sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Recordar é Viver: "Dinos, 10 anos da conquista inédita do Municipal"

 


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

O primeiro título de campeão a gente nunca esquece. Ainda mais levando-se em conta que o título veio depois de `só´ trinta e um anos. Recordamos o glorioso time do DINOS, fundado no ano de 1982, e sua incrível saga para erguer o troféu de campeão do municipal de futebol suíço na temporada de 2013. O time comandado pela família Bonfim teve que ter muita resiliência para quebrar esta longa escrita e agora comemora os 10 anos da inédita conquista.

O campeonato de 2013 foi um dos mais difíceis e teve a participação de treze times: Os Pior, Vimec, Flamengo, Kosminho, Dinos, Independente, Tropical Flora, Centenário, Amigos, Lanchonete, Paulista, Dinossauros e Vagão. Em turno e returno as equipes se enfrentaram, até que surgiram os quatro semifinalistas: Os Pior x Dinos e Independente x Vimec. No “mata-mata” em dois jogos: Os Pior 3 x 1 Dinos e Os Pior 1 x 2 Dinos. Na decisão Dinos x Vimec, vitória do Dinos (3 x 2; 0 x 0).

RENOVAÇÃO EM 2013: A montagem do elenco teve algumas particularidades. No ano de 2012, o Dinos contou com jogadores mais experientes, porém, não conseguiu os resultados esperados. Acabou sendo eliminado nas quartas de finais pelo Juventude.

Em 2013 o técnico Nezinho Bonfim praticamente teve que começar do “zero”. Até mesmo Giba, o principal jogador, foi jogar no Os Pior.

O consagrado técnico foi chamando novos jogadores, chegaram até alguns desconhecidos, entre eles, o goleiro Rodrigo, Fabinho de Marília e o Mil de Lácio. Entre os reforços que chegaram, estava o Júlio “Bombeiro” que foi contratado como que por acaso. Durante um amistoso na AABB, perguntou para o colega Zé Becão, se poderia jogar no DINOS. A resposta foi sim, pois havia sido aprovado neste amistoso. O vitorioso elenco teve: Rodrigo e Claudinho (goleiros), Vardo Japonês, Valdir “Biro-Biro”, Romualdo, Almeida, Betinho Santos, Júlio “Bombeiro”, Celso `Zorro´, Dinei, Mil, Fabinho, Bacana, Tatão e Leandro Rech.



Botonista, Júlio Bombeiro não se esquece da conquista e até tem uma equipe da modalidade composta pelos campeões alvirrubros

Segundo o técnico Nezinho Bonfim, "A trajetória no campeonato foi longa e difícil. Só que o time tinha muita vontade, bem disciplinado e unido. Além de contar com uma fanática torcida."

Na semifinal, o Dinos enfrentou Os Pior. Perdeu o primeiro jogo por 3 a 1. No segundo, o Dinos ganhou de 2 a 1, e numa eletrizante prorrogação venceu por 2 x 0, garantindo a vaga na final contra o Vimec, até então tetracampeão. No primeiro jogo Dinos 3 x 2 Vimec, e na grande final, disputada no dia 29 de dezembro de 2013, deu empate em 0 a 0, e a quebra do jejum de mais de trinta anos.

DINOS jogou com Rodrigo; Almeida, Romualdo, Dinei e Betinho Santos; Celso e Júlio “Bombeiro” César; Bacana (Tatão) e Mil – Técnico: Nezinho Bonfim.

VIMEC foi de Li Romão; Itamar, Pita, Biscuí e Gilberto; Val (Juliano) e Papel; Celso e Digão (Téia) – Técnicos; Magaiver e Maravilha

A arbitragem foi do palmeirense Marcelo Semenssato e o corintiano Marcos Santos, o representante. Os destaques individuais: Lu Feijão (Os Pior), o goleiro menos vazado e Téia, do Vimec, o artilheiro. Vale destacar que anteriormente, o Dinos havia faturado a Copa Unirádio em 2009 e Taça Cidade de Garça/Copa Lions nos anos de 2005/2006. Na primeira edição, realizada no ano de 1991, o campeão também foi o Dinos. Só que participou com o nome de Café Delicioso, cujo beque central era o Nezinho Bonfim, que depois seria campeão como técnico.

O GOL SALVADOR: Praticamente foi um gol ensaiado, combinado nos vestiários. Assim foi o terceiro gol na vitoria sobre o Vimec (3 a 2). O placar apontava 2 a 2. Até que saiu uma falta, já no finalzinho do jogo. O cobrador oficial era o Dinei. Até que se aproxima o Julio “Bombeiro”, pede para cobrar e fala para o Dinei ir para a área, pois tinha estatura alta e complicaria os beques adversários. Resoluto, o Júlio “Bombeiro” levanta a bola na área, no “segundo pau”, na cabeça do artilheiro Tatão, que estufa as redes. O título começou a nascer ali.    


ALEGRIA DO TÉCNICO
: Um dos mais empolgados com o título foi o palmeirense Nezinho Bonfim, outra lenda do nosso futebol menor. Um técnico que encontrou muitas dificuldades para montar o time. Muitos saíram depois da sofrida eliminação do time no ano anterior. Não restou alternativa senão “contratar” renegados pelos adversários. Mas como destacou acima, todos se entregaram e vestiram pra valer a camisa do Dinos. E antes de colocar a mão no inédito e cobiçado troféu, disparou enfaticamente: “E o time dos “refugos” foi campeão!”. Uma frase que entrou para a história do futebol suíço garcense. 

Parabéns, Dinos!