sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Recordar é viver: "MAC fez bonito na Copa São Paulo"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Com o futebol brasileiro profissional sem movimentação, o jeito é acompanhar pela televisão os jogos da Copa São Paulo de Futebol Júnior, que está em sua 47ª edição. Afinal de contas é o futuro do futebol brasileiro que entra em campo. As principais equipes do Brasil estão na competição, que neste ano teve 112 participantes. Muitos bons valores estão surgindo e em breve estarão atuando entre os profissionais. É a renovação que não pode parar.

Em nossa região estivemos assistindo os jogos na vizinha cidade Marília, no grupo do MAC, Cruzeiro (MG), Comercial (Ribeirão Preto) e o Vitória da Conquista (Bahia). Não perdemos um jogo sequer no “Abreuzão”. Muita animação entre os torcedores marilienses e o Maquinho fazendo bonito. Importante lembrar que o Maquinho foi o campeão da Copa São Paulo Jr. no ano de 1.979 sob o comando do técnico Walter Zaparolli. Foi a primeira vez que um time do interior ganhou a tradicional copinha. Depois de 10 anos, o Maquinho passou da primeira fase.

Os jogos da segunda fase, no “mata-mata” foram sensacionais. O primeiro foi contra o Coritiba. Empate em 0 a 0 no tempo normal. Na cobrança de penalidades, vitoria do Maquinho. Assistimos esta partida com o Ditinho, treinador de goleiros, que fez questão de ressaltar o bom nível técnico da partida e muitos jogadores de qualidade e com futuro promissor no futebol. No jogo seguinte, diante do Cruzeiro, um duelo sensacional. Empate em 2 a 2, durante os noventa minutos. Nos pênaltis, deu Cruzeiro. Estivemos acompanhando dos corintianos Roldney e Renan. O nosso amigo “Rau” reconheceu o poderio do Cruzeiro. Assim como fez questão de destacar o público. Muita animação, com famílias presentes, e uma torcida comportada, o show da “ola”. Souberam respeitar a vitória e os jogadores cruzeirenses, nada de briga ou mesmo palavrão. Já foi a época de confusões num estádio. O Maquinho foi eliminado, mas demonstrou que é um celeiro de atletas. E muitos estiveram nos jogos da Copinha em Marília.

TÉCNICO CARLÃO: Ao longo dos anos, o Marília Atlético Clube, vem mantendo a tradição de formar jogadores. Você sabia que um dos responsáveis por isto é um garcense. Estamos falando do Carlos Bulho Fonseca, o conhecido “Carlão”, que há mais de 35 anos, trabalha nas equipes de base do MAC.

O Carlão sempre gostou do futebol. No final dos anos 60, até que bateu sua bola na várzea garcense. Jogou no Paulistinha e no Clube Atlético Ipiranga. Atuava de meia atacante, mais pelo lado direito. No Paulistinha teve a oportunidade de jogar com o goleiro Waldir Perez, na época um garoto muito bom, e que já deslumbrava um futuro promissor. Mas foi nas equipes de base do Marília que o Carlão se revelou um verdadeiro descobridor de talentos. 

Por suas mãos passaram, dentre vários jogadores: Bernardo, ex-volante do São Paulo, Raudinei (ex-Porto, de Portugal), Guilherme, ex-centroavante do Atlético Mineiro, e artilheiro do campeonato brasileiro de 1.999, o goleiro Sérgio Nery, ex-Guarani, de Campinas, Márcio Rossini, o zagueirão “xerifão” do Santos (campeão paulista de l984)  e seleção brasileira. Sem falar no garcense Marcos Lucas, o Pi, atualmente na Bélgica. Veja nos flagrantes, o Carlão e seus pupilos do Marília. Depois, em foto recente Carlão (E), ao lado do Ditinho, treinador de goleiros, quando do jogo Maquinho x Coritiba, pela Copa São Paulo de Júnior deste ano.