segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Master garcense: debates, discussões, bate-boca e poucas definições sobre a temporada/23

 

Eduardo Davi (E) levantou a questão sobre a criação do supermaster

Conforme era esperado, a reunião técnica do master, realizada nesta segunda-feira (19) na Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer, anexa ao ginásio João Gonzáles, foi bastante concorrida. Só faltou mesmo a definição sobre a temporada/23, pois bate-boca, discussões e debates ocorreram a todo instantes. 

Primeiro, é bom ressaltar, que a reunião ocorreu com times pensando de forma totalmente oposta. Alguns se mantiveram neutros, outros foram enfáticos nos argumentos e teve ainda aqueles que quiseram impor a sua vontade na marra, não se importando se o campeonato ficaria forte ou fraco. 

Logo no início, o representante do Corinthians, Eduardo Davi, dirigindo-se ao secretário de Esportes, Júlio C. Martins, que conduziu o encontro, levantou uma questão que mexeu com praticamente todos os dirigentes presentes: "Por que não formar o suíço até os 39 anos, o master dos 40 aos 49 e o supermaster, com atletas com mais de 50 anos?"

O representante do Dinos logo pediu a palavra e tascou: "O suíço não está em discussão, pois já teve a sua reunião e sua definição. Não se pode discutir absolutamente nada do suíço em reunião do master", o que foi acompanhado por outros dirigentes.

Foi aí que tudo começou a girar sobre o master e o supermaster. Algumas discussões interessantes, outras nem tanto, sem citar algumas intervenções totalmente fora do contexto. Como o assunto foi ganhando corpo, a faixa etária passou a ser o centro das atenções. Um grupo, bastante unido, diga-se de passagem, não abriu mão, em hipótese alguma, do master passar a ter idade mínima de 50 anos. Além do próprio Corinthians, Palmeiras, Óp. Visão, Ciborg e JPE, fecharam um consenso sobre o assunto. 


Mirtão deu uma boa sugestão sobre faixa etária, porém, ficou sozinho quando o assunto girou em torno de jogadores de fora

Mas como numa discussão, uma das partes tem que ceder, por que incrível que pareça, Milton Felix, o Mirtão, representando o Frei Aurélio, apresentou uma boa sugestão: "Nem 45, nem 50, começa então em 48 anos". 

Mas aí outro questionamento foi levantado: e os atletas de 45, 46 e 47 anos que atuaram em 2.022? Houve aqueles que optaram, simplesmente, pela proibição da atuação dos mesmos. Mas outros, mais sensatos, citaram que poderia começar nos 48, porém, aqueles que atuaram em 2.022 poderia continuar jogando no master, pois não poderiam ser prejudicados. 

Retornando à célebre regra de um bom debate: alguém teria que ceder. E houve essa cessão. Por 7 x 5, foi aprovada a regra para o próximo campeonato master: a partir dos 48 anos, porém, com a permissão daqueles que atuaram em 2.022 com 45, 46 ou 47 anos, já que o Regulamento os liberava, podendo os mesmos continuar atuando normalmente na modalidade. Votaram a favor: Dinos, Os Pior, Frei Aurélio, Lanchonete, EG, Salec e Figueirinha. O JPE não votou, sob alegação que seu representante "Faria uma reunião de diretoria para se posicionar, oficialmente". O CAF, que foi contrário, deixou bem claro que optava pelo `Cinquentão´, porém, se fosse 45 ou 48, "Não ficaria sem jogar, de jeito nenhum". 


Crisão (Os Pior), saiu contrariado do encontro realizado na SEJEL


Ciborg quer o `Cinquentão´, ao passo que Lanchonete e EG, optaram pela competição a partir dos 48 anos e com a liberação daqueles de 45, 46 e 47 que atuaram em 2.022

Atletas de fora 

Novo embate ocorreu: se os atletas de fora poderiam ou não atuar e qual o número de liberados. Nesse momento aconteceram fortes discussões: Dinos x Óp. Visão; Salec x JPE; Os Pior x EG; Frei Aurélio x todos os outros. Pegou fogo o encontro, pois uma parte queria que fossem liberados apenas quatro. Na contramão, o Frei Aurélio queria oito.

Porém, com as explicações e argumentações que foram surgindo, tudo acabou pacificado e o número de atletas de fora ficou o mesmo do suíço: seis atletas. Também no master não existe mais o `Direito Adquirido´, o que mexerá, profundamente, com as inscrições dos atletas residentes em outros municípios.

Um detalhe importante: atletas de outro município que eventualmente forem inscritos pela primeira vez, recolherão uma taxa de R$ 100,00 (cem reais), que será direcionada ao Fundo Municipal de Esporte. 

Como não se chegou a um consenso sobre o número de participantes, não houve como definir o sistema de disputa das competição do ano que vem. Um novo encontro deverá ocorrer na primeira quinzena de janeiro, com os times que não querem, em hipótese alguma, disputarem o master, com idade limite a partir dos 48 anos, para uma posição final dos mesmos. Só aí haverá a divulgação do sistema de disputa.