Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Novamente a coluna dá um
tempo para a bola e entra no pique do carnaval. Muito embora carnaval que é bom,
nada este ano para os garcenses. É o que
sempre comentamos, carnaval só mesmo nas grandes cidades, nos grandes centros.
Tal como o futebol profissional em cidades pequenas, o carnaval já faz parte do
passado.
E pensar que outrora os
principais clube de Garça, com destaque para o Grêmio Teatral e o Tênis Clube,
ficavam superlotados nas cinco noitee de folia. Sem falar no Clube do Garça, e
também no famoso “Panelão”, onde aconteciam os bailes populares. Há!!! tinha
também o carnaval de rua, com as escolas de samba desfilando perante um grande
público pela rua Carlos Ferrari.
Hoje a maior festa
brasileira está perdendo o seu brilho e glamour nas cidades interioranas.
Raríssimas ainda vem mantendo a tradição. Na região somente em Gália teremos
carnaval. Em Garça o Clube da Terceira Idade ainda se arrisca com o “Forróval”. Quem brincou, brincou, quem
pulou, pulou, que não pulou, não pula mais. Para os mais saudosistas, que caíam numa folia, e vivenciaram os saudosos carnavais do passado, estas marchinhas
jamais serão esquecidas: “Mamãe eu quero, Cabeleira do Zezé, Saca-Rolha, Turma
do Funil, Transplante de Corinthiano, Marcha da Cueca, Me dá um dinheiro aí,
Allah-la-o, as românticas Máscara Negra e Cidade Maravilhosa e tantas outras”. Marchinhas
que marcaram os carnavais de norte a sul do Brasil. Para quem ainda aprecia a
folia, só resta acompanhar pela TV. o carnaval de São Paulo e do Rio de
Janeiro, além da Bahia e do Nordeste.
O folião Zé Luiz: Além de um ótimo ponta direita, ele foi um
grande folião. Estamos falando do José Luiz dos Santos, mais conhecido por
“Português”. Não perdia uma noite sequer
e ainda tinha folego para ir na passarela do samba, ou melhor, na rua Carlos
Ferrari, desfilar pelo Grêmio Teatral Leopoldo Fróes. Veja nos flagrantes: na
escola de samba do Grêmio, no carnaval de 1.978. No outro, ao lado do amigo e palmeirense
Zé Fernandes, vestindo de palhaço, a alegria do circo e do carnaval. No último,
como mestre salas, ao lado da porta bandeira Rita Guedes. Segundo o Zé Luiz,
uma época que marcou sua juventude, que jamais será esquecida.
Em se falando de futebol, o
Zé Luiz “Português” foi bicampeão amador pelo Induscômio, nas temporadas de 1972/73.
Segundo seu treinador, o professor Ednalvo Cardoso de Andrade, ele foi um dos
melhores ponta direita com quem trabalhou. Era muito bom tecnicamente, além que
do que, sabia como ninguém cruzar a bola na área para os companheiros
finalizar. Tinha tudo para se tornar um
profissional, pois futebol ele tinha de sobra.