sexta-feira, 31 de maio de 2013

Recordar é Viver: "Waldir Peres estreou como técnico do Grêmio Maringá sem banco de reservas"



Por Wanderley Marcos `Tico´ Cassolla

O nosso conterrâneo Waldir Peres resolveu novamente “atacar” de treinador. O ex-goleiro acaba ingressar no Grêmio Maringá, que disputará a 2ª Divisão do Campeonato paranaense. Até então Waldir Peres participava do programa “Encontro dos Craques”, no canal Bandsports. Depois de encerrar a carreira de goleiro no ano de 1989, na Ponte Preta, no mesmo time que o projetou para o futebol,  Waldir Peres passou a treinador. O primeiro time foi o São Bento de Sorocaba, no ano de 1991, depois daí foram vários times de menores expressões do cenário esportivo nacional. Ainda não teve o mesmo sucesso dos tempos que foi um consagrado goleiro.
Só que na estréia no jogo Grêmio Maringá x Colorado, sua equipe entrou em campo com 11 jogadores em campo e ninguém no banco de reservas.  Nem mesmo goleiro havia. O centroavante Batata jogou improvisado na posição da qual Waldir Peres fez história. Dos males o menor, a partida terminou  1 a 1. Na foto veja o banco de reservas com Grêmio Maringá, somente com o Waldir Peres (dir) e um membro da comissão técnica. Para o jogo de amanhã contra o Prudentópolis, o presidente Aurélio Almeida promete mais 8 reforços vindos do Botafogo e do Brazlândia, do Distrito Federal. A torcida é para que Waldir Peres consiga retornar o Grêmio na 1ª divisão do futebol paranaense.
Voltando mais no tempo, recordo um jogo que o Garça disputou na cidade de Barretos, no ano de 1976. O Garça rumou para a “terra do boi”  também com somente 11 jogadores, fomos amontoados  dentro de uma perua Kombi. Num outro fusca-1.500, o presidente Argemiro Beguine, o técnico Juvenal “Barbeiro” Nascimento e o massagista Ari Euzébio. Era a abertura do campeonato da então 2ª Divisão do interior e pra variar o Garça enfrentou problemas para cadastrar os jogadores na Federação Paulista.  Foram registrados 7 profissionais e 4 amadores: Túlio, Tiarim, Tico e Tonho Nego, por coincidência todos com os nomes começando com a letra “t”. Disputávamos o campeonato amador, eu e o Heitor Tiarim jogávamos no Ipiranga, o Túlio e Tonho Nego no Frigus. Mesmo sem um treinamento qualquer  topamos a parada. Dentre os profissionais foram: Pedroso, Ari Lima, Jair Goleiro, Osmar Silvestre, Abegar, Cláudio Belon e  Joãozinho.
Na entrada em campo aquele foguetório, deu até um frio na barriga. Araçatuba em festa, montando um time para subir. Até que o repórter de uma emissora local, e pergunta pro Juvenal Barbeiro: “Cadê os reservas?” Estão chegando num outro carro, num Corcel-2, respondeu o treinador. Quanto ao jogo foi um sufoco. Só dava o Araçatuba em campo. Porém numa falta a nosso favor, o Osmar Silvestre coloca a bola no ângulo e faz um golaço.  No 2º tempo não tivemos como suportar a pressão e perdemos: 3 a 1. Eis que  novamente chega o mesmo repórter e tasca a pergunta: “Treinador e o resto do time?” O “Seo” Juvenal Barbeiro, pacientemente, respondeu: "Olha moço,  o motorista do Corcel-2, fez confusão com o nome da cidade e se enganou. Ao invés de Araçatuba ele foi para Araraquara”. Risada geral nos vestiários. O duro foi retornar pra Garça numa “Kombosa” lotada. Recordamos a passagem do treinador Juvenal “Barbeiro”, no Bangu, do ano de 1966. Em pé da esquerda para direita: Juvenal Barbeiro, Roberto, Nena, Osvaldinho, Jacó, Simão e Navarro; Agachados: Teotônio, Rôla Cassola, Viola, Adamir Barros, Dominguinhos e Serginho.

Fonte: Jornal Comarca de Garça