sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Recordar é Viver: "Pilão, um futebol de muita raça"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Depois de um bom tempo com as atividades paralisadas, o Garça retornou com tudo no futebol profissional no ano de 1.984, ingressando na então 3ª Divisão. Um time que chegou pra ficar e “brigar” por títulos. Muitos jogadores foram contratados. Uns ficaram só nesta temporada. Outros permaneceram por bem mais tempo. Um deles foi o Arlindo Mazzi, o famoso “Pilão”, um zagueiro de muita raça, com um futebol voluntarioso e que deixou seu nome registrado na história do “Azulão”.

Pilão foi contratado junto à Paraguaçuense e chegou no anonimato. Mas devagarzinho ganhou a posição de titular, ora como beque central, ora na lateral direita.. E caiu nos braços da torcida, graças ao bom futebol e uma raça incomum, aliado a um ótimo preparo físico (foto). Com ele não tinha bola ou lance perdido. Seu amor pela camisa do Garça era evidente, tanto é verdade que na maioria dos jogos foi o capitão do time.

Pilão defendeu o Garça até a temporada de 1.989 e foi peça importante no vice-campeonato da 3ª Divisão no ano de 1.984. Com isto, o Garça conseguiu o acesso a divisão superior. Vale lembrar que o campeão foi o Capivariano, que ganhou o título nos pênaltis, depois de empatar com o Garça, pelo placar de 1 a 1. A disputa do título, foi no Estádio “Zezinho Magalhães”, na cidade de Jaú (SP). No período que defendeu o Garça, Pilão tem boas lembranças, reconhece que foi um time que marcou sua carreira. Dos dirigentes que trabalhou no futebol, destaca o Laudesmir “Galo” Marangão e Antonio “Biga” Marangão, que qualifica como grandes esportistas, e fundamentais para o sucesso do Garça.

Pilão defendeu muitos clubes profissionais, dentre os quais estão o Beira Rio (Presidente Epitácio), Paraguaçuense, Tupã, Chapecoense, Botafogo de Xanxerê (SC), Juventude (SC), Operário de Tubarão (SC), Corumbaense (SM), 21 de Abril de Fátima do Sul (MG), São Paulo de Anastácio (SP), América Mineiro, União da Vitória do Paraná, e finalmente a Paraguaçuense, no ano de 1.994, quando encerrou a carreira.

Depois seguiu a carreira de treinador, comandando o Paranavaí (PR), VOCEM de Assis, Paraguaçuense, Ranchariense (SP), Naviraiense (MS), e também foi auxiliar de renomados técnicos: Vagner Benazi, Orlando Bianchini, Zé Teodoro, Norberto Lopes, Brida, Edson Só e o saudoso Celso Azevedo. Atualmente Pilão trabalha como inspetor de alunos na cidade de Paraguaçu Paulista.  Mas continua ligado ao futebol. A convite do ex-centroavante Serginho Chulapa, é “olheiro” do Santos, indicando garotos de 14 a 17 anos, para o time praiano.

Agora voltando ao Garça, veja uma das formações do ano de 1.984. Em pé da esquerda para direita: Laudesmir “Galo” Marangão (dirigente), Dinho Parreira, Paraná, Machado, Pilão, Airton Rocha, Antonio “Biga” Marangão (presidente) e Jair Montemor (dirigente); Agachados: Reginaldo “Linguiça”, João Luiz, Gaúcho, Betinho e Albino. Na semana passada Pilão esteve visitando o Centro de Treinamento do Santos, onde encontrou o preparador físico Celso Rezende, com quem trabalhou no Garça. Na foto, Celsinho, Pilão e Dorival Júnior, o atual técnico do alvinegro praiano.