Por Wanderley Marcos `Tico´ Cassolla
O nosso conterrâneo
Waldir Peres resolveu novamente “atacar” de treinador. O ex-goleiro acaba ingressar
no Grêmio Maringá, que disputará a 2ª Divisão do Campeonato paranaense. Até
então Waldir Peres participava do programa “Encontro dos Craques”, no canal Bandsports. Depois de encerrar a carreira de
goleiro no ano de 1989, na Ponte Preta, no mesmo time que o projetou para o
futebol, Waldir Peres passou a
treinador. O primeiro time foi o São Bento de Sorocaba, no ano de 1991, depois
daí foram vários times de menores expressões do cenário esportivo nacional. Ainda
não teve o mesmo sucesso dos tempos que foi um consagrado goleiro.
Só que na estréia no jogo
Grêmio Maringá x Colorado, sua equipe entrou em campo com 11 jogadores em campo
e ninguém no banco de reservas. Nem
mesmo goleiro havia. O centroavante Batata jogou improvisado na posição da qual
Waldir Peres fez história. Dos males o menor, a partida terminou 1 a 1. Na foto veja o banco de reservas com
Grêmio Maringá, somente com o Waldir Peres (dir) e um membro da comissão
técnica. Para o jogo de amanhã contra o Prudentópolis, o presidente Aurélio
Almeida promete mais 8 reforços vindos do Botafogo e do Brazlândia, do Distrito
Federal. A torcida é para que Waldir Peres consiga retornar o Grêmio na 1ª
divisão do futebol paranaense.
Voltando mais no tempo,
recordo um jogo que o Garça disputou na cidade de Barretos, no ano de 1976. O
Garça rumou para a “terra do boi” também
com somente 11 jogadores, fomos amontoados dentro de uma perua Kombi. Num outro fusca-1.500,
o presidente Argemiro Beguine, o técnico Juvenal “Barbeiro” Nascimento e o
massagista Ari Euzébio. Era a abertura do campeonato da então 2ª Divisão do
interior e pra variar o Garça enfrentou problemas para cadastrar os jogadores
na Federação Paulista. Foram registrados
7 profissionais e 4 amadores: Túlio, Tiarim, Tico e Tonho Nego, por
coincidência todos com os nomes começando com a letra “t”. Disputávamos o
campeonato amador, eu e o Heitor Tiarim jogávamos no Ipiranga, o Túlio e Tonho
Nego no Frigus. Mesmo sem um treinamento qualquer topamos a parada. Dentre os profissionais foram:
Pedroso, Ari Lima, Jair Goleiro, Osmar Silvestre, Abegar, Cláudio Belon e Joãozinho.
Na entrada em campo aquele foguetório, deu até
um frio na barriga. Araçatuba em festa, montando um time para subir. Até que o
repórter de uma emissora local, e pergunta pro Juvenal Barbeiro: “Cadê os
reservas?” Estão chegando num outro carro, num Corcel-2, respondeu o treinador.
Quanto ao jogo foi um sufoco. Só dava o Araçatuba em campo. Porém numa falta a
nosso favor, o Osmar Silvestre coloca a bola no ângulo e faz um golaço. No 2º tempo não tivemos como suportar a
pressão e perdemos: 3 a 1. Eis que
novamente chega o mesmo repórter e tasca a pergunta: “Treinador e o
resto do time?” O “Seo” Juvenal Barbeiro, pacientemente, respondeu: "Olha moço,
o motorista do Corcel-2, fez confusão
com o nome da cidade e se enganou. Ao invés de Araçatuba ele foi para
Araraquara”. Risada geral nos vestiários. O duro foi retornar pra Garça numa
“Kombosa” lotada. Recordamos a
passagem do treinador Juvenal “Barbeiro”, no Bangu, do ano de 1966. Em pé da
esquerda para direita: Juvenal Barbeiro, Roberto, Nena, Osvaldinho, Jacó, Simão
e Navarro; Agachados: Teotônio, Rôla Cassola, Viola, Adamir Barros,
Dominguinhos e Serginho.
Fonte: Jornal Comarca de Garça