O conhecido Marquinhos, representante desde 1989 |
Enfrentar chuva ou sol, frio ou calor,
nervosismo de dirigentes e jogadores e por vezes, até pressão de torcedores
mais exaltados. Isso quando não tem que atuar como assistente devido à ausência
de quem estava escalado, tendo por isso, que cumprir duas funções ao mesmo
tempo.
Esses fatos são absolutamente normais no
futebol amador em qualquer parte do país. Mas os `homens de preto´ e o
representante da partida, tem que conviver com todos esses dissabores.
E é justamente o representante que está há
mais tempo atuando em nosso futebol que é o `Destaque Esportivo´ dessa semana
do `Comarca de Garça´.
Estamos falando de Marcos Roberto dos
Santos, 44, o Marquinhos da Prefeitura, que desde 1989 atua como representante
dos jogos nas diversas competições amadoras em nosso município. São 24 anos de
dedicação, com uma breve pausa em 1996. “Eu quebrei a perna jogando bola, mas
acabei o ano trabalhando depois”, relembra.
Esse dedicado funcionário público
municipal, que há 26 anos empresta a sua competência para o Departamento de
Recursos Humanos da PMG, é uma das figuras mais conhecidas do nosso amadorismo.
Ultimamente com atuação focada no master e
futebol suíço, Marquinhos tem muitas histórias sobre a sua longa trajetória
numa função que teve no passado figuras de destaque, como Júlio Pavarini,
Geraldo Alves dos Santos, José Roberto Ferres Lopes, Hélio Benetti, entre
tantos outros de enorme contribuição para o futebol amador de nossa cidade.
Uma foto de 1992: João Carlos Camacho, Marquinhos, Aparecido de Almeida Saraiva, Aparecido `Maloca´ Ferreira, Cláudio `Tatinha´ Felício, Zu e Adelino |
Ladeado pelos amigos Enéas Filho e Tico Cassolla, quando de sua escolha como melhor representante do futebol amador garcense |
Com o filho Neto, o ex-árbitro Moisés Rodrigues de Santana e o árbitro da elite do futebol paulista, prof. Cássio L. Zancopé |
Atuação
também se estende ao futebol rural
As últimas edições do futebol rural, cujos
confrontos são realizados no campo da Venda Seca, também contaram com a atuação
de Marquinhos.
Não foram poucas as vezes que, saindo de
sua residência pela manhã aos domingos, trabalhava na rodada dupla do Amador em
Jafa e depois ia diretamente para o Rural, retornando apenas à noite.
Aliás, ele atuou no `período dourado´ da
modalidade, no final dos anos 80 e início da década de 90, quando dezenas de
equipes se envolviam nas disputas, tanto nos aspirantes como nos titulares.
Por isso, ele conta histórias `deliciosas´
da época, algumas difíceis de acreditar, como a do árbitro que, pressionado em
determinado jogo onde o time da casa havia perdido, garantiu aos diretores da
equipe rural que, chegando a Garça, “Mudaria o resultado na súmula”, só para
poder deixar o campo com tranquilidade. “Obviamente que isso não aconteceu”,
recorda-se, às gargalhadas.
Marquinhos e o conhecido Zé Dungue, no Campeonato Rural |
“Eu
atuei na estreia do Cássio no futebol amador”
Devido à sua longevidade na modalidade,
Marquinhos atuou com nomes conhecidos da arbitragem ao longo dos anos. Ele fez questão
de se lembrar dos irmãos Francisco, João Batista e Aparecido `Maloca´ Ferreira,
Moisés Rodrigues de Santana, Ranulfo José da Silva, Carlos `Carlitão´ Bernardes
da Silva, Altair `Taidão´ Paranhos, Cláudio `Tatinha´ Felício, Moacir `Ciri´
Santana, Élcio Dias dos Passos, Marcel de Castro Lima, Aparecido de Almeida
Saraiva, entre outros tantos que atuaram na várzea no passado.
Também recordou que estava escalado como
representante no primeiro jogo do árbitro hoje da elite do futebol paulista,
Cássio Luiz Zancopé, na várzea garcense. “Também estive na estreia do Marcelo
Semenssato”, acrescentou.O primeiro jogo do Cássio no futebol amador garcense teve o Marquinhos como representante |
Marcos Roberto dos Santos e Marcelo Semenssato |