Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Osmar Silvestre foi um
excepcional jogador do Garça, no final dos anos 60 e na década de 70. Osmar era
um craque da bola, um meia atacante de muita habilidade, que cobrava faltas com
precisão. Só não fez sucesso num time grande do futebol brasileiro porque o
destino assim não quis. Futebol ele tinha de sobra, jogava muito.
Nascido na cidade de Avaí, Osmar iniciou sua
carreira nas equipes de base do Corinthians. Pouca gente sabe, mas ele jogava
no mesmo time do meia esquerda Roberto Rivelino, “O Reizinho do Parque” ou “A Patada Atômica”, tri-campeão no México, vestindo a camisa da Seleção
Brasileira. Osmar foi campeão juvenil e
dos aspirantes paulista defendendo o
Corinthians (foto). Até que veio para o Garça e não saiu mais. O Osmar não está
mais entre nós, virou uma estrela no céu. Mas seu companheiro de equipe,
Roberto Rivellino se tornou o maior ídolo da história do time mosqueteiro.
O gostoso
para nós que acompanhamos o futebol, é que o Rivellino, nas suas entrevistas,
sempre lembra do Osmar Silvestre. Recentemente participando do programa esportivo
“Os Donos da Bola”, na TV. Bandeirantes, perguntado da época dos aspirantes,
respondeu: “o time do Corinthians era muito bom, não era só o Rivelino. O
conjunto todo era ótimo, dava baile. Tinha jogador, que às vezes preferia jogar
na preliminar, porque a torcida comparecia mais cedo no campo para ver o jogo
dos aspirantes. No time jogavam Amaro, Edson Cegonha, Bazani, Ferreirinha,
Lima, Sérgio Ichigo (me ensinou a fazer o drible elástico), Osmar (jogava
demais), Manoelzinho, Plínio, goleiro Neco, Mendes, Batista, Jorge Correia. Era
um time muito bom”.
Dias atrás foi lançada a
biografia do Rivellino, num espetacular livro (foto) de autoria do jornalista
Maurício Noriega. E nas páginas, uma menção ao Osmar, que reproduzimos a
seguir: “Em 1964, o treinador do time de aspirantes do Corinthians era Paulo
Amaral. Ele foi alertado pelo ídolo histórico corintiano Luizinho, o “Pequeno Polegar”,
sobre o talento de um meia esquerda do juvenil. Na época a equipe de aspirantes
era o segundo time dos clubes. Os campeonatos de aspirantes era muito
valorizados. Rivellino foi protagonista em 1964 de uma rara alegria da torcida
corintiana no período de vacas magras. Era comum que os jogos dos aspirantes do
Corinthians tivessem casa cheia e que, ao apito final, boa parte dos torcedores
fosse embora para não sofre como o time principal.
Embora não servisse como
alívio para o jejum de títulos, que acumulava uma década, a conquista do
Campeonato Paulista de Aspirantes de 1964 deu a torcida do Corinthians motivos
para sonhar com dias melhores. A equipe que aliviou os corações alvinegros
naquele ano era assim formada: Barbozinha: Ari Ercilio, Mendes, Batista e Jorge
Correia; Édson Cegonha e Rivellino: Sérgio Echigo, Manoelzinho, Osmar Silvestre
e Bazzani”.
E para matar saudades do
torcedor garcense, uma das formações do Garça FC., do anos 70. Em pé, da
esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Pedroso, Lula e Fernando; agachados: Davi, Cláudio Belon, Itamar Belasalma, Osmar Silvestre e Helinho.