quinta-feira, 11 de outubro de 2012

'Recordar é Viver': a inauguração do 'Manoel G. Chagas'




Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla


Hoje a coluna recorda um pouco da história do futebol suíço, em especial sobre o Conjunto Poli-Esportivo “Manoel Gouveia Chagas”, inaugurado no dia 04 de Maio de 1996. A partir de então, o futebol suíço mudou completamente, da “água para o vinho”, pois  o  novo  recinto conta com uma estrutura invejável: cinco campos gramados, vestiários para os jogadores, numa área privilegiada e completamente arborizada.
No flagrante vemos a foto histórica da inauguração do conjunto, que homenageou o palmeirense Manoel  Gouveia Chagas, cidadão  que por muitos anos colaborou com o esporte  garcense. “Seo” Manoel teve sua vida laborativa no ramo de relojoaria, com seu estabelecimento por muito tempo na Torre da Estação Rodoviária. No flagrante vemos, da direita para esquerda: o vereador Cornélio Marcondes de Moura (braços cruzados), o corintiano Luiz Carlos de Oliveira Quine, Álvaro Gélamo Chagas (filho do homenageado), prefeito José Alcides Faneco e Luiz Roberto Lopes de Souza. Anteriormente, o futebol suíço era disputado nos campos de terra, que ficavam atrás do Hospital Salão Lucas, contando com grandes times:  Kussumoto “A” e “B”, Alfa, Eletrônica, Salão Carter, Kosminho, Independente,  Padaria Big-Pão, Motoristas,  Fitotécnica, Casa de Carnes 445, Selaria São Geraldo, Salão Líder, Flamengo, João Paulo II  e tantos outros marcaram época. Um tempo difícil, com “poeira” voando pra tudo quanto é lado, e partidas acontecendo nos campos dos Escoteiros, Eletrônica, Kosminho, Kussumoto.
Mas foi ali, que durante anos o futebol suíço se manteve firme e atraindo cada vez adeptos. Voltando no tempo um pouquinho mais, as primeiras competições da modalidade foram no Campo do Bosque Municipal, de uso dos servidores públicos municipais. Com  a modalidade em ascensão, e o surgimento do Kosminho,  o campo de “pelada” do Garça Tênis Clube também passou a abrigar jogos e torneios extra-oficiais.
Com um crescente número de times surgindo, outros campos foram sendo construídos: o Independente fez seu campo na Vila Manolo (atual José Ribeiro), que até hoje se encontra lá, no início da Rua Getúlio Vargas, próximo ao destacamento da Policia Militar. Cansei de apitar jogos ali, o famoso  “caldeirão” do Independente, comandando pelo Toninho Peres e Jair de Marqui.  Com origens no Garça Tênis Clube, dificilmente perdia um jogo ali. Outros dois campos foram construídos pela prefeitura no Jardim Centenário, hoje superados pelas moradias. E também o campo da Padaria Estrela, dos Irmãos Aguiar, situado no Distrito Industrial, saída para Marília, proximidades da Indústria de Macarrão Paulista.
E num futuro não muito distante, toda a modalidade será reunida no  Recinto Jaime Nogueira Miranda, próximo ao trevo de acesso para Bauru. Recordamos o time do Kussumoto “A” da temporada de 1981. Em pé da esquerda para direita: Goiano, Ronier, Laércio, Zé Bituca, Zequinha, Tim e Faneco; Agachados: Ridê, Valdir, Rôla, Zé Bicha e Manflin. Apesar de possuir um forte time o Kussumoto “A” nunca faturou um título. Depois que mudou de nome, foi bi-campeão: SESI em 1989 e Auto Posto Majestic em 90. Uma das referências era o zagueiro José Alcides Faneco. Se dentro das quatro linhas  o Faneco não foi um recordista, fora vem quebrando recordes, politicamente falando. Faneco acaba de ser eleito prefeito de Garça, repetindo os feitos de 1992, 2000 e 2004, já sendo o prefeito com maior número de anos a frente do Executivo Municipal. Como um grande esportista e “plena visão de jogo”, com certeza o esporte viverá uma nova fase em nossa cidade.

Fonte: Jornal Comarca de Garça