Há exatos 40 anos, o Clube
Atlético Ipiranga ganhava o primeiro título de campeão amador de Garça. O
tradicional time vermelho e branco, fundado no dia 21 de março de 1.960,
conquistava depois de 16 anos o inédito troféu.
A história começou a ser
escrita no final do ano de l.975, quando terminou o mandato da diretoria
presidida por José Roberto Galvão, o Béia. O diretor Nelson Carvalho de Souza
convidou o esportista Osvaldo de Castro, que de pronto, aceitou o cargo. No dia
11 de janeiro de 1.976, foi montada a nova diretoria do Ipiranga. Oswaldo de Castro era eleito presidente para
mandato de 1976. Seria o 12º presidente do Ipiranga que, desde 1960 foi
dirigido pelos seguintes esportistas: 1960: Christian Kotinda; 1961-1966: Takashi
Kitamura; 1967: José Carlos de Oliveira Romani; 1968; Geraldo Modesto, 1969: Nelson
Carvalho de Souza, 1970; Farid Salmen, 1971; Mohamed Ali M. Chehad, 1972; Takashi
Kitamura, 1973; Feis Salmen, 1974; Carlos
Urbano Bonfim e 1975: José Roberto Galvão.
De imediato, Osvaldo de Castro traçou as diretrizes com o objetivo
de levar o Ipiranga a ser campeão do amador. O primeiro passo foi angariar
recursos para cobrir as despesas ao longo da temporada. E um ato marcou as
mudanças: cada jogador recebeu um carnê para contribuir mensalmente. E Oswaldo
de Castro afirmou categoricamente: “no Ipiranga o atleta tem que, além de
jogar, pagar para manter o time”. Por incrível que pareça todos do elenco
concordaram de pronto.
Como o Ipiranga manteve a base do ano anterior, quando terminou
como vice-campeão (o campeão foi o Frigus, na disputa por pênaltis), o primeiro
título era um questão de tempo. O time disputou um campeonato impecável, e
novamente decidiu o campeonato contra o forte Frigus. Numa tarde memorável, com
o Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, recebendo um grande público, o
Ipiranga empatou com o Frigus, em 0 a 0 no tempo normal. Na prorrogação, venceu
por 1 a 0, gol do atacante Mauro Val, e entrou para a história dos grandes
campeões garcenses. Depois, repetiria o feito nos anos de 1.979 e 1.993.
Outro fato marcante na administração de Osvaldo de Castro, foi
quando ele trouxe a Seleção Brasileira de Master (Os Milionários) para
enfrentar o Ipiranga. Naquele domingo, o “Platzeck” viveu um dia histórico. O
principal destaque da seleção era ninguém mais, ninguém menos, que Manuel dos
Santos, a lenda Garrincha, apontado como maior driblador da história do futebol.
O Ipiranga perdeu de 2 a 1, mas vendeu caro a derrota, faltou pouco para
empatar o prélio. Cesar Maluco e Ivair “Princípe” marcaram para a seleção, e Chico Ramalho descontou para o Ipiranga. Oswaldo de Castro foi reeleito para o
ano de 1.977, fazendo novamente um grande trabalho. Depois entregou o cargo
para o corintiano Marcelo Nassif Avelar, no ano de 1.977.
Veja
o Ipiranga, grande campeão amador do ano de 1.976. Em pé da esquerda para direita:
Alcides Vaz (técnico), Osvaldo de Castro (presidente), Corinho, Robson Pezão,
Berto Nico, Ricardo, Béia e Jair Proença; agachados: Chico Ramalho,
Tiarim, Nôzinho, Tico e Toninho Marques. Na outra foto, Osvaldo de Castro (esq.)
e José Roberto Galvão, o Béia, ex-presidentes do Ipiranga. No outro flagrante,
jogadores recebendo a faixa de campeão, entregue pela equipe de aspirantes da
Ferroviária de Araraquara. O Ipiranga venceu por 1 a 0, novamente gol de
Mauro “Dinamite”. Segundo nos confidenciou Osvaldo Castro é bem provável que os
jogadores campeões de 40 anos atrás, se reunirão proximamente para festejar o
mais importante título da história do C.A. Ipiranga.
