Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Ele foi sempre uma pessoa
ligada ao esporte de nossa cidade. Estamos falando de Ary Beghini, um dos mais tradicionais esportistas de
Garça. Acompanhou de perto tudo, desde a década de 50, o que aconteceu no futebol profissional ou no
amador. Como bom brasileiro jogou em várias equipes da várzea romântica de
outrora. Começou no juvenil da Água Branca, tradicional equipe que existiu na
Vila Salgueiro, depois passou pelo Palmeirinha. Não demorou muito e foi para a
várzea, tendo passagens pelo Agro-Mecânica, Ferroviário da Estação da Paulista,
Tiro de Guerra e novamente o Água Branca, onde jogou ao lado do Rubens Rossini,
Vadinho, Alcides Rizi, Alfredo Malange e Lauder, grandes jogadores da época.
Sua carreira praticamente
foi até o ano de 1959, assim que ingressou na CPFL (Companhia Paulista de Força
e Luz). A partir daí não sobrou mais tempo para a prática esportiva. Passou a
dedicar sua vida na CPFL, sendo um gabaritado funcionário, até que chegou à merecida aposentadoria. Paralelamente virou um fervoroso torcedor do
Garça. Não perdia uma tarde domingueira no Estádio Municipal Frederico
Platzeck. Acompanhou de perto os grandes jogos do Garça Esporte Clube e do
Garça Futebol Clube. E isto lhe trás ótimas recordações, e não se cansa de
afirmar: “Eu me sinto realizado, pois assisti ao vivo verdadeiros craques
jogando no Platzeck, nos anos 50/60, pelo Garça EC: Altamiro Gomes, Ceci,
Doleite, Plínio Dias, Rizi, Martin Carvalho, Liquinho, Agamenon, Paraguaio, que
vestiam a camisa de qualquer time grande do Brasil."
"Depois nos anos 70, uma
excelente safra de jogadores, agora pelo Garça FC. Quem não se lembra do Bô,
Ari Lima, Abegar, Cláudio Belon, Itamar Belasalma, Lula, Índio, Pedroso,
Rogerinho, Grilo e tantos outros. Era
uma máquina de jogar bola”. Sem falar que viu praticamente o goleiro
Waldir Perez nascer no futebol. “Ele morava vizinho de casa e já se destacava dos
demais garotos. Não demorou muito e foi jogar no Paulistinha, depois o Garça, e
a ida para a Ponte Preta. Aconteceu tudo muito rápido. Eu indiquei para um
colega de trabalho, o Wilson Henrique, que era dirigente da Ponte Preta. E
acabaram levando o Waldir Perez."
Nos idos de 1985 a vontade
de “bater uma bolinha” falou alto. Voltou a jogar com vários amigos na chácara
dos Boninis. Até que no dia 19 de agosto de 1.999, juntamente com o Nivaldo
Gianezi, Nelson Fontes, dentre vários esportistas, resolveram fundar o GRUP –
Grêmio Recreativo União Planalto, onde joga até hoje, no auge dos bem vividos
77 anos (foto). Após adquirir um amplo terreno no Jardim Adrianita, inauguraram
o campo society no dia 07/09/2001, reinaugurado em 20/05/2006,
com uma nova e excelente iluminação. O campo tem até arquibancada coberta, onde
os torcedores assistem aos jogos confortavelmente sentados em cadeiras
individuais.
Veja o Juvenil do Água Branca,
campeão juvenil de 1.953. Em pé da esquerda para direita: Elza Calvo
(madrinha), Coreano, Ary Beghini, Milton, Hélio, Foganholi, Dado Calvo, Walter
e José Fontes (técnico); Agachados: Antonio “Rebite”
Manzano, Alcides Rizi, Celso, Galego e Delecrode.
Um Feliz Natal!!!