sexta-feira, 6 de julho de 2012

Recordar é Viver: Corinthians no topo das Américas





Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla

Ainda continua repercutindo, e com certeza vai durar por muito tempo, a façanha  do Corinthians, que na noite da última quarta-feira (4), derrotou o Boca Juniors, pelo placar de 2 a 0, e conquistou pela primeira vez a Copa Libertadores, a melhor competição do continente.
Os corintianos eram motivo de gozação e piadas dos torcedores adversários, pela falta de uma  libertadores. Demorou, demorou, mas finalmente chegou. Depois de exatos 52 anos, a “fiel” soltou o  grito de campeão.  Era quase meia-noite, quando o  “juizão” apitou o final do jogo, e a cidade não foi dormir. Um número incontável de torcedores saiu em passeata pelas ruas da cidade, com destino ao lago artificial, onde a festa varou a madrugada. Comemoração assim só mesmo quando dos jogos da Seleção Brasileira em Copa do Mundo. Esta euforia em muito lembrou o título paulista de 1977, quando o Corinthians foi campeão paulista depois de 24 anos de jejum. Também foi numa noite e a cidade parou.  Na época a passeata foi no centro da cidade, até porque o lago ainda não existia. 
Provando que a torcida fiel corintiana é a maior e mais vibrante entre os garcenses, recordamos  a tarde do dia 7 de outubro de 1977, quando o então governador do Estado de São Paulo, Paulo Egídio Martins, visitou nossa  cidade e foi recepcionado pela  nação alvinegra garcense, tendo a frente o prefeito Francisco de Assis Bosque. O flagrante foi registrado na Praça Rui Barbosa, bem em frente  às Casas Pernambucas, tendo ao fundo a torre (relógio) da antiga Estação Rodoviária.
Voltando a Copa Libertadores, convenhamos foi um título  mais que merecido. Com uma campanha irrepreensível, sem  trabalhos de bastidores e até mesmo sem a ajuda do “apito amigo”. Por isto não deixou qualquer margens de dúvidas. Ainda mais por atropelas o tradicional time argentino do Boca Juniors, verdadeiro algoz dos brasileiros.  Os 2 a 0 não deixam qualquer dúvida. O timão esteve soberano durante todo o jogo, calando a  “boca” e a “boca” dos anti-corintianos. Agora ninguém me tira que no primeiro gol, o passe de calcanhar do Danilo para o Sheik, teve uma “participação divina” do ex-craque Sócrates. Como também no lance do segundo gol, um grupo de fieis torcedores, comandados pelo Laerte Rodela, Roquinho, Osmar Silvestre Rocha, Galdino, Ari Lima, João Aguiar, Bô, Antonio Conessa, Clésio Caravazo, Plínio Dias, Cláudio Alves e vários outros estavam  “voando" ali perto,  pressionaram o becão argentino, que passou de bandeja para o Sheik liquidar a fatura.
Agora a outra façanha do Corinthians foi ser campeão de forma  invicta,  depois de disputar 14 jogos, bem mais que os demais concorrentes.  
Mostramos a seguir os campeões invictos e respectivas campanha, desde a primeira edição da  Copa Libertadores em 1960. Naquele ano o campeão foi o  Peñarol: 7 jogos, três vitórias e quatro empates; 1963: Santos: 4 jogos, três vitórias e um empate (defensor de título); 1964: Independiente: 7 jogos, cinco vitórias e dois empates; 1969: Estudiantes: 4 jogos, quatro vitórias (defensor de título); 1970: Estudiantes: 4 jogos, três vitórias e um empate (defensor de título); 1978: Boca Juniors: 6 jogos, quatro vitórias e dois empates (defensor de título).
Na outra foto o capitão Alessandro erguendo o inédito troféu de campeão da Copa Libertadores. E a fiel alvinegra já está mandando o seguinte recado: que venha o Chelsea no final do ano no mundial de clubes da FIFA. 

Fonte: Jornal Comarca de Garça
Coluna 'Recordar é Viver'