Por
Wanderley `Tico´ Cassolla
É meu caro amigo leitor, que acompanha
sempre a coluna, o tempo vai passando, e vamos ficando mais “experientes”. Ao mesmo tempo que as coisas “andam”, Garça
vai perdendo suas personalidades ilustres e esportistas que marcaram época. No
último dia 30, Garça perdeu Rubens Rossini, nosso grande amigo e exímio
esportista. Um bom papo e apaixonado pelo futebol.
Versátil, Rubens Rossini praticava várias
modalidades, conseguindo se destacar em todas.
Foi um dos melhores pedestrianistas da cidade em todos os tempos,
vivendo grandes momentos nas décadas de 50/60. Tinha um fôlego incomum e
praticamente não encontrava adversários. Sua especialidade era as provas de
fundo (longo percurso). Venceu muitas em nível regional e estadual. Nos Jogos
Regionais e Abertos do Interior sempre trazia uma medalha para Garça.
Participou de várias provas de São Silvestre. Na época não era qualquer atleta
que disputava a tradicional corrida paulistana. Primeiro tinha que conseguir a
classificação na fase regional, pois somente os três primeiros colocados podiam
correr nas ruas de São Paulo. O Rubens Rossini competiu em mais de uma dezena
da difícil e charmosa prova, na época realizada na ultima noite do ano.
No flagrante, a prova que Rubens Rossini
era fera mesmo: cruzando a linha de chegada em primeiro lugar na cidade de
Marília, no ano de 1.958, qualificando-se para mais uma São Silvestre.
Paralelamente às corridas, o Rubens Rossini
jogava na várzea garcense. Era um lateral que fazia um “vai e vem” com a maior
facilidade. Com ótimo preparo físico, tinha facilidade para chegar à linha de
fundo. Dentre os principais times jogou na Ferroviária, Jambo, Operário e Flamengo.
Recordamos o forte Operário, de meados do
ano de 1955, equipe comandada pelo João Folguieri. Em pé da esquerda para
direita: Navarro, Osvaldinho, Zelão, Rubuão, Jafa e Rubens Rossini; Agachados:
Rondon Saraiva, Ricci, Manolinho, João Trinca e Eduardo Nunes.
No outro flagrante, em foto recente, o
corintiano Rubens Rossini, mostrando orgulhoso, os troféus que ganhou como um
pedestrianista de primeiro nível. Em sua coleção muitas relíquias conquistadas
com muito esforço, luta e dedicação. Silenciosamente o Rubens Rossini faleceu
no penúltimo dia de outubro. E a cidade perdeu o seu mais ilustre corredor em
todos os tempos.
Como diria o ex-locutor esportivo Fiori
Giglioti, numa de suas frases mais célebres: “O Rubens Rossini `subiu´ e agora
foi correr lá no céu. Mas ficará por todo o sempre incrustado no carinho, no
coração, na ternura e na sinceridade do nosso cantinho da saudade”.
Fonte:
Jornal Comarca de Garça