sexta-feira, 2 de junho de 2023

Recordar é Viver: "Luiz Quine, um eterno campeão"

 

 

Por Wanderley `Tico´ Cassolla

A galera do Kosminho está feliz, e não para de festejar o título do Torneio Preparatório, conquistado no último domingo, ao bater na final o Flamengo pelo placar de 4 a 1. Uma decisão extremamente difícil, pois o time verde e branco, enfrentou o atual campeão suíço, saiu perdendo, e virou de forma espetacular. Além de ser campeão invicto, o time comandado pelo técnico Esquerdinha, ainda quebrou um jejum de 18 anos sem títulos, sempre participando de todas as competições oficiais promovidas na cidade.

Segundo o dirigente Cacaio Vollet, “O elenco deste ano está bem mais forte, nossa meta agora é o título do Municipal, que não ganhamos há 28 anos, pois o último foi em 1.995. Anteriormente, o Kosminho havia sido campeão no ano de 1979, e depois bi-campeão em 1987/88. Gostaria de agradecer a todos os jogadores, diretores, e torcedores, porém, dois em especial, o Luiz Quine e o João Carlos Vargas Júnior, o “Cubatão”, que foram fundamentais nesta conquista”. O Luiz Quine, está há mais tempo no Kosminho. Chegou depois de ser convidado pelo ex-goleiro Jair Proença. O Cubatão veio  recentemente, encaixando perfeitamente na filosofia do time.  No flagrante Cacaio Vollet e Luiz Quine, com o troféu de campeão do “Torneio Preparatório”.

Já o empolgado Cubatão não descarta outros reforços, mais notadamente da região de Pirajuí e Bauru, onde é bem conhecido. Assim como fez este ano, trazendo o ótimo Claudecir Aparecido de Aguiar, ou Claudecir, ex-São Caetano, Palmeiras (2001), que ainda está correndo muito e jogando um bolão. Com isso o Kosminho vai brigar com tudo pelo pentacampeonato.

O ESPORTISTA LUIZ QUINE: A coluna homenageia o incansável esportista Luiz Carlos de Oliveira Quine. Eu não me recordo de ver o corintiano Luiz Quine chutando ou jogando bola em algum campeonato oficial. Mas desde que o conheço, e já faz um bom tempo, sempre esteve envolvido com o futebol, como técnico ou dirigente. Desde os tempos que chegou de sua terra natal, a vizinha Pirajuí.

Primeiramente começou a “mexer com bola” no futebol amador. No ano de 1987 comandou a Transportadora Alvorada, que sagrou campeã da segunda divisão. Uma conquista inesquecível para o Luiz Quine. Depois foi convidado pelo técnico Gilberto “Betão” Aguiar para integrar a diretoria do Flamengo, na primeira divisão. Logo de cara o memorável título do ano de 1992, em cima do Cavalcante, pelo placar de 1 a 0. A decisão foi disputada num “Platzeck” lotado de torcedores, e Dinho Parreira marcou um golaço de falta, “quase que do meio da rua”.


Até que recebeu convite do Salão Carter para ser técnico no futebol suíço. Gostou da modalidade para não sair mais. No Salão Carter conquistou dois importantes títulos. O último no Torneio Preparatório, no ano de 1995, disputado no `terrão´, quando os campos ficavam atrás do Hospital São Lucas. Veja o time do São Carter, em pé da esquerda para direita: José Ozai (presidente), Luiz Quine (treinador), Betão, Antonio Ozaia, Chico Ramalho e Dr. Jair; agachados: Tico, Rachid, Cacá, Tuca Parreira, Zanon e Decika. Vale destacar que no campeonato municipal daquele ano, o campeão foi o Kosminho, o último a levantar o caneco no `terrão´. Depois no ano de 1996, repetiria a dose no comando do Salão Carter, no primeiro título de um time nos campos gramados, do Conjunto Poliesportivo “Manoel Gouveia Chagas”. Ainda no futebol suíço, comandou o Onda Azul/Mel, Cotrag, Casa dos Parafusos, Pereira & Usinagem e Vimec. Sempre ligado ao futebol, também foi um atuante dirigente do Garça FC, na época do presidente Antonio “Biga” Marangão e na gestão de Laudesmir ‘Galo” Marangão.



Como um eterno apaixonado pelo esporte, o Luiz Quine guarda grandes recordações, gosta de falar de futebol, principalmente quando o assunto é o Corinthians. Gosta e entende bem do assunto, principalmente dos bastidores. Seus maiores ídolos, pra variar, são todos corintianos: Rivelino, Sócrates e Wladimir. Neste rol de craques da bola, junta o Zico, o “Galinho de Quintino”. É presença marcante no encontro dos torcedores corintianos realizados na cidade. No flagrante ao lado do goleiro Waldir Perez (jogou no Timão entre 1986/87) e do filho Alex. Na outra foto, com o inseparável rádio de pilha Philco, onde antigamente escutava as transmissões dos jogos. Era uma emoção sem fim, ouvir as narrações de Fiori Giglioti e Osmar Santos.

No futebol menor de nossa cidade, ele viu muitos jogadores bons de bola. Mas faz questão de destacar o Roberto Bertuço, Dinho Parreira, Tonho Alves, Tino, dos irmãos Jair (goleiro) e Maury Proença, Esquerdinha, que se revelou um grande treinador. E também o ex-zagueirão do Santos FC, o Márcio Rossini, que trouxe para jogar no Salão Carter.

O Luiz Quine ainda tem esperança na abertura da praça de esportes do “Platzeck”, e na volta do Garça FC., um clube de muita tradição no futebol do interior paulista. Quem sabe até na volta do campeonato amador, sempre revelando jogadores.

Um das maiores glórias do Luiz Quine foi o de ter sido escolhido o melhor técnico do futebol suíço no ano de 2.011. Uma escolha que partiu dos treinadores dos outros times envolvidos no campeonato. Isto encheu de orgulho “o moço que veio da Corredeira, distrito de Pirajuí, para não sair mais de Garça”, como diria Fiori Giglioti, o eterno locutor da torcida brasileira.

Para o sucesso do Luiz Quine no futebol, ele conta com total apoio de todos os familiares, a começar pela esposa Celi e dos filhos: Suzana, Wladimir, Luiz César e Alex. A meta agora é continuar colaborando com o Kosminho, para ganhar o inédito título de pentacampeão do municipal e sair da fila de 28 anos.