sexta-feira, 22 de março de 2019

Recordar é Viver: " O adeus ao meio-campista João Trinca"














Por Wanderley `Tico´ Cassolla


O tempo não para, a bola rola, o ano de 2.019 segue e vem nos trazendo muitas notícias tristes.  Grandes atletas de nossa cidade estão partindo para os “campos celestiais”. Depois da cestobolista Lais Helena, na última quinta feira fomos surpreendidos pelo corintiano José Carlos Zagati, que nos disse do falecimento do João Trinca, no dia 21 de dezembro do ano passado, aos 81 anos. 

De fato, o João Trinca foi um atleta que fez história no esporte garcense, no futebol de campo ou salão (futsal). Atualmente estava residindo em São Paulo, onde morava com seus familiares (irmãos).
Os esportistas mais antigos com certeza se lembrarão dele, um meio campista de rara habilidade, que jogou nos principais times citadinos, entre as décadas de 50 à 70. Sem falar no futebol de salão, época da bola pesada, onde o João Trinca também “deitava e rolava”, com dribles curtos e chutes certeiros no gol.

Dos times do varzeanos foi campeão no Tiro de Guerra, comandado pelo Sargento Olivério Passos Del Rio, no ano de 1.955. No ano seguinte, bi-campeão pelo Nissei Clube, e no ano de 1.959, outro título, desta vez jogando pelo grande time do Bar Antártica, dos Irmãos Tarora. Também defendeu a Esportiva Jafense, e no final de carreira o Ipiranga e o SASP (Sociedade Atlética Sentinela do Planalto).

Tive a oportunidade de jogar ao seu lado no SASP, cujo meio de campo era formado pelo Broginho, Agrião e João Trinca. Um dos melhores de todos os times que participei. No ano de 1.965, ele integrou o Jambo, que deu origem ao Garça FC, fazendo parte do primeiro amistoso. Veja na foto no extinto Campo do Municipal (piso de terra e sem alambrado), onde hoje está o prédio do Fórum, tendo ao fundo o Bosque Municipal. Em pé da esquerda para direita: Mamede (diretor), Plínio Dias, Alcides Vaz, Hagop, João, Serginho Zancopé, Rubens Rossini, Zinho, Ceci, Navarro e João Truzzi (técnico); agachados: Toninho Marques (presidente), Nelsinho, Daniel Berno, Rôla, Helder, Amedeu Zancopé, Haroldo, Nena e João Trinca.

Dos grandes times do futebol de salão, recordamos dos tempos do Garça Tênis Clube, que representava a cidade nos jogos regionais. Em pé da esquerda para direita: Luiz Carlos Beline (técnico), Romeu, Serginho Zancopé, Zé Carlos e Jair Montemor; agachados: João Trinca, Amedeu Zancopé, Rôla, Adaltinho e Agamenon. Com certeza, um dos que mais títulos colecionou, no âmbito municipal ou regional. No lado profissional João Trinca foi servidor público municipal, por mais de 25 anos, desempenhando sua função com extrema competência. 

Nesta época era comum prestigiar eventos esportivos promovidos pela CCE (Comissão Central de Esportes). Veja no ano de 1.975, acompanhando torneio de futebol de salão, no Ginásio Municipal “Wilson Martini”. Da esquerda para direita José Abegar Brassoloto, João Trinca, Pedro Valentim Fernandes, Silvio de Freitas Barbosa e Heitor Camargo. Há cerca de uns oito anos João Trinca esteve em Garça, onde encontrou o José Carlos “Fanta” de Oliveira, ex-colega de trabalho na Prefeitura e também dos jogos de “Pelada” no Campo do Bosque Municipal. Como que por acaso registramos o flagrante, Fanta (esq) e João Trinca, num papo descontraído sobre o futebol. Foi a última vez que o João Trinca esteve em Garça, cidade onde fez história e marcou época como um excepcional jogador de bola.