sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Recordar é Viver: "Jafa, a paixão pelo futebol"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Se falarmos de Orlando dos Santos, poucas pessoas saberiam quem era. Mas se falarmos de “Jafa”, não tem quem não o conhecia nos meios esportivos de nossa cidade.

Pois bem o Jafa faleceu na última quinta-feira, e deixou o esporte garcense mais entristecido. Era querido e respeitado por todas as equipes, jogadores e dirigentes. Uma pessoa simples, mas que viveu intensamente o futebol. Era presença assídua aos domingos e ultimamente acompanhava mais o suíço.

Nas vezes que conversávamos, o Jafa sempre me dizia: “Domingo pra mim sem futebol não tem graça. Não consigo ficar um domingo sequer sem `beirar´ um campo. E isto não é de hoje não. Desde a época que joguei no varzeano, na década de 60/70. Depois fui para o suíço, nos campos de terra, atrás do Hospital São Lucas. Ali sim era aconteceram grandes campeonatos, todos organizados pelo Galdino de Almeida Barros. Acompanhei tudo. Cansei de riscar campo e tirar as redes. Fui jogador, dirigente, massagista, roupeiro, fiz de tudo. Depois chegou a vez dos campos gramados, no Conjunto Poliesportivo “Manoel Gouveia Chagas”, em local bem mais confortável. Eu tô aí, vivenciando tudo o que se passa”.

O Jafa foi sem sombra de dúvidas um dos mais atuantes e participativos jogadores de Garça. Voltando no tempo, sua grande fase como atleta foi no começo dos anos 60, quando despontou como zagueiro. Foi campeão amador pelo ótimo time do Pecuária-Cruzeiro, no ano de 1.961, clube que era comandado pelo presidente João Bento. Veja os atletas posando com as faixas de campeão. Em pé da esquerda para direita: Chiclete, Regis Lecci, Coutinho, Jafa, Orlando Antunes, Antonio Macelloni, Zé Carlos e João Bento (presidente); agachados: Tcheca Garcia, João Trinca, Valter Barreto, Nado e Luizinho.

Outro bom time que o Jafa defendeu foi o Operário Futebol Clube, comandado pelo João Cosme Folguieri, o “Manolinho”. O Jafa é o quinto em pé, da esquerda para direita. O Operário deu origem ao Serenata, um dos melhores times da história do futebol amador garcense. Segundo o palmeirense Marcão Morais, em seu abalizado blog. “O Jafa também participou no futebol rural. Muito ligado ao Betão Aguiar, acompanhou o Flamengo por muitos anos. 

Ultimamente continuava acompanhando o amigo Betão Aguiar no suíço, e como residia no Morada do Sol, também não perdia uma partida do Aliança, agremiação representante daquele bairro e do Sol Nascente. Participou ativamente do Kussomoto “A” e Kussumoto “B”, Sesi e do Posto Majestic. Ao lado do irmão José dos Santos, formou uma respeitada dupla nesta modalidade. Era pai do Cesinha, goleiro que joga pelo SEC, mas que já atuou em várias equipes do suíço, como Kosminho e Vimec e também do Marquinhos, zagueiro do Corinthians master e comandante da Lanchonete, time que também tinha o outro filho, o Magno, na comissão técnica”.