segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Destaque Esportivo: "Um ex-pedestrianista simplesmente louco pelo futebol"



Eduardo Davi tem uma bela trajetória esportiva, em duas modalidades diferentes
Ele é nascido há 69 anos na sul-matogrossense Campo Grande. Antes de chegar a Garça, em 1971, sempre por conta do serviço do pai, funcionário público federal, residiu em José Bonifácio, Araçatuba e São Paulo. Por mais de uma década elevou o nome de Garça em provas de rua no pedestrianismo, cuja equipe chegou a se tornar a segunda do país. Porém, nunca conseguiu se afastar de sua grande paixão esportiva: o futebol. Você conhecerá hoje uma história muito rica do esporte garcense, aquela escrita por Eduardo Davi, o nosso `Destaque Esportivo´ de hoje.
Sendo o mais velho entre sete irmãos, Eduardo Davi mudou-se para Garça há 49 anos, logo se tornando funcionário da Inspeção Federal. Aos poucos, começou a jogar futebol por equipes conhecidas de nossa cidade, como Rodoviário, Trans-Ribas, Frigus e São José dos Boninis.
O tempo foi passando e ele continuando a atuar em nossa várzea, atingindo a década de 80 onde defendeu o Municipal e o América, entre outros. Sem conseguir se afastar da modalidade, mesmo com a idade chegando, continuou jogando. “Eu me orgulho de ter defendido o time do Lorão (União), do Zé das Medalhas (Nacional/Morada do Sol) e do Guarda-Roupa (Jardim dos Eucaliptos)”, cita, num momento de saudosismo. Também veio a lembrança quando envergou a camisa do Americano, time de vila Manolo da década de 70, que tinha à frente o falecido Shell.
Como bem frisou o Eduardo Davi ao ser entrevistado pelo blog, “O pedestrianismo foi uma fase muito boa da minha vida, mas o futebol é uma `coisa doentia´, que eu não consigo me afastar”.


Rodoviário foi a equipe que o `revelou´ para o futebol (último agachado)

Anos 70 e Eduardo Davi defendeu o Frigus (antepenúltimo em pé), uma das equipes mais famosas da historia

Também jogou pelo Municipal, com essa formação sendo do ano de 1984
No pedestrianismo, iniciou a carreira por influência de amigo
Eduardo praticou o atletismo entre os anos de 1971 a 1985. “Fui influenciado pelo Roberto S. Marins, que hoje reside em Campinas. Na época eu era muito mais atleta de rua do que de pista, um corredor de fundo, a partir dos 3.000 metros”, relembra.
Novamente batendo a saudade, ele se recordou das equipes formadas em Garça, Café São João e Frigus, que chegaram a ter 20 corredores. “Fomos numa temporada a 2ª melhor equipe do país, apenas atrás da Polícia Militar de São Paulo. Foi a época de ouro do nosso pedestrianismo”.
Durante a sua trajetória, Eduardo Davi alcançou inúmeras vitórias e incontáveis pódios. Calcula, sem falsa modéstia, ter faturado entre 150 a 200 medalhas, além de mais de 50 troféus.
Ele destacou aquele que foi ganho em 1974, na Volta Universitária, no Campus da USP, na capital, quando chegou em 2º lugar, com o campeão e o terceiro colocado sendo atleta da seleção brasileira.
Eduardo ainda disputou 7 edições da tradicional Corrida de São Silvestre, no último dia do ano, em São Paulo. O 69ª lugar na 50ª edição, em 1974, foi a sua melhor colocação.


Por mais de uma década, Eduardo Davi representou Garça em diversas provas, sempre com ótimos resultados

Momentos antes da largada da Volta de São Paulo, em 1979, defronte ao Pacaembu

Em 1974, nos Jogos Regionais de P. Prudente, logo atrás do irmão Joathan, que fez muito sucesso defendendo Firgus e Ipiranga

Um flagrante histórico: a equipe de pedestrianismo de Garça, que era patrocinada pelo Frigus, nos anos 70
Fundador, presidente, técnico e jogador do Corinthians de Garça
Eduardo Davi faz questão de salientar que o `seu´ Corinthians, integrante do futebol suíço máster, foi fundado em 20/03/2004. A ata que faz questão de mostrar a quem lhe pergunta algo sobre a equipe é a prova do momento histórica para ele.
A partir do ano seguinte, passou a realizar amistosos em Garça e em toda a região, sendo que em 2009, aventurou-se pelo Campeonato Amador, na única temporada em que integrou aquele certame. “Depois paramos e retornamos em 2014”, orgulha-se.
Após defender Cavalcante e Cyborg, Eduardo Davi é o comandante não só da zaga, como de toda a equipe alvinegra. Deixa bem claro que é o `faz tudo´ do time e sempre analisa suas atuações em cada jogo.
No certame master de 2014, quando de derrota para o Motorista, 6 x 0, no Master não teve dúvidas em afirmar: “O jogo foi seis, pois eu estava na zaga, se eu não tivesse, seria 12”.


Esbanjando vitalidade, aos 69 anos, defendendo a equipe que fundou no master