sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Recordar é Viver: "Os garcenses na Copa do Catar"

 




Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Na semana passada recordamos dois ex-jogadores garcenses, o goleiro Waldir Peres e o lateral esquerdo (ala) Roberto Carlos, que tiveram a rara oportunidade de disputar um Campeonato Mundial de Futebol. Um não, três. Aliás, Garça pode se dar ao luxo de ser uma das poucas - talvez a única do Brasil -, a revelar jogadores que participaram de três mundiais seguidos.

E como a Copa do Catar é o assunto do momento, descobrimos alguns garcenses que, igualmente, tiveram a rara oportunidade de assistir ao vivo os jogos naquele enigmático país. Como diz um velho e conhecido ditado “Brasileiro e garcense tem em qualquer lugar do mundo!”. Eu pensava que não teria nenhum conterrâneo por lá. Mas só foi dar a largada dos jogos, que não foi difícil achar. Neste rol incluímos, um amigo de Marilia e até uma sobrinha de Bauru, cuja imagem viralizou na TV e na internet.

Um grupo de cinco amigos realizaram esse incrível sonho, dentre eles três garcenses: Felipe Ferreira, Lucas Yuki e João Pedro Barreto, ao lado do Bruno Simões e Gustavo Orsi. Um tópico difícil: o ingresso dos jogos. Mas, graças ao “experiente” João Barreto, conseguiram para vários jogos. O Felipe, filho do Cido Ferreira e da Neide, iniciante num Mundial, juntamente com o Lucas assistiu, cinco belíssimos espetáculos: Bélgica 0 x 0 Croácia, Brasil 0 x 1 Camarões, Holanda 3 x 1 Estados Unidos, França 3 x 1 Polônia e Brasil 4 x 1 Coreia do Sul.

Veja a foto da galera no Stadium 974, na vitória do Brasil em cima da Coréia. Da esquerda para direita: Bruno Simões, Matheus Barreto, Lucas Iuki (de turbante), João Pedro Barreto, Felipe Ferreira e Gustavo Orsi. Na outra foto, o Felipe Ferreira, no melhor estilo Ronaldo Fenômeno, com a bandeira do Brasil e outros torcedores antes de começar mais um jogo. Eles ficaram tão empolgados com o que viram por lá, que já estão pensando assistir a Copa de 2.026, que será realizada em três países: Canadá, Estados Unidos e México.

O ZAGUEIRÃO CAÍQUE: De Marília, o Carlos Henrique Zilio, o Caíque, aproveitou do fato da filha Vanessa, casada com o Daniel, morar em Doha, e partiu rumo ao Catar/22. O Caíque é nosso amigo e velho conhecido, zagueirão central jaqueta 3, dos `bão´. Nos anos 80, jogamos bola contra, nos Campeonatos Regionais da Liga de Futebol de Marília. Na época enfrentei vários “becões, no melhor estilo xerifão” e tomei o porre de marcar gols. Só em cima do Caíque, então defensor do time da UNIMAR/Marília, passava em branco. Um marcador implacável, Caíque tinha tudo para seguir no profissional. Mas o assunto aqui é Copa do Mundo. O Caíque e familiares já assistiram três jogos: Dinamarca 0 x 0 Tunísia, Croácia 4 x 1 Canadá e Brasil 0 x 1 Camarões. Com tempo disponível e gozando da merecida aposentadoria, o Caíque vai ficar até o fim do Mundial. Com esperança de conseguir o ingresso para a grande final. No flagrante, quando do jogo contra Camarões, da esquerda para direita: a esposa Ivonete, Caíque, um camaronês, e os netos Lucas e Nicolas.

SOBRINHA FERNANDA: De Bauru vem o lance mais incrível da Copa, que viralizou mundo afora. Eu estava aqui em casa assistindo na televisão o jogo Brasil 2 x 0 Sérvia, quando o “pombo” Richarlisson, marcou aquele golaço de voleio. Na comemoração dos torcedores no Estádio Lusail, notei uma pessoa conhecida: a sobrinha Fernanda e um rapaz vibrando no melhor estilo “Kulk”. Era o Clóvis Carvalho, marido da Fernanda. Na hora o mano e palmeirense Ademar, avô da Fernanda, todo radiante, lá de Bauru, nos passou um `zapi´ do que eu tinha visto momentos antes. 

No impecável estádio Lusail, onde será decidida a Copa, com 88.103 torcedores, ser flagrado por uma câmera de TV. é pura sorte. A Fernanda e o Clóvis estão morando e trabalhando em Doha no Catar, há cerca de quatro anos. A Fernanda, nascida em Bauru, é arquiteta, e o Clóvis, é de Arealva, trabalha como veterinário de uma tradicional família do Catar. O sonho do casal (foto) é assistir ao vivo a final da Copa, mesmo com o Brasil não estando em campo. Vale a festa que é linda por demais. Já o agora famoso Clóvis, não para de comentar entre os amigos (e até nas entrevistas) como foi a sua vibração, afirmando que foi bastante espontâneo: “Gol igual aquele do Richarlisson era digno de perder a cabeça”. Com certeza a galera acima, está vivenciando momentos que guardarão para o resto de suas vidas. Pena que o Brasil foi eliminado pela Croácia na cobrança de penalidades máximas. Adeus ao “hexa” e até a Copa de 2.026.