sábado, 6 de abril de 2013

Facilitada a liberação de dinheiro público para o SCCP



Por Blog do Paulinho

Confirmando informação deste espaço, a Prefeitura de São Paulo liberou, durante a semana, a primeira leva de dinheiro público para a construção do “Fielzão”.
R$ 156 milhões em CIDs, que, na verdade, serão vendidos por valor bem menor, algo em torno de R$ 110 milhões.
Dinheiro que, apesar de indecente, servirá apenas para quitar parcela de um dos empréstimos tomados pela Odebrecht com instituições bancárias, que estava sob responsabilidade do Corinthians.
A grande verdade é que o dinheiro mais esperado, e que realmente amenizaria bastante a situação financeira da obra é o do BNDES.
Pelas vias normais, não sairá.
O banco, com absoluta razão, rejeita a “picaretagem’ do tal fundo de investimento que administra o “Fielzão”.
Causa estranheza, também, que o prefeito Fernando Haddad tenha liberado a verba corinthiana, mesmo com o Corinthians contrariando o Art. 7º da Lei 16.622, datada de 09 de setembro de 1988, que impede o clube de ceder a utilização do terreno em que está sendo levantado o estádio para terceiros sem a autorização prévia e expressa do órgão.
Em documento, assinado em 2012, pelo delegado Mario Gobbi, presidente do Corinthians, a Odebrecht passou a ser responsável pelo imóvel, através do referido “Fundo” de investimentos, por trinta anos, sem nada que comprove anuência da Prefeitura.


Ação também vedada no Estatuto do Corinthians, porém descumprida pela atual gestão, com anuência silenciosa, pasme, da maioria do Conselho Deliberativo.
Capítulo 1, art. 2º, letra e, parágrafo 1º do Estatuto do Corinthians (trecho)
“(…) é vedada a utilização de bens patrimoniais do Corinthians para integralizar parcela do capital social ou oferece-los em garantia, salvo com a concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) da Assembléia Geral, especialmente convocada para essa finalidade.”
Pois é.
Por enquanto, o BNDES trabalha da maneira correta, obedecendo as regras de mercado, rigidamente, como tem que ser, enquanto Prefeitura e Corinthians, claramente, utilizam-se dos já conhecidos métodos petistas de mascarar a verdade.