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Por Wanderley `Tico´ Cassolla
A gloriosa Ponte Preta vem
sendo a bola da vez no futebol, atravessando uma fase no mínimo curiosa, está
entre a cruz e a espada. De um lado no campeonato brasileirão da série “a”
cumpriu péssima campanha e ocupa a
penúltima colocação, inclusive já está rebaixada para a serie “b”. Por outro
lado na Copa Sul-Americana cumpre excelente campanha e vai decidir o titulo da competição
na próxima quarta-feira diante do argentino Lanús. No primeiro jogo, no
Pacaembú, deu empate em 1 a 1. Na final
quem vencer levanta o caneco, se der empate, a decisão vai para a cobrança de
penalidades máximas. E convenhamos, não tem quem não esteja torcendo pelo
primeiro título internacional da macaca campineira.
Cá entre nós não é
diferente, até porque o time campineiro goza de muito prestigio entre os
garcenses. Até porque foi para lá que o nosso goleiro Waldir Peres, depois que
saiu do Garça, conseguiu projeção no
cenário futebolístico, no início de 1970. Na macaca se tornou profissional e
começou a chamar a atenção no cenário nacional. Com belas defesas e uma atuação forte em campo, que incluía
orientar e “dar bronca’ nos companheiros quando necessário, Valdir foi se
destacando cada vez mais na Ponte, onde jogou de 1970 a 1972. Convocado para a
Seleção, acabou sendo negociado com o São Paulo e acabou deixando a Ponte para
vestir a camisa do tricolor em 611 oportunidades entre 1973 e 1983. Encerrou a carreira
no clube que o apresentou para o mundo, como um dos principais goleiros da
história do futebol brasileiro e mundial, a Ponte Preta, em 1990. Recordamos
a passagem do “guapo” na Ponte Preta. Em pé da esquerda para direita: Waldir Peres, Galli,
Araújo, Chicão, Marinho e Geraldo; agachados: Paulinho, Pedro Paulo, Adilton,
Serginho e Tuta. Na outra foto, em recente encontro em são Paulo, veja como
está o Waldir Peres ao lado do Bidiu (dir) e Celso Ramos. Eles foram companheiros
na várzea garcense na década de 60.
PONTE PRETA: O ano era 1900 e, na cidade de Campinas,
um grupo de alunos do Colégio Culto à Ciência passava suas tardes jogando bola
em campos improvisados de um bairro de nome curioso: Ponte Preta . A vizinhança
fora batizada em virtude de uma ponte de madeira feita pela ferrovia e que,
para ser melhor conservada, havia sido tratada com piche. Os jovens alunos que
naquele dia 11 de agosto resolveram fundar um clube não tiveram dúvidas ao
nomeá-lo com o mesmo nome do bairro. A escolha do dia não foi aleatória: teve
como objetivo homenagear a inauguração da ferrovia em Campinas, datada de 11 de
agosto de 1872. Ali surgia a Associação
Atlética Ponte Preta, o primeiro clube do Brasil em funcionamento ininterrupto
e dono da maior torcida do interior do País. Os fundadores e patronos da AAPP
foram : Capitão João Vieira da Silva , Theodor Kutter, Hermenegildo Wadt e
Nicolau Burghi. Ao longo do tempo, a Ponte Preta fortaleceu o futebol regional
e tornou-se um dos grandes clubes brasileiros, gozando do reconhecimento
internacional pela formação de atletas que marcaram época.
Fonte: Jornal Comarca de Garça