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| MIltinho Palmeirense, esposa Eleny e os filhos Rafael e Flávia |
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| Após acidente, ficou oito meses usando colar cervical |
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| Miltinho, com a Eletrônica, última equipe onde atuou, ano de 1997: Danilo, Cláudio, Mário, Zé Bueno, Miltinho, Vermeio e Gilberto Nagao; Carlinhos, Lobão, Gilmar, Barião, Célio, Nicola e Tonhá |
- Coisas da
vida. É mesmo assim.
Onze de maio
(11 de maio de 1.997), Um Mil Novecentos e Noventa e Sete. Domingo dias das
Mães.
Data de
nascimento? Não! De renascimento.
Este dia por
muito tempo tentei apagar de minha vida, foi inicio, de como me vejo hoje para
o mundo.
Um acidente
automobilístico se colocou no meu caminho, transformou minha vida, me virou
pelo avesso.
Perto dos 31
anos, foi terrível aceitar, depois de parcialmente recuperado, o que eu próprio
me destinei.
Hoje depois
de muitos lamentos, crises de depressão, revoltas, e embora saudoso daquele
jovem saudável, esperançoso, atleta e tudo mais, penso e tento dar o Maximo de
mim, para me ajustar, com a vida.
Este
acontecimento, me trouxe a novas realidades, realidades que talvez nunca ter o
direito de aflorar.
É difícil,
mas as coisas da vida SÃO ASSIM. O que não se aprende no amor, acaba entrando
pela dor.
Deixei de
fazer o que mais gostava jogar futebol, passei a ser dependentes de pessoas,
cadeiras de rodas, andadores, muletas, beiradas de muro para me locomover.
Desesperador.
Mas a dor
foi ensinando, com apoio da minha esposa Eleny Martins Fabrício, dos filhos,
parentes e amigos consolando. A cabeça trabalhando, mais o que o físico não
chego a ser um novo homem, mas tento.
A cada dia
que ganhei novamente de DEUS, depois do acidente, da recuperação e
principalmente depois da aceitação, procuro dar cores e vidas diferentes.
Com isso, os
gramados, campos de terras, bares, lugares ermos e tudo o que vivia antes foram
trocados, por outros valores.
Valores
estes, que fazem ser visto por outros angulosos. Às vezes amado, outro odiado,
mas acima de tudo isso, me considerado útil.
Se sou
julgado, melhor ser julgado pelas obras de boa intenção, de amor a vida, de
ajuda ao próximo.
Nesta
virada, me orgulho de ter participado daquilo que antes nem sabia que existia.
- Fui
delegado usuário do SUS e representante do município de Garça, na VI
Conferencia Nacional de Saúde, municipal, regional, estadual, e nacional.
- Presidente
do Conselho Municipal dos Direitos dos Deficientes de Garça CMDD.
- Um dos
fundadores da Associação dos Deficientes de Garça ADG.
- Presidente
por 17 meses da Associação dos Deficientes de Garça ADG.
- E hoje
continuo como voluntário lutando por nossos direitos adquiridos por lei.
Passei por
quase tudo, mas espero continuar nesta sobrevida passando, por muito mais.
Continuar
cuidando da minha família. Família essa que foi muito importante para minha
recuperação, atazanando os amigos de preferência os Corintianos, e incomodando
a todos os que se acham incomodados.
Mudei sim,
mas procuro, acredito e faço tudo pelo melhor. Às vezes erro. Mas é a vida. Sou
humano coisas da vida.
Abraços, a
você que me incentiva, a você que me apoia e também a você que me critica. Sem
vocês eu não teria valores para continuar lutando.
Faço minhas
a palavras do poeta,
Só posso
levantar
As mãos pro
céu
Agradecer e
ser fiel
Ao destino
que
DEUS me deu.
Não agradeço
pelo acidente, mas sim pelas oportunidades que DEUS me deu, através dele.
ONZE DE MAIO
VIVA A VIDA
OBRIGADO.
MILTON CEZAR
COSTA FABRICIO
MILTINHO
PALMEIRENSE.
Agradecimentos -
- Time da Eletrônica
do futebol suíço.
- Fisioterapeuta
Mariza Guerreiro.
- Corpo de Bombeiros
através do sargento Marciano e toda sua equipe.
- Todos que de
alguma forma me ajudaram.
- PRA FINALIZAR:
O que move a cadeira não são
as mãos, é a cabeça da pessoa. Ser cadeirante não tem limites, não há
barreiras. ”Se eu pudesse escolher em ser uma pessoa fisicamente normal, eu
optaria continuar cadeirante, eu me amo assim”.


