sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Recordar é Viver: "Qual o melhor time da história do GFC?"

 


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Foi só o Garça FC Eternos realizar o amistoso festivo no último dia 9 de setembro, no Campo do “Toyotão”, para surgir rumores da volta do futebol profissional. Pelos menos é o que a galera que gosta de futebol, vem nos perguntando, seja através das redes sociais, nos encontros pelas ruas da cidade ou beirando os campos do futebol suíço.

Até mesmos os ex-jogadores que vieram para o encontro não se conformam pela ausência do futebol profissional, principalmente pelo fato da estrutura existente na cidade: campos, alojamentos, etc. E também o fato de Garça ficar numa região central privilegiada, entre Bauru, Marilia, Lins, Assis, Novo Horizonte, Jaú e outras, que disputam campeonatos na Federação Paulista de Futebol. A interação entre elas somente fortaleceria o futebol, em especial, na revelação de jogadores.

Apesar de nossa torcida para o retorno do Garça FC., o assunto é complicado, e não é de hoje. Com o Estádio do “Platzeck” interditado, fica ainda bem mais difícil. A liberação envolve fatores burocráticos e um bom custo financeiro. Como sempre falo, somente um golpe de sorte, surgir numa cartola um bom investidor ou um grupo de investidores para o Garça retornar aos gramados. Uma coisa temos que admitir: “A cada dia que passa fica mais difícil tocar futebol em cidades de pequeno porte do interior paulista, como é o caso de Garça."

Outra pergunta que sempre nos fazem: qual o melhor time do Garça em todos os tempos? Outro assunto difícil de responder.

Primeiro vamos recordar um pouco da história do futebol profissional em Garça. Tudo começou nos idos de 1932, quando da montagem do primeiro time. Ao longo dos anos recebeu as seguintes denominações: Garça Futebol Clube e Garça Esporte Clube. No ano de 1.942 existia o Clube Atlético Brasil, que se juntou ao Garça EC. Posteriormente, no ano de 1.952, foi a vez da Associação Atlética Bandeirantes se unir ao Garça FC. Em 15 de fevereiro de 1.965 foi refundado o Garça Futebol Clube, procurando resgatar as suas origens, nas cores azul e branco, o temido “Azulão” da Alta Paulista. Os símbolos:  GEC e GFC dentro de um losango. Na década de 90 mudou para uma garcinha/ave voando. Depois de algumas paralisações, o time voltou no ano de 1984, permanecendo em atividade até o ano de 2004, exceto em 1990/91/92.

Ao longo de todos estes anos muitos bons times foram montados. Apontar o melhor fica difícil. Até porque foram épocas distintas, um futebol jogador de forma diferente, com muitas mudanças na parte técnica e física dos jogadores.

Em conversas com torcedores do passado e também do presente, as opiniões são bem distintas. Mas numa análise geral e pelas campanhas que eles desempenharam, eu escolho estes dois times: o Garça EC dos anos 50 e o Garça FC do começo dos anos 70. O primeiro muito bom tecnicamente, tinha um elenco homogêneo. No Campo de Vila Williams recebeu em jogo amistoso o Palmeiras, São Paulo e Santos e fez bonito diante dos grandes times da Capital.

O outro era mais pragmático, objetivo e determinado em vencer. Por pouco não sobe para a divisão de elite do futebol paulista. Disputou a fase final no Parque Antártica, em São Paulo, título que foi para o Marilia (MAC).

Veja nos flagrantes: Garça, anos 50. Em pé, da esquerda para direita: João Etzel (dirigente), Máximo, Martin Carvalho, Doleite, Luizinho, Moura e Altamiro Gomes; agachados: Ferrari, Nelsinho, Paraguaio, Carlito e Liquinho.

Garça, ano de 1971. Em pé da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Lula, Bô e Abegar; agachados: Davi, Cláudio Belon, Osmar Silvestre, Itamar Belasalma e Helinho. Logicamente, você amigo leitor, por ter vivenciado uma outra época, pode ter preferência por outro time. Mas na relação dos grandes esquadrões, temos que incluir também: o Garça, campeão da 2ª Divisão, no ano de 1969, quando revelou para o mundo, o goleiro Waldir Peres. O Garça de 1972, vice campeão da então 2ª Divisão, quando não teve acesso, com o São José dos Campos terminando como campeão. O Garça de 1984 (vice campeão da A-3, que  perdeu para o Capivariano, na decisão em Jaú). Ou quem sabe, o time de 2000, também vice campeão, na incrível derrota para o Nacional, da Capital, em pleno “Platzeck”.