Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Ontem (10), logo de manhã, como
de costume, abri meu e-mail e recebo o convite do Eneas Filho, para ir em Marília, num whorkshop da Topper material esportivos.
Como estou de férias topei a
parada.
No horário combinado o Enéas
passou em casa e partimos para a vizinha cidade.
Por volta das nove horas chegamos
ao Tenda Hotel, local do evento, e nos dirigimos ao balcão de atendimento.
Na nossa frente um senhor
calvo, beirando uns 60 anos de idade, conversava com o pessoal da recepção, falando em castelhano ou espanhol.
Com um outro atendente, o
Enéas perguntou sobre o Whorkshop, e fomos informados que seria no 6º andar.
Diante disto, eu, o Enéas e
o dito cidadão, fomos levados até o elevador.
Entramos, somente os três.
Eu meio sem jeito, falei: “bom
dia”.
Ele respondeu: “Buenos dias,
sinhores”.
O Enéas então perguntou: Ès
argentino? Não, soy mexicano.
O Enéas já emendou: “Hugo
Sanches” (numa alusão ao maior futebolista mexicano de todos os tempos e craque
do espanhol Real Madri, nos anos 80/90);
Si, si, si....complementou o
nosso novo colega de elevador;
E o dito cidadão, por
deferência, retrucou; Pelé, Pelé...por várias vezes.
O Eneas não se conteve e emendou:
Pelé, Pelé..
Conjuntamente, ergueram os
braços, e num coro só, gritavam sem
parar: “Pelé, Pelé, Pelé”.
O elevador subindo e eu ali,
incrédulo, vendo aquela inédita cena.
Duas pessoas que não se
conheciam, nunca se viram, de mãos erguidas, gritando ou “hablando” o nome do
atleta do século, como se o Pelé tivesse acabado de marcar mais um golaço.
Inda bem, que o elevador logo
parou e o referido cidadão desceu num andar anterior ao nosso.
Na sua despedida,
educadamente, “hablou” pra nós “Tchau, Pelés”
E o Enéas, disparou, num
portunhol: “ Muy bueno dia, Hugo Sanches”.