Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Com o futebol brasileiro profissional sem
movimentação, o jeito é acompanhar pela televisão os jogos da Copa São Paulo de
Futebol Júnior, que está em sua 47ª edição. Afinal de contas é o futuro do
futebol brasileiro que entra em campo. As principais equipes do Brasil estão na
competição, que neste ano teve 112 participantes. Muitos bons valores estão
surgindo e em breve estarão atuando entre os profissionais. É a renovação que
não pode parar.
Em nossa região estivemos
assistindo os jogos na vizinha cidade Marília, no grupo do MAC, Cruzeiro (MG),
Comercial (Ribeirão Preto) e o Vitória da Conquista (Bahia). Não perdemos um
jogo sequer no “Abreuzão”. Muita animação entre os torcedores marilienses e o
Maquinho fazendo bonito. Importante
lembrar que o Maquinho foi o campeão da Copa São Paulo Jr. no ano de 1.979 sob
o comando do técnico Walter Zaparolli. Foi a primeira vez que um time do
interior ganhou a tradicional copinha. Depois de 10 anos, o Maquinho passou da
primeira fase.
Os jogos da segunda fase, no “mata-mata” foram
sensacionais. O primeiro foi contra o Coritiba. Empate em 0 a 0 no tempo
normal. Na cobrança de penalidades, vitoria do Maquinho. Assistimos esta
partida com o Ditinho, treinador de goleiros, que fez questão de ressaltar o
bom nível técnico da partida e muitos jogadores de qualidade e com futuro promissor
no futebol. No jogo seguinte, diante do Cruzeiro, um duelo sensacional. Empate
em 2 a 2, durante os noventa minutos. Nos pênaltis, deu Cruzeiro.
Estivemos acompanhando dos corintianos Roldney e Renan. O nosso amigo “Rau”
reconheceu o poderio do Cruzeiro. Assim como fez questão de destacar o público.
Muita animação, com famílias presentes, e uma torcida comportada, o show da
“ola”. Souberam respeitar a vitória e os jogadores cruzeirenses, nada de briga ou
mesmo palavrão. Já foi a época de confusões num estádio. O Maquinho foi
eliminado, mas demonstrou que é um celeiro de atletas. E muitos estiveram nos
jogos da Copinha em Marília.
TÉCNICO CARLÃO: Ao longo dos anos, o Marília Atlético Clube,
vem mantendo a tradição de formar jogadores. Você sabia que um dos responsáveis
por isto é um garcense. Estamos falando do Carlos Bulho Fonseca, o conhecido
“Carlão”, que há mais de 35 anos, trabalha nas equipes de base do MAC.
Por suas mãos passaram, dentre vários jogadores:
Bernardo, ex-volante do São Paulo, Raudinei (ex-Porto, de Portugal), Guilherme,
ex-centroavante do Atlético Mineiro, e artilheiro do campeonato brasileiro de
1.999, o goleiro Sérgio Nery, ex-Guarani, de Campinas, Márcio Rossini, o
zagueirão “xerifão” do Santos (campeão paulista de l984) e seleção brasileira. Sem falar no garcense
Marcos Lucas, o Pi, atualmente na Bélgica. Veja nos flagrantes, o Carlão e seus
pupilos do Marília. Depois, em foto recente Carlão (E), ao lado do Ditinho,
treinador de goleiros, quando do jogo Maquinho x Coritiba, pela Copa São Paulo de Júnior deste ano.