sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Recordar é Viver: "Antonio Marangão, de mascote a presidente do GFC"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Como todos sabem, o Garça Futebol Clube foi fundado no dia 15 de fevereiro de 1.965. O primeiro presidente foi Antonio Alexandre Marques. No início, o Azulão participava de competições amadoras organizadas pela Federação Paulista de Futebol. Mas aos poucos foi se preparando, até que entrou definitivamente no futebol profissional, isto em meados de 1968. 

Não demorou muito tempo e o Garça já era temido e respeitado pelos adversários. O auge veio no início dos anos 70,  e prosseguiu nas temporadas de 1972/73. Na época o presidente era João Bento. Como todo time pequeno do interior paulista foi passando por crises,  e momentaneamente fechou as portas, no final da década de 70. Mas voltou com tudo no ano de 1.984, graças aos esforços e empenho do presidente Antonio “Biga” Marangão (foto)”.

Logo de cara um time forte e competitivo. Os resultados foram imediatos: vice-campeão da 3ª Divisão em 1.984, vice-campeão da série B1-B em 1.995. Em 1.996, terminou como terceiro colocado da Série Bl-A, o que valeu a ascensão à Série A-3, uma espécie de terceira divisão do Estado. Os vice-campeonatos conquistados em 1.984/95 e a terceira colocação em 96, valeram ascensão à divisão superior. Neste período o Garça viveu grandes momentos, e quando jogava o Estádio Municipal “Frederico Platzeck” ficava lotado de torcedores. Bons momentos que jamais serão esquecidos.

A coluna faz uma pequena homenagem ao ex-presidente Antonio “Biga” Marangão, que fez história e entrou para a história do Garça Futebol Clube. Ele foi de mascote a presidente de um time profissional. Desde pequeno gostava de ver o Garça jogar. Assim é que foi mascote do Garça EC. na década de 50. Sempre  falava que admirava os craques do passado, Altamiro Gomes, Carlito, Paraguaio, Ceci, Liquinho, e tantos outros. Quando chegou a presidência (ano de 1.984) realizou o sonho de infância. E fez do Garça um time vencedor. Trouxe o Ademir da Guia, o maior ídolo da historia do Palmeiras, para disputar um amistoso noturno pelo Garça. 

Paralelamente sempre colaborou com o esporte amador. Numa ocasião forneceu o uniforme para todos os times que participaram do campeonato rural. No futebol amador citadino doou aos campeões prêmios que iam desde terreno a motos. Com seu jeito simples dificilmente negava algo para uma pessoa quando o assunto era futebol. Ele vestiu a camisa do Garça e de Garça, literalmente. Veja uma das formações do Garça, do ano de 1.984. Em pé da esquerda para direita: Antonio “Biga” Marangão, Barbosa, Botinha, Mamela, Dinho Parreira, Osmar Tanajura, Julião, Arenghi e Jair Montemor; agachados: Tiana, João Luiz, Gaúcho, Reginaldo, Canhoto e Zé Luiz (massagista).

Na outra foto, o sonho realizado, com o troféu de vice-campeão de 3ª divisão paulista no ano de 1.984. Biga Marangão segurando o troféu, tendo a seu lado esquerdo o dirigente Washington “Cateto” de Araujo, em pé a direita, Cornelio Marcondes de Moura, também diretor, juntamente com dirigentes da Federação Paulista de Futebol. Nada mais justo recordarmos a celebre frase do ex-narrador esportivo Fiori Giglioti,o locutor da torcida brasileira: “O Antonio “Biga” Marangão nos deixou esta semana, subiu e foi falar de futebol  lá no céu. Mas ficará por todo o sempre incrustado no carinho, no coração, na ternura e na sinceridade do nosso cantinho da saudade”.