sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Recordar é Viver: "Encontrando amigos do futebol em Botucatu"












Por Wanderley `Tico´ Cassolla


No último sábado estivemos com a delegação do supermaster do Pé de Cana na cidade de Botucatu e participamos do amistoso contra a equipe dos Amigos do Castrinho/Plininho.

Mais do que o jogo em si, tivemos a oportunidade de reencontrar amigos de longa data: Fernando Tardim, Esquerdinha e Plininho, garcenses que há muito tempo não os víamos. Nossos contatos, quase que diários, é através das redes sociais.  Os três com um ponto em comum: apaixonados pelo esporte, em especial o futebol.

A maior convivência minha foi com o são-paulino Fernando Tardim, e tudo começou a partir do ano de 1.984, quando o então presidente da Comissão Central de Esportes, Ari da Silva Braga, nos convidou, juntamente com o professor Ednalvo Cardoso de Andrade, para montar times com a garotada da cidade. Foi só fazermos a convocação pelo rádio que a molecada baixou em peso no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Depois de um mês de treinamentos montamos duas equipes, que carinhosamente foram apelidados dos “Fraldinhas” da CCE, até 13 anos, o outro acima dos 14 anos. 

Disputávamos jogos na cidade e região, mas a grande alegria dos garotos era atuar na preliminar ou nos intervalos dos jogos do Garça FC. Os árbitros eram os folclóricos Rivelino e Ditinho Bola.

Pois bem o goleiro da equipe mais jovem era o Fernando Tardim, pequenininho, bem magrinho, e fominha para jogar. Seu ídolo era o goleiro Waldir Peres. Não perdia um treino sequer. Logo passou a ser um dos destaques do time. Veja uma das formações do time dos Fraldinhas, posando no “Platzeck”. Em pé da esquerda para direita: Fernando Tardim, Rodrigo, Marcelo, Mateus, Marcelinho Piuza, Fabinho e Tico Cassolla; agachados: Neto Delicato, Diguinho, Cadado, Júlio “Juruna”, Marquinhos e Casinha.

No sábado o Pé de Cana estava desfalcado de goleiro. Foi aí que localizamos o Fernando Tardim em Botucatu e o convite foi feito. De pronto ele aceitou, mesmo estando parado há vários anos, devido a contusão e cirurgia. E disputou uma grande partida, fez grandes defesas e com certeza impediu uma vitória com mais gols pelos botucatuenses. E nós tivemos a felicidade de atuar ao lado de um “pupilo” dos bons tempos dos Fraldinhas da CCE (foto). Atualmente o Fernando Tardim é praticante do ciclismo (foto).

Há também não posso deixar de falar também do encontro com os outros dois garcenses, adversários dentro do campo. O José Antonio Castro, o Esquerdinha para nós, Castrinho para eles. Joguei contra o Esquerdinha no início dos anos 70, quando ele defendia o time da Casa Oliveira. Como bem diz o seu apelido era um ponta esquerda de bons predicados técnicos.

Já o Plinio Genta Filho, o Plininho, mesmo não sendo garcense nato, é garcense por adoção, pertence a tradicional família Mônico. Na mesma década de 70, quando vinha passear em Garça, gostava de acompanhar os jogos do Ipiranga. Ao lado de amigos tornou um fervoroso torcedor ipiranguista. Em Botucatu ele me confidenciou: “aquele Ipiranga, que tinha o Corinho, Chico Ramalho, Toninho Marques, Ricardinho, Berto Nico, Sarará, era um timaço.  Nas minhas andanças jamais vi um time amador bom de bola que nem o Ipiranga”.