sábado, 15 de agosto de 2020

Destaque Esportivo: "Um pequeno grande treinador de goleiros"



Ditinho Oliveira: garcense com grande sucesso na difícil carreira de treinador de goleiros
Esbanjando simpatia e sempre sorridente, Ditinho Oliveira, no auge de seus 1,50, é um esportista garcense com grande sucesso numa carreira muito concorrida no futebol profissional: treinador de goleiros. Tendo iniciado a sua trajetória no GFC nos anos 80, foi ganhando experiência e passando por equipes tradicionais, fato que consolidou a sua vitoriosa atuação na modalidade. Conheça um pouco mais sobre este personagem afável, nascido em Boraceia, mas que chegou a Garça com menos de um ano de idade.
O futebol passou a fazer parte da vida de Ditinho logo aos 11 anos de idade, quando passou a ser gandula no Frederico Platzeck. Sempre querendo estar envolvido com o saudável mundo esportivo, ao mesmo tempo se tornou um lépido catador de bolas de tênis no GTC. E foi no tradicional clube verde e branco da Avenida Dr. Rafael P. de Barros, que ele passou um ciclo muito celebrado. “Na época, entre os anos 80 e 90, fiquei oito anos no Tênis, com dezenas de crianças nos treinamentos de futebol”, relembra, com muito orgulho.
Aliás, Ditinho então teve uma atitude que foi muito aplaudida: procurou iniciar um projeto de inclusão, que obteve muito sucesso, pois sempre levava os seus alunos da APAE e da AGAR, onde atuava voluntariamente, para treinamentos juntamente com os jovens do GTC. “Era uma grande festa”, disse, em tom de muito saudosismo.
Após passar pelo amadorismo, tentar o profissionalismo (como atleta) e iniciar a sua nova ocupação profissional, Ditinho foi obrigado a interromper o seu ciclo vitorioso no GTC. “Foi uma época inesquecível”, acrescentou.


Teve destaque no futebol amador, inclusive defendendo algumas históricas agremiações, como por exemplo, o inesquecível Frigus


No time da Madeireira, no Amador/1978, em flagrante no campo da Escola Agrícola

Desde a mais tenra idade, envolvido com o esporte, Ditinho aparece segurando a bola na quadra do GTC

Em sua passagem pelo Palmeirinha de Porto Ferreira, treinou o goleiro Aranha, que passou por Ponte Preta, Palmeiras e Santos
Do amadorismo ao futebol profissional
Sempre envolvido com o futebol, Ditinho Oliveira atuou por algumas equipes amadoras em Garça. Ainda jovem, como um ponteiro-direito rápido e habilidoso, jogou pela Madeireira, Casa Ipiranga e Frigus. Destes tempos, não se esquece da facilidade que tinha para marcar gols contra uma equipe muito famosa: o Ipiranga. “Era incrível, pois, era só jogar contra eles que eu marcava um gol”, revela.
Tentou o futebol profissional no GFC, mas acabou ganhando uma chance na Portuguesa-RJ, por indicação de Liminha, ex-jogador do Flamengo e concunhado do Rogerinho, famoso ex-atleta do Azulão.
Mas um problema no nervo ciático abreviou a sua carreira, obrigando-o a retornar a Garça. Foi aí que aconteceu um fato que mudou a sua vida profissional: em 1984, em tratamento no DM do GFC, recebeu um inusitado pedido do então goleiro Carlos Alberto, para ser auxiliar do preparador de goleiros, Zé Mário. No ano seguinte, com a ida daquele profissional para o Botafogo-RP, a pedido do saudoso Zé Duarte, Ditinho assumiu a `titularidade´ nos treinamentos dos goleiros do Garça. Sua carreira começava a deslanchar.
Em 1989, com a ida de Zé Mário para o Palmeiras, Ditinho passou por um período de estágio muito importante em sua trajetória, na equipe alviverde. Na sequência, passou a ganhar mais destaque, com trabalhos elogiados em times conhecidos, como a Paraguaçuense, onde conquistou os títulos das séries B-I e A-III, ao lado do treinador Marcos Guerra.
Na sequência, com o nome consolidado no meio futebolístico, passou por Marília AC, Corinthians- PP, Taubaté, União Barbarense, Sãocarlense, Palmeirinha de Porto Ferreira, Internacional de Limeira (sub/20), Bragantino, União Suzano, Independente de Limeira, São Bento, Velo Clube, Grêmio Osasco, Fernandópolis, Atlético de Três Corações – MG e VOCEM/Assis. Também esteve num breve período na Espanha, acompanhando o Zico 10, time do Galinho de Quintino, que esteve excursionando por aquele país. Ultimamente estava na escolinha do Santos FC, em Taubaté.


Uma foto que não poderia faltar: Ditinho com a sua turma de treinamento do Tênis, em 1985

Em uma de suas passagens pelo GFC, em 1989

Os títulos com a Paraguaçuense nos anos 90, impulsionaram de vez a carreira do garcense
Amizade com grande nome do futebol lhe rendeu estágio na Alemanha
Quando passou pela Paraguaçuense, Ditinho constituiu uma forte amizade com um jovem atleta vindo do nordeste: Marcelinho, que na época ainda não tinha o `Paraíba´ no nome.
O tempo foi passando, o atleta foi ganhando projeção, passando por grandes clubes (São Paulo e Grêmio, entre outros), até ser vendido para o futebol alemão, onde se tornou ídolo no Hertha Berlim-ALE.
Ditinho foi levado pelo amigo para a Alemanha em duas oportunidades: em 2002, quando ficou por lá 10 meses e dois anos mais tarde, num período de mais seis meses.
Ficou conhecendo os métodos aplicados nos treinamentos dos goleiros numa das principais escolas do futebol mundial, que lhe foram muito úteis em seu retorno ao Brasil.


Na Alemanha, acompanhando o amigo Marcelinho Paraíba em sessão de autógrafos no Hertha Berlim