Nezinho Bonfim: uma `lenda´ do futebol suíço garcense |
Ele é fundador de uma das equipes mais
famosas do futebol suíço e a acompanha há mais de 30 anos. Primeiro como um
viril zagueiro e depois como treinador e diretor. É impossível não falarmos do
Dinos sem o associarmos à figura dedicada de Anézio Urbano Bonfim Sobrinho.
Vivenciando todos os estágios da existência do alvirrubro, desde a época
romântica do `terrão´, até os dias atuais, Nezinho Bonfim é o nosso `Destaque
Esportivo´ de hoje.
No tempo que o futebol suíço era disputado
pelos campos de terra da cidade, onde as equipes tinham que colocar e tirar a
rede e riscar o campo, uma sempre marcou presença, com a sua base formada por
atletas de vila Salgueiro: o Dinos.
Mas antes de receber esse nome, Nezinho se
lembra de outras nomenclaturas que o time teve: “Fomos chamados de XV de
Novembro, Madeireira, Serralheria, Farmácia Alvorada, Café Delicioso,
Cambalhota e Jabaquara. Mas o nome que pegou mesmo foi Dinos, por causa da Família
Dinossauros”, lembra o agora dirigente.
Aliás, se é um período em que Nezinho não
esquece é a época dos jogos no `terrão`. “Quando começamos, meu time Jaime
(Garcia) levava café, suco e até pão com manteiga. Nossa, tivemos casa jogo!”,
recorda, citando o grande número de jogadores que já envergou o glorioso
`manto´ vermelho e branco da equipe.
Essa é do tempo do `terrão´, o Café Delicioso, anos 90; Nezinho, ainda como atleta, é o 6º em pé, da esquerda p/ direita |
Essa não pode faltar; Dinos, o primeiro campeão da Copa Lions, suíço/91; Nezinho é o 5º em pé, logo após o seu tio, Carlão Bonfa |
Momento inesquecível: o primeiro jogo do Dinos contra o Dinossauros, em 2012, no futebol suíço |
Uma
família envolvida com um time de futebol
Em Garça, sempre tivemos famílias
envolvidas com equipes de futebol. Não nos esqueçamos das famílias Ramos e
Aguiar, entre outros exemplos. Mas podemos inserir neste seleto grupo a família
Bonfim.
O envolvimento é tamanho, que vários
familiares são vistos acompanhando os confrontos do time. Quando há alguma
confraternização, os Bonfims sempre estão presentes, tornando o encontro bem
mais alegre e festivo.
Só não pode reuni-los para assistir algum
jogo do Palmeiras, ao lado de corinthianos ou são-paulinos, pois aí, não dá
certo, tamanho é o fanatismo pelo time de Parque Antárctica. Reza a lenda, que
até a matriarca da família, a simpática dna. Ivone, torcedora fervorosa do São
Paulo, já teria sido `convidada´ a se `retirar` do local onde os filhos
assistiam pela TV a um clássico frente ao Palmeiras, após ter comemorado um gol
do time do Morumbi.
Nezinho, dna. Ivone, Orlandinho e Ricardo Bonfim: família unida em torno do time de futebol |
Dinos master, campeão municipal em 2011 |
Qual
o segredo para se manter em atividade pelo mesmo time por 30 anos?
A ligação de Nezinho Bonfim com o Dinos é
tanta, que ele está há mais de 30 anos ininterruptos junto com a equipe.
Durante este tempo, passou por momentos felizes, como também, por decepções,
sentimentos comuns a quem atua no meio esportivo.
O respeito por ele é tanto, que ele,
literalmente, comanda quase uma centena de pessoas no futebol suíço garcense,
pois além do próprio Dinos, ainda existe o Dinos máster e o Dinossauros, que
até este ano foi dirigido pelo seu irmão, Orlandinho Bonfim.
E a resposta para a pergunta da manchete é
muito simples: simplicidade, humildade, engajamento, respeito e um verdadeiro
dom em ser um dos maiores dirigentes de todos os tempos do futebol de Garça.
Nezinho não se esqueceu de agradecer a todos que o ajudaram na manutenção do time nestas três décadas de atividades |
Uma dupla de grande contribuição ao futebol suíço garcense: Orlandinho e Nezinho Bonfim |