O basquetebol feminino brasileiro manteve a tradição e garantiu a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres no ano que vem após vitória na decisão da Copa América, realizada em Neiva, na Colômbia. Frente à Argentina, vitória por 74 x 33. Além do Brasil já garantiram presença os campeões continentais: China (Ásia), Austrália (Oceania), Rússia (Europa), além das norte-americanas, atuais campeãs mundiais.
O destaque da campanha invicta foi o belo sistema defensivo implantado pelo técnico Ênio Vecchi, diferencial em praticamente todos os jogos. A marcação foi tão forte que na final frente as argentinas, o primeiro tempo terminou com um surreal placar de 33 x 11. Individualmente, não se pode deixar de destacar a armadora Adrianinha, as jovens pivôs Clarissa e Damiris, além do grande exemplo de patriotismo dado pela pivô Erika (foto), que em plena reta final da WNBA, atendeu a convocação, situação contrária à da ala Iziane, que preferiu ficar pelos States e não defendeu o Brasil, fazendo exatamente a mesma coisa que Leandrinho e Nenê no masculino, que, igualmente estará em Londres. Como um basqueteiro convicto, gostaria de parabenizar o Ênio, adversário leal de quando era técnico do Pinheiros, sempre fazendo bons jogos contra o basquetebol garcense, no masculino, pois foi a primeira vez que dirigiu uma equipe feminina. E não poderia deixar de esquecer do meu amigo particular - amigo mesmo!!! - Urubatan Paccini, o querido Uruba, que é de Assis, a quem temos um convívio fraterno, respeitoso e muito afinado e que foi o assistente-técnico da seleção. Dois técnicos batalhadores, trabalhadores, acessíveis ao extremo, que, com muita justiça, estarão dirigindo o Brasil numa Olimpíada, clímax da carreira profissional de qualquer treinador.
