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Por Wanderley Marcos `Tico´ Cassolla
O assunto
mais comentado nas rodas esportivas durante a semana, não foi a goleada do
Salec, Dinos e do SEC em cima dos adversários por 6 gols no suíço master. Assim
como também não foi a vitória no Independente sobre o Kosminho, no clássico da
rodada. Muitos menos, os 6 a 1 do VIMEC em cima do Independente, ambas no suíço
normal. O destaque da rodada sem sombras de dúvidas, foi o gol antológico do corintiano
Eduardo Davi Loureiro da Silva, no empate do time do Ciborg contra o Rebelo,
jogo realizado no CT. Quem viu a magistral falta cobrada pelo Eduardo David
ficou de boca aberta. Um lance no melhor estilo Neymar no gol também de bola
parada contra a Itália, na Copa das
Confederações.
Meio sem
ângulo com os atacantes pedindo “chuveirinho na área”, eis que o Eduardo Davi
num lance de rara beleza e categoria cobrou direto, a bola entrou no ângulo
estufando as redes (foto). Um gol
para entrar na história do amadorismo garcense. O curioso é que o irmão Joatan
Loureiro, atualmente radicado no Estado do Mato Grosso, estava presente e
vibrou bastante com o insólito lance. Não sem antes receber uma homenagem, com o
famoso gesto das mãos formando um “coraçãozinho”, do agora goleador do Ciborg.
Corre até alguns comentários entre os dirigentes que uma placa comemorativa ao incrível
gol poderá ser colocada no campo do CT.
Só que após o
jogo, o Joatan afirmava em alto e bom som, que o ultimo gol do Eduardo David aconteceu no ano de 1.970,
quando jogavam pelo time do Rodoviário. O Joatan lembra bem, pois era a época
da Copa do México, quando a seleção brasileira se tornaria tri-campeã mundial
de futebol. Desde então nunca mais viu ou teve notícias de outro tento do Eduardo.
Portanto um gol praticamente de 50 em 50 anos. Como “becão” ele teria marcado
alguns contra. Recordamos o bom time do Rodoviário onde os irmãos Silva jogaram
juntos. Em pé da esquerda para direita: Joatan, Carlos Cirilo, Da Cruz, Zé
Reinaldo, Mourinha e Nita; Agachados: Mauro Val, Helio Pereira Costa, Luiz
Carlos Cirilo, Luiz Conessa e Eduardo David. O técnico era o vibrante Mourinha.
Na outra foto, veja como está o ex-lateral-esquerdo Joatan Loureiro da Silva
(esq), que aparece ao lado do Marcos “Pí” Lucas e Celino, volante do Dinos.
CARREIRA LONGA. Ainda em atividade, o Eduardo
Davi é um dos atletas que há mais tempo disputa os campeonatos menores na cidade.
Tudo começou no início dos anos 70, quando chegou a Garça e não parou mais.
Segundo apuramos o Eduardo David jogou por mais de 50 times. Entre o amador e
futebol suíço, os principais foram: Industrial, Valmet, Rodoviário, Garcafé,
Frigus, Transribas, Fazenda São José dos Bonini, Municipal, América, Guanabara,
Ferragista, Olímpia, Ouro Verde, União, Expressinho, Escola Agrícola, Look
Motos, Grêmio, Salec, Mercadinho América, João Paulo II, Multitelas, Roilton, Corinthians,
Bom Bife, Guarani, Cavalcante, CAF, Ciborg, etc, etc, etc. No Amador jogou até
o ano de 2.009, quando defendeu o Corinthians aos 58 anos de idade.
Paralelamente também atuou no master do Pé de Cana e Corinthians de Garça por cerca
de 16 anos. Quando trabalhava na cidade de Ibitinga jogou na. AABB, Floresta,
C.B.I, e Americano, no futebol profissional da 3ª Divisão.
Adepto ao
esporte, Eduardo David praticou por muito tempo o pedestrianismo, disputando
cerca de 200 provas de longa distância. Em suas contas faturou 57 troféus e 150
medalhas, com vitórias em Garça, Limeira, Marília, Panorama, São Manoel, José
Bonifácio, Duartina, Gália, Vera Cruz, Ibitinga e Bauru. Participou de várias
provas da São Silvestre, e também da 1ª maratona no Brasil (42 km). Na época só
integravam a São Silvestre os 100 melhores corredores brasileiros. Foi 2º
colocado na Maratona de Três Lagoas (MS) e em Castilho (SP). O título mais
importante que conquistou foi o de vice-campeão brasileiro universitário.
Agora
voltando ao futebol, o Eduardo Davi promete marcar outro gol dentro em breve,
pois daqui a 50 anos, não sabe se ainda terá fôlego para estar correndo atrás
da bola.
Fonte: Jornal Comarca de Garça
