Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla
Ainda continua repercutindo, e com certeza vai durar por
muito tempo, a façanha do Corinthians,
que na noite da última quarta-feira (4), derrotou o Boca Juniors, pelo placar de 2
a 0, e conquistou pela primeira vez a Copa Libertadores, a melhor competição do
continente.
Os
corintianos eram motivo de gozação e piadas dos torcedores adversários, pela
falta de uma libertadores. Demorou,
demorou, mas finalmente chegou. Depois de exatos 52 anos, a “fiel” soltou
o grito de campeão. Era quase meia-noite, quando o “juizão” apitou o final do jogo, e a cidade
não foi dormir. Um número incontável de torcedores saiu em passeata pelas ruas
da cidade, com destino ao lago artificial, onde a festa varou a madrugada.
Comemoração assim só mesmo quando dos jogos da Seleção Brasileira em Copa do
Mundo. Esta euforia em muito lembrou o título paulista de 1977, quando o Corinthians
foi campeão paulista depois de 24 anos de jejum. Também foi numa noite e a
cidade parou. Na época a passeata foi no
centro da cidade, até porque o lago ainda não existia.
Provando que a torcida fiel corintiana é a maior e mais vibrante entre
os garcenses, recordamos a tarde do dia
7 de outubro de 1977, quando o então governador do Estado de São Paulo, Paulo
Egídio Martins, visitou nossa cidade e
foi recepcionado pela nação alvinegra
garcense, tendo a frente o prefeito Francisco de Assis Bosque. O flagrante foi
registrado na Praça Rui Barbosa, bem em frente às Casas Pernambucas, tendo ao fundo a torre (relógio) da antiga Estação
Rodoviária.
Voltando a Copa Libertadores, convenhamos foi um título mais que merecido. Com uma campanha
irrepreensível, sem trabalhos de
bastidores e até mesmo sem a ajuda do “apito amigo”. Por isto não deixou
qualquer margens de dúvidas. Ainda mais por atropelas o tradicional time
argentino do Boca Juniors, verdadeiro algoz dos brasileiros. Os 2 a 0 não deixam qualquer dúvida. O timão
esteve soberano durante todo o jogo, calando a “boca” e a “boca” dos anti-corintianos. Agora
ninguém me tira que no primeiro gol, o passe de calcanhar do Danilo para o Sheik,
teve uma “participação divina” do ex-craque Sócrates. Como também no lance do segundo
gol, um grupo de fieis torcedores, comandados pelo Laerte Rodela, Roquinho, Osmar
Silvestre Rocha, Galdino, Ari Lima, João Aguiar, Bô, Antonio Conessa, Clésio
Caravazo, Plínio Dias, Cláudio Alves e vários outros estavam “voando" ali perto, pressionaram o becão argentino, que passou de
bandeja para o Sheik liquidar a fatura.
Agora a outra façanha do Corinthians foi ser campeão de forma invicta, depois de disputar 14 jogos, bem mais que os
demais concorrentes.
Mostramos a seguir os campeões invictos e respectivas campanha, desde a
primeira edição da Copa Libertadores em
1960. Naquele ano o campeão foi o Peñarol: 7 jogos, três vitórias e quatro empates;
1963: Santos: 4 jogos, três vitórias e um empate (defensor de título); 1964:
Independiente: 7 jogos, cinco vitórias e dois empates; 1969: Estudiantes: 4
jogos, quatro vitórias (defensor de título); 1970: Estudiantes: 4 jogos, três
vitórias e um empate (defensor de título); 1978: Boca Juniors: 6 jogos, quatro
vitórias e dois empates (defensor de título).
Na outra foto o capitão
Alessandro erguendo o inédito troféu de campeão da Copa Libertadores. E a fiel
alvinegra já está mandando o seguinte recado: que venha o Chelsea no final do
ano no mundial de clubes da FIFA.
Fonte: Jornal Comarca de Garça
Coluna 'Recordar é Viver'