Por Wanderley `Tico´ Cassolla
O tempo não para, a bola rola, o ano de 2.019 segue
e vem nos trazendo muitas notícias tristes.
Grandes atletas de nossa cidade estão partindo para os “campos
celestiais”. Depois da cestobolista Lais Helena, na última quinta feira fomos
surpreendidos pelo corintiano José Carlos Zagati, que nos disse do falecimento
do João Trinca, no dia 21 de dezembro do ano passado, aos 81 anos.
De fato, o
João Trinca foi um atleta que fez história no esporte garcense, no futebol de
campo ou salão (futsal). Atualmente estava residindo em São Paulo, onde morava
com seus familiares (irmãos).
Os esportistas mais antigos com certeza se lembrarão
dele, um meio campista de rara habilidade, que jogou nos principais times citadinos,
entre as décadas de 50 à 70. Sem falar no futebol de salão, época da bola
pesada, onde o João Trinca também “deitava e rolava”, com dribles curtos e
chutes certeiros no gol.
Dos times do varzeanos foi campeão no Tiro de
Guerra, comandado pelo Sargento Olivério Passos Del Rio, no ano de 1.955. No
ano seguinte, bi-campeão pelo Nissei Clube, e no ano de 1.959, outro título,
desta vez jogando pelo grande time do Bar Antártica, dos Irmãos Tarora. Também
defendeu a Esportiva Jafense, e no final de carreira o Ipiranga e o SASP
(Sociedade Atlética Sentinela do Planalto).
Tive a oportunidade de jogar ao seu lado no SASP,
cujo meio de campo era formado pelo Broginho, Agrião e João Trinca. Um dos
melhores de todos os times que participei. No ano de 1.965, ele integrou o
Jambo, que deu origem ao Garça FC, fazendo parte do primeiro amistoso. Veja na
foto no extinto Campo do Municipal (piso de terra e sem
alambrado), onde hoje está o prédio do Fórum, tendo ao fundo o Bosque
Municipal. Em pé da esquerda para direita: Mamede (diretor), Plínio Dias,
Alcides Vaz, Hagop, João, Serginho Zancopé, Rubens Rossini, Zinho, Ceci, Navarro
e João Truzzi (técnico); agachados: Toninho Marques (presidente), Nelsinho,
Daniel Berno, Rôla, Helder, Amedeu Zancopé, Haroldo, Nena e João Trinca.
Dos grandes times do futebol
de salão, recordamos dos tempos do Garça Tênis Clube, que representava a cidade
nos jogos regionais. Em pé da esquerda para direita: Luiz Carlos Beline
(técnico), Romeu, Serginho Zancopé, Zé Carlos e Jair Montemor; agachados: João
Trinca, Amedeu Zancopé, Rôla, Adaltinho e Agamenon. Com certeza, um dos que mais títulos
colecionou, no âmbito municipal ou regional. No lado profissional João Trinca foi
servidor público municipal, por mais de 25 anos, desempenhando sua função com
extrema competência.
Nesta época era comum prestigiar eventos esportivos
promovidos pela CCE (Comissão Central de Esportes). Veja no ano de 1.975, acompanhando
torneio de futebol de salão, no Ginásio Municipal “Wilson Martini”. Da esquerda
para direita José Abegar Brassoloto, João Trinca, Pedro Valentim Fernandes,
Silvio de Freitas Barbosa e Heitor Camargo. Há cerca de uns oito anos João
Trinca esteve em Garça, onde encontrou o José Carlos “Fanta” de Oliveira, ex-colega
de trabalho na Prefeitura e também dos jogos de “Pelada” no Campo do Bosque
Municipal. Como que por acaso registramos o flagrante, Fanta (esq) e João
Trinca, num papo descontraído sobre o futebol. Foi a última vez que o João
Trinca esteve em Garça, cidade onde fez história e marcou época como um
excepcional jogador de bola.