sexta-feira, 26 de julho de 2013

História: 50 anos de uma decisão memorável no futebol garcense

Chico Voss participou da decisão que completa meio século
Dia 28 de julho de 1963. Há 50 anos, no antigo estádio que existia defronte ao hospital São Lucas, aconteceu uma final que entrou para a história do futebol amador garcense. Na ocasião, pelo campeonato infanto-juvenil, a Ferroviária se tornava campeã municipal ao derrotar a Esportiva, pelo placar de 2 x 0.
Aquele jogo foi cercado de grande expectativa. Havia um interesse tão grande, que o público que compareceu foi considerado o maior de uma partida pela categoria.
Pela primeira acontecendo uma competição gerida pela extinta Associação de Esportes de Garça, sete equipes se inscreveram: Comercial, Portuguesa, Ipiranga, São Paulo, Botafogo, além dos dois finalistas.
Aliás, nos 11 jogos disputados antes da decisão, a Esportiva havia marcado 42 gols e sofrido apenas seis. O único revés daquela que era apontada como favorita foi diante da própria Ferroviária, 1 x 0, no 1º turno.
A Ferroviária, que entrou precisando da vitória, também disputou 11 confrontos. A equipe perdeu para o São Paulo, 2 x 1, além de ter empatado sem gols diante do Botafogo. Anotou 28 e sofreu cinco gols durante toda a fase de classificação.
O `pré-jogo´ foi muito tenso, tanto é que a organização chegou a fazer sorteio para a definição do árbitro, que acabou sendo Paulo Braga Filho, o `Paulo Beibe´. Ele foi auxiliado por Arthur Chekerdemian e Hércules de Almeida.
De acordo com a edição do dia 30 de julho de 1963 do `Comarca´, a Ferroviária conquistou o título ao vencer o oponente por 2 x 0, com dois gols do atacante Tonho Velasco, ambos de cabeça. O mesmo Tonho Velasco, além de Calão, ainda desperdiçaram chances cristalinas de aumentar o placar. Fora o gol bastante contestado que foi marcado pela Ferroviária e imediatamente anulado pela arbitragem. Ainda houve uma citação especial à grande apresentação do goleiro Victor Hugo.
Foram considerados os destaques do jogo, os meio-campistas Henrique e Carlinhos Faria, além dos atacantes Emílio Fujikawa e Niltinho.
Tudo isso, há 50 anos.

                                    Ficha Técnica

Jogo: Ferroviária 2 x 0 Esportiva
Local: Campo em frente ao São Lucas
Data: 28/07/2013
Árbitro: Paulo Braga Filho
Auxiliares: Arthur Chekerdemian e Hércules de Almeida
Marcadores: Tonho Velasco, em duas oportunidades, para a Ferroviária

                                      Equipes

Ferroviária: Victor Hugo; Zico e Jair Cassolla; Henrique Honda, Carlinhos Faria e Chiquinho Voss; Rossi (Calão), Kiode, Tonho Velasco, Emílio Fujikawa e Niltinho. Técnico: Tadao Ushida

Esportiva: João; Sérgio Encarnação (Maganha) e Nando; Nelsinho, Adé e Jacy; Auromir (Osório), Wilson, Edgar, Cincinato e Eliel. Técnico: Jacy Fernandes

 Recordamos uma formação da Ferroviária, em flagrante do dia 05/01/1964. Em pé (esq. p/ dir.): Issao (dirigente), Uchida (dirigente), Caparroz, João Luiz `Zico´, Silvio Portelinha, Rôla Cassolla, Victor Hugo, Jair Cassolla, Chico Voss e Jurandir; agachados (mesma ordem): Toninho Rossignoli, Emilio Fujikawa, Mário Abe, Jorge, Kiode e Niltinho. Jurandir jogou no São Paulo nos anos 60 e 70 e também na seleção brasileira, bicampeão mundial no Chile (1962)

Carlinhos Farias (D), que aparece na foto ao lado de Jorginho Putinati , foi campeão em 1963

Mais uma foto da Ferroviária na década de 60, com um detalhe: todos os atletas estão descalços, com exceção do goleiro Sérgio Zancopé. São eles: Salvino, Carlinhos Faria, Victor Hugo, Nenê, Joãozinho, Milton, Sadao, Luiz Júlio, Tadao, Gilberto e Zancopé.
Também a Esportiva merece destaque, com uma formação de 1960. Em pé (esq. p/ dir.): Jacy Fernandes (presidente), José Roberto Ramalho, Serafim Colettes, Maganha, Wilson de Oliveira, Sérgio Encarnação, João Carlos, Telêmaco e Jacy Filho; agachados (mesma ordem): Tonho Velasco, Luiz Júlio, Helder Bosquê, Serginho, Adalto e Jairo Pires