sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

`Recordar é Viver´: Rogerinho e o troféu de campeão do Amador




Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Domingo sem futebol não tem graça. Seja na telinha ou mesmo na beira de um campo. O gostoso é ver a bola rolando não importa o local.
No último domingo (2) fomos assistir a decisão do campeonato amador  entre  o Flamengo x Cruzeiro, de Júlio Mesquita, no Estádio Municipal “Otojiro Toyota”.  Para nós o jogo tinha um “sabor especial”, uma vez que o troféu de campeão era em homenagem ao nosso amigo de longa data, o  Rogério Amadeu Atílio, ex-atacante do Garça FC, das décadas de 60/70.  
Quem não se lembra do Rogerinho, que tantas glórias deu ao Garça.  Chegou em Garça depois de se consagrar no Corintinha de Presidente Prudente. Marcou época, pois era o tipo do atacante que a torcida gostava de ver jogar, com ele não tinha bola perdida. Depois que encerrou a carreira no futebol profissional jogou ainda no varzeano pelo Frigus.  Chegou até mesmo a apitar alguns jogos na várzea.  Depois se mudou para a vizinha Bauru, mas a saudade bateu e está retornando a nossa cidade.  Para os torcedores mais antigos, recordamos o glorioso “Azulão”  da temporada de 1969. Em pé da esquerda para direita: Rogerinho, Ari Lima, Fernando, Luizão, Belmiro e Dadi; agachados: Robertinho, Grilo, Du, Osmar, Coró e Zé Massagista.  
Voltando a final do amador, o jogo já havia começado quando o Rogerinho chegou ao Toyotão, acompanhado de seus familiares. Discretamente dirigiu até a mesa do representante, onde estávamos juntamente com o Enéas Filho e o Marcão Morais, e foi logo perguntando: cadê os troféus?  De pronto, respondi que os troféus chegariam antes da final do jogo, pois no caso de alguma confusão, poderia sobrar até para os troféus. Eis que o Rogerinho retrucou: "O troféu tem que ficar na mesa do representante, para dar uma motivação maior aos jogadores. E hoje tudo vai terminar bem vai terminar bem. Inclusive trouxe minha mulher (que nunca assistiu  um jogo na beira do campo), para prestigiar a entrega do troféu com o meu nome".
Infelizmente  após uma falta comum, uma grande confusão fez com que o árbitro encerrasse o jogo e o troféu não pôde ser entregue. Só restou ao Rogerinho (a esq), um tanto chateado (e com razão) se dirigir até o carro do Enéas e apreciar o troféu como o seu nome (foto). Quem na segunda à noite o Rogerinho compareça no auditório da Educação (antigo Mercadão) para entregar o belíssimo troféu ao Flamengo, que  foi campeão sem precisar jogar os 90 minutos. Foi a primeira vez que isto aconteceu na historia do amadorismo garcense.
O tumulto generalizado envolvendo praticamente todos os jogadores decretou o final da partida no início do segundo tempo. A Comissão Julgadora, baseada nos relatórios do árbitro e representante da partida determinou a perda de pontos do Cruzeiro/J. Mesquita, considerado como o causador da confusão. Com isto o Flamengo se tornou oficialmente, campeão municipal de 2012, alcançando o 12º título da história, repetindo as conquistas de 1985/86/87/88/90/91/92/97/06/10/11. Indubitavelmente é o maior vencedor do amadorismo garcense. Só que o título que era para ser conhecido no “Toyotão”, com a tradicional volta  olímpica dos jogadores, acabou mesmo sendo decidido no “Tapetão”. 

Fonte: Jornal Comarca de Garça