sexta-feira, 14 de junho de 2013

Recordar é Viver: "Ademar Cassemiro: o adeus a um velho amigo!"





Por Wanderley M. `Tico´ Cassolla

A vida sempre nos reserva algumas surpresas. Ora agradáveis e alegres, ora tristes e dolorosas. E no último domingo (9), chegou a hora de vivenciarmos momentos de profunda tristeza, com o falecimento do nosso colaborador Ademar Cassemiro da Silva, que nos acompanhou, nos trabalhos diários de elaboração do jornal, nesta última década. Dedicado ao extremo, Ademar era um dos primeiros a chegar, para organizar a entrega dos exemplares do dia. Fazia questão de manter um laço de amizade com os assinantes, logo às primeiras horas da manhã, para um bate-papo amistoso em torno de um cafezinho. Ultimamente deslocado para o setor comercial, era o responsável pelas cobranças externas. Todas as tardes era sempre aguardado  com ansiedade, quando tinha a oportunidade de passar as últimas informações que colhia de suas andanças pelos mais diferentes pontos da cidade. Era uma pessoa querida e estimada por todos, pois sempre atuou no atendimento ao público, não só aqui no jornal, mas antes na Casa Toyota e na Casa Estrela. Seu constante bom humor aliado a um gênio expansivo, o tornaram um verdadeiro colecionador de amigos. Que agora já sentem muita saudade de sua ausência. E certamente será compensada pelas lembranças de instantes felizes que ele nos proporcionou”.
Este foi o triste editorial da “Comarca” da última terça-feira a respeito do falecimento do amigo de trabalho, Ademar. A minha amizade com ele sempre se resumiu mais ao futebol, do qual ele era um grande apaixonado. Em nossos encontros lá vinha a pergunta “Ei Tico se viu ontem, o Corinthians perdeu, o Santos ganhou, e desta vez o Palmeiras vai cair de novo!!!”. "E o Garça será que vai voltar?". Aí o papo prolongava,  até que ele interrompia. “Depois a gente continua, tenho que ia fazer umas cobranças pro jornal”. Montava em sua inseparável bicicleta e partia  para o trabalho.  Assim era o Ademar, uma pessoa simples, trabalhadora, um esportista. Outrora sempre acompanhou os campeonatos amadores de nossa cidade. Vale lembrar que o Ademar, juntamente com o mano Celsinho, Cristian Kotinda, Mario Zapata, Takashi Kitamura e o Admir Martineli, fundaram o Clube Atlético Ipiranga, no dia 21 de março de 1960. Como se sabe o Ipiranga foi um dos mais tradicionais times amadores que existiu em Garça. O Ademar não foi lá de correr atrás da bola, mas no ano de 1970, disputou vários jogos pela equipe da Casa Toyota, de onde era um exemplar funcionário. Em pé, da esquerda para direita: Nenê Caveirinha (árbitro), Edgar, Manoel, Clóvis, Valdir Teixeira, Zelão e Tonho Nêgo; Agachados: Ademar Cassemiro, Sideildo, Piva, Pelé, Alvim e  o árbitro Antonio Maceloni. No outro flagrante em foto recente, o Ademar ao lado de sua querida mãe, Eronias. O Ademar foi casado com a Lourdes Duarte e deixou três filhos Elisangela, Kellen e Guilherme, muitos amigos e nenhum inimigo.
E o Celsinho, bem resumiu as qualidades e virtudes do mano: “O Ademar viveu um bom tempo entre nós, se fez amigo, se fez querido e deixa no arrepio, um vácuo na cidade de Garça e também no jornal "Comarca", do qual amava trabalhar. Sempre quando um irmão vai embora, vai junto com ele um pouco da gente mesmo. A ele o nosso abraço de despedida, um homem que soube trabalhar,  construir uma família honrada e filhos exemplares, assim como soube encarar a morte com um sorriso nos lábios, como fez com a própria vida”.
Fonte: Jornal Comarca de Garça