Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Se falarmos de Orlando dos
Santos, poucas pessoas saberiam quem era. Mas se falarmos de “Jafa”, não tem
quem não o conhecia nos meios esportivos de nossa cidade.
Pois bem o Jafa faleceu na última
quinta-feira, e deixou o esporte garcense mais entristecido. Era querido e
respeitado por todas as equipes, jogadores e dirigentes. Uma pessoa simples,
mas que viveu intensamente o futebol. Era presença assídua aos domingos e ultimamente
acompanhava mais o suíço.
Nas vezes que conversávamos, o Jafa sempre me
dizia: “Domingo pra mim sem futebol não tem graça. Não consigo ficar um domingo
sequer sem `beirar´ um campo. E isto não é de hoje não. Desde a época que joguei
no varzeano, na década de 60/70. Depois fui para o suíço, nos campos de terra,
atrás do Hospital São Lucas. Ali sim era aconteceram grandes campeonatos, todos
organizados pelo Galdino de Almeida Barros. Acompanhei tudo. Cansei de riscar
campo e tirar as redes. Fui jogador, dirigente, massagista, roupeiro, fiz de
tudo. Depois chegou a vez dos campos gramados, no Conjunto Poliesportivo
“Manoel Gouveia Chagas”, em local bem mais confortável. Eu tô aí, vivenciando
tudo o que se passa”.
O Jafa foi sem sombra de
dúvidas um dos mais atuantes e participativos jogadores de Garça. Voltando no tempo, sua grande fase
como atleta foi no começo dos anos 60, quando despontou como zagueiro. Foi campeão
amador pelo ótimo time do Pecuária-Cruzeiro, no ano de 1.961, clube que era comandado
pelo presidente João Bento. Veja os atletas posando com as faixas de campeão.
Em pé da esquerda para direita: Chiclete, Regis Lecci, Coutinho, Jafa, Orlando
Antunes, Antonio Macelloni, Zé Carlos e João Bento (presidente); agachados:
Tcheca Garcia, João Trinca, Valter Barreto, Nado e Luizinho.
Ultimamente continuava acompanhando o amigo Betão Aguiar no suíço, e como residia no Morada do Sol, também não perdia uma partida do Aliança, agremiação representante daquele bairro e do Sol Nascente. Participou ativamente do Kussomoto “A” e Kussumoto “B”, Sesi e do Posto Majestic. Ao lado do irmão José dos Santos, formou uma respeitada dupla nesta modalidade. Era pai do Cesinha, goleiro que joga pelo SEC, mas que já atuou em várias equipes do suíço, como Kosminho e Vimec e também do Marquinhos, zagueiro do Corinthians master e comandante da Lanchonete, time que também tinha o outro filho, o Magno, na comissão técnica”.