Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Depois de um bom tempo com
as atividades paralisadas, o Garça retornou com tudo no futebol profissional no
ano de 1.984, ingressando na então 3ª Divisão. Um time que chegou pra ficar e
“brigar” por títulos. Muitos jogadores foram contratados. Uns ficaram só nesta
temporada. Outros permaneceram por bem mais tempo. Um deles foi o Arlindo
Mazzi, o famoso “Pilão”, um zagueiro de muita raça, com um futebol voluntarioso
e que deixou seu nome registrado na história do “Azulão”.
Pilão foi contratado junto à Paraguaçuense e chegou no anonimato. Mas devagarzinho ganhou a posição de
titular, ora como beque central, ora na lateral direita.. E caiu nos braços da
torcida, graças ao bom futebol e uma raça incomum, aliado a um ótimo preparo
físico (foto). Com ele não tinha bola ou lance perdido. Seu amor pela camisa do
Garça era evidente, tanto é verdade que na maioria dos jogos foi o capitão do
time.
Pilão defendeu o Garça até a
temporada de 1.989 e foi peça importante no vice-campeonato da 3ª Divisão no
ano de 1.984. Com isto, o Garça conseguiu o acesso a divisão superior. Vale
lembrar que o campeão foi o Capivariano, que ganhou o título nos pênaltis,
depois de empatar com o Garça, pelo placar de 1 a 1. A disputa do título, foi no
Estádio “Zezinho Magalhães”, na cidade de Jaú (SP). No período que defendeu o
Garça, Pilão tem boas lembranças, reconhece que foi um time que marcou sua
carreira. Dos dirigentes que trabalhou no futebol, destaca o Laudesmir “Galo”
Marangão e Antonio “Biga” Marangão, que qualifica como grandes esportistas, e
fundamentais para o sucesso do Garça.
Pilão defendeu muitos clubes
profissionais, dentre os quais estão o Beira Rio (Presidente Epitácio),
Paraguaçuense, Tupã, Chapecoense, Botafogo de Xanxerê (SC), Juventude (SC),
Operário de Tubarão (SC), Corumbaense (SM), 21 de Abril de Fátima do Sul (MG),
São Paulo de Anastácio (SP), América Mineiro, União da Vitória do Paraná, e
finalmente a Paraguaçuense, no ano de 1.994, quando encerrou a carreira.
Depois seguiu a carreira de
treinador, comandando o Paranavaí (PR), VOCEM de Assis, Paraguaçuense,
Ranchariense (SP), Naviraiense (MS), e também foi auxiliar de renomados
técnicos: Vagner Benazi, Orlando Bianchini, Zé Teodoro, Norberto Lopes, Brida,
Edson Só e o saudoso Celso Azevedo. Atualmente Pilão trabalha
como inspetor de alunos na cidade de Paraguaçu Paulista. Mas continua ligado ao futebol. A convite do
ex-centroavante Serginho Chulapa, é “olheiro” do Santos, indicando garotos de
14 a 17 anos, para o time praiano.
Agora voltando ao Garça,
veja uma das formações do ano de 1.984. Em pé da esquerda para direita: Laudesmir
“Galo” Marangão (dirigente), Dinho Parreira, Paraná, Machado, Pilão, Airton Rocha,
Antonio “Biga” Marangão (presidente) e Jair Montemor (dirigente); Agachados:
Reginaldo “Linguiça”, João Luiz, Gaúcho, Betinho e Albino. Na semana passada Pilão
esteve visitando o Centro de Treinamento do Santos, onde encontrou o preparador
físico Celso Rezende, com quem trabalhou no Garça. Na foto, Celsinho, Pilão e
Dorival Júnior, o atual técnico do alvinegro praiano.