente Prudente, URT de Minas Gerais e
Platinense/PR.
Uma carreira de aproximadamente 18 anos, marcando gols e gols em
todos times. Um dos mais importantes da carreira foi no ano de 1.985, jogando
no Comercial/MS, na decisão contra o Operário, cujo campeonato terminou como
artilheiro com 12 gols. Quanto a prática do futebol parou de vez, a idade e o
físico não ajudam mais correr atrás da bola. Entretanto continua ligado à sua
grande paixão, principalmente acompanhando os times que tem admiração:
Corinthians, Flamengo do Rio e o Grêmio, onde está o filho Paulo Victor.
Atualmente trabalha junto a Secretaria de Esportes de Assis, no projeto PV-48,
que tem o apoio do filho Paulo Victor. É casado com a Solange Mileo, e o casal
possui três filhos: Victor Hugo, formando em administração de empresa; Paulo
Victor, atleta profissional atualmente no Grêmio e Marcello Victor, que também
foi atleta do Flamengo e hoje é cirurgião dentista.
Veja o Vidotti no time do
Garça Futebol Clube, em 1985. Em pé da esquerda para a direita: Wellington
(diretor), Dimas, Carlos Aberto, Pedro Paulo, Pilão, Dinho Parreira, Cateto
(diretor), Cornélio Marcondes (presidente), Luiz Lopes (diretor); agachados:
Reginaldo “Linguiça”, Taruguinho, Gil, Vidotti, Magu, Carlos Hansen e Tião
(torcedor). Em foto recente Vidotti (a esq.) ao lado do filho Paulo Vitor,
goleiro do Grêmio de Porto Alegre.