sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Recordar é Viver: "Osmar Silvestre e Rivelino começam a carreira no Corinthians"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Osmar Silvestre foi um excepcional jogador do Garça, no final dos anos 60 e na década de 70. Osmar era um craque da bola, um meia atacante de muita habilidade, que cobrava  faltas com precisão. Só não fez sucesso num time grande do futebol brasileiro porque o destino assim não quis. Futebol ele tinha de sobra, jogava muito.  

Nascido na cidade de Avaí, Osmar iniciou sua carreira nas equipes de base do Corinthians. Pouca gente sabe, mas ele jogava no mesmo time do meia esquerda Roberto Rivelino, “O Reizinho do Parque” ou “A Patada Atômica”, tri-campeão no México, vestindo a camisa da Seleção Brasileira. Osmar foi campeão juvenil e dos aspirantes paulista  defendendo o Corinthians (foto). Até que veio para o Garça e não saiu mais. O Osmar não está mais entre nós, virou uma estrela no céu. Mas seu companheiro de equipe, Roberto Rivellino se tornou o maior ídolo da história do time mosqueteiro. 

O gostoso para nós que acompanhamos o futebol, é que o Rivellino, nas suas entrevistas, sempre lembra do Osmar Silvestre. Recentemente participando do programa esportivo “Os Donos da Bola”, na TV. Bandeirantes, perguntado da época dos aspirantes, respondeu: “o time do Corinthians era muito bom, não era só o Rivelino. O conjunto todo era ótimo, dava baile. Tinha jogador, que às vezes preferia jogar na preliminar, porque a torcida comparecia mais cedo no campo para ver o jogo dos aspirantes. No time jogavam Amaro, Edson Cegonha, Bazani, Ferreirinha, Lima, Sérgio Ichigo (me ensinou a fazer o drible elástico), Osmar (jogava demais), Manoelzinho, Plínio, goleiro Neco, Mendes, Batista, Jorge Correia. Era um time muito bom”.

Dias atrás foi lançada a biografia do Rivellino, num espetacular livro (foto) de autoria do jornalista Maurício Noriega. E nas páginas, uma menção ao Osmar, que reproduzimos a seguir: “Em 1964, o treinador do time de aspirantes do Corinthians era Paulo Amaral. Ele foi alertado pelo ídolo histórico corintiano Luizinho, o “Pequeno Polegar”, sobre o talento de um meia esquerda do juvenil. Na época a equipe de aspirantes era o segundo time dos clubes. Os campeonatos de aspirantes era muito valorizados. Rivellino foi protagonista em 1964 de uma rara alegria da torcida corintiana no período de vacas magras. Era comum que os jogos dos aspirantes do Corinthians tivessem casa cheia e que, ao apito final, boa parte dos torcedores fosse embora para não sofre como o time principal.

Embora não servisse como alívio para o jejum de títulos, que acumulava uma década, a conquista do Campeonato Paulista de Aspirantes de 1964 deu a torcida do Corinthians motivos para sonhar com dias melhores. A equipe que aliviou os corações alvinegros naquele ano era assim formada: Barbozinha: Ari Ercilio, Mendes, Batista e Jorge Correia; Édson Cegonha e Rivellino: Sérgio Echigo, Manoelzinho, Osmar Silvestre e Bazzani”.

E para matar saudades do torcedor garcense, uma das formações do Garça FC., do anos 70. Em pé, da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Pedroso, Lula e Fernando; agachados: Davi, Cláudio Belon, Itamar Belasalma, Osmar Silvestre e Helinho.