sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Recordar é Viver: "Vidotti, um goleador nato"












Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Na história recente do Garça, ele está entre os maiores goleadores, senão o maior. Estamos falando de Gesué Sebastião Vidotti, ou simplesmente Vidotti, um centroavante nato, que atuou no Garça em três temporadas: 1.985, 1.997 e 1.998. 

Dentro dos gramados se destacou como o principal artilheiro. Fora das quatros linhas, como um grande homem, acima de tudo profissional. Pelos menos foi o que me garantiram os dirigentes Cornélio Marcondes, Welington Moreira e Washington “Cateto”, que trouxeram o Vidotti para jogar no “Azulão”. Para coroar sua passagem, encerrou a carreira de jogador aqui, para ser auxiliar técnico de Márcio Rossini no time profissional e treinador do juvenil do Garça (foto)

Com ele não tinha bola perdida no ataque. Procurava o gol incessantemente. Cansou de balançar as redes contrárias, para alegria e delírio do torcedor garcense. Pelo empenho e dedicação, além dos gols marcados, entrou para a história dos grandes jogadores que vestiram a gloriosa camisa do Garça.

A carreira: Gesué Sebastião Vidotti nasceu em Cruzália/SP. Começou na base do Corinthians no ano de 1.980, com 19 anos de idade. O destino foi traçado no ano anterior num amistoso em Marilia, quando jogava pelo time de Cruzália e marcou 2 gols contra o Maquinho. Dirigentes do Corinthians (que enfrentou o MAC pelo Paulistão) presentes no “Abreuzão”, viram ele marcar 2 gols e o levaram para testes no Parque São Jorge. Aprovado, já disputou a Taça São Paulo de Juniores. A estreia no profissional foi no dia 9 de fevereiro de 1983, quando o Corinthians, aplicou a maior goleada da história do Campeonato Brasileiro: 10 a 1 no Tiradentes do Piauí. Vidotti entrou no lugar de Ataliba e fez o décimo gol. Vestiu a camisa alvinegra mais 18 vezes (foto), marcando mais dois gols. 

Segundo Vidotti foi uma época que tem boas lembranças. O Timão vivia a democracia corintiana, onde aprendeu muito com grandes jogadores: Sócrates, Wladimir, Casagrande, Zenon e Biro-Biro, com quem dividia o quarto na concentração. Depois jogou no União Bandeirantes/PR, Araçatuba, Ponte Preta, Garça, Comercial/MS, Sertãozinho, Francana, Botafogo de Ribeirão Preto, Portuguesa de Desportos, Jales, Paulista de Jundiaí, Apucarana/PR, Corinthians de Presidente Prudente, URT de Minas Gerais e Platinense/PR. 

Uma carreira de aproximadamente 18 anos, marcando gols e gols em todos times. Um dos mais importantes da carreira foi no ano de 1.985, jogando no Comercial/MS, na decisão contra o Operário, cujo campeonato terminou como artilheiro com 12 gols. Quanto a prática do futebol parou de vez, a idade e o físico não ajudam mais correr atrás da bola. Entretanto continua ligado à sua grande paixão, principalmente acompanhando os times que tem admiração: Corinthians, Flamengo do Rio e o Grêmio, onde está o filho Paulo Victor. 

Atualmente trabalha junto a Secretaria de Esportes de Assis, no projeto PV-48, que tem o apoio do filho Paulo Victor. É casado com a Solange Mileo, e o casal possui três filhos: Victor Hugo, formando em administração de empresa; Paulo Victor, atleta profissional atualmente no Grêmio e Marcello Victor, que também foi atleta do Flamengo e hoje é cirurgião dentista. 

Veja o Vidotti no time do Garça Futebol Clube, em 1985. Em pé da esquerda para a direita: Wellington (diretor), Dimas, Carlos Aberto, Pedro Paulo, Pilão, Dinho Parreira, Cateto (diretor), Cornélio Marcondes (presidente), Luiz Lopes (diretor); agachados: Reginaldo “Linguiça”, Taruguinho, Gil, Vidotti, Magu, Carlos Hansen e Tião (torcedor). Em foto recente Vidotti (a esq.) ao lado do filho Paulo Vitor, goleiro do Grêmio de Porto Alegre.