sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Recordar é Viver: `A Macaca campineira é a bola da vez"





Por Wanderley `Tico´ Cassolla

A gloriosa Ponte Preta vem sendo a bola da vez no futebol, atravessando uma fase no mínimo curiosa, está entre a cruz e a espada. De um lado no campeonato brasileirão da série “a” cumpriu péssima campanha e  ocupa a penúltima colocação, inclusive já está rebaixada para a serie “b”. Por outro lado na Copa Sul-Americana cumpre excelente campanha e vai decidir o titulo da competição na próxima quarta-feira diante do argentino Lanús. No primeiro jogo, no Pacaembú, deu empate em 1 a 1.  Na final quem vencer levanta o caneco, se der empate, a decisão vai para a cobrança de penalidades máximas. E convenhamos, não tem quem não esteja torcendo pelo primeiro título internacional da macaca campineira.
Cá entre nós não é diferente, até porque o time campineiro goza de muito prestigio entre os garcenses. Até porque foi para lá que o nosso goleiro Waldir Peres, depois que saiu do Garça,  conseguiu projeção no cenário futebolístico, no início de 1970. Na macaca se tornou profissional e começou a chamar a atenção no cenário nacional. Com belas defesas e uma atuação forte em campo, que incluía orientar e “dar bronca’ nos companheiros quando necessário, Valdir foi se destacando cada vez mais na Ponte, onde jogou de 1970 a 1972. Convocado para a Seleção, acabou sendo negociado com o São Paulo e acabou deixando a Ponte para vestir a camisa do tricolor em 611 oportunidades entre 1973 e 1983. Encerrou a carreira no clube que o apresentou para o mundo, como um dos principais goleiros da história do futebol brasileiro e mundial, a Ponte Preta, em 1990. Recordamos a passagem do “guapo” na Ponte Preta. Em pé da esquerda para direita: Waldir Peres, Galli, Araújo, Chicão, Marinho e Geraldo; agachados: Paulinho, Pedro Paulo, Adilton, Serginho e Tuta. Na outra foto, em recente encontro em são Paulo, veja como está o Waldir Peres ao lado do Bidiu (dir) e Celso Ramos. Eles foram companheiros na várzea garcense na década de 60.

PONTE PRETA: O ano era 1900 e, na cidade de Campinas, um grupo de alunos do Colégio Culto à Ciência passava suas tardes jogando bola em campos improvisados de um bairro de nome curioso: Ponte Preta . A vizinhança fora batizada em virtude de uma ponte de madeira feita pela ferrovia e que, para ser melhor conservada, havia sido tratada com piche. Os jovens alunos que naquele dia 11 de agosto resolveram fundar um clube não tiveram dúvidas ao nomeá-lo com o mesmo nome do bairro. A escolha do dia não foi aleatória: teve como objetivo homenagear a inauguração da ferrovia em Campinas, datada de 11 de agosto de  1872. Ali surgia a Associação Atlética Ponte Preta, o primeiro clube do Brasil em funcionamento ininterrupto e dono da maior torcida do interior do País. Os fundadores e patronos da AAPP foram : Capitão João Vieira da Silva , Theodor Kutter, Hermenegildo Wadt e Nicolau Burghi. Ao longo do tempo, a Ponte Preta fortaleceu o futebol regional e tornou-se um dos grandes clubes brasileiros, gozando do reconhecimento internacional pela formação de atletas que marcaram época.
Fonte: Jornal Comarca de Garça