Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Completar 34 anos numa mesma
função não é para qualquer um. Mas para o garcense Benedito de Oliveira, o
grande “Ditinho” (foto), é tarefa das mais fáceis. Uma função que só lhe traz
alegrias e a certeza da missão cumprida. Durante todo este tempo o Ditinho vem
trabalhando, de forma ininterrupta, treinando e formando goleiros, sempre de
forma limpa e transparente. Em suas mãos já passaram uma infinidade de
goleiros, o destaque maior é o Aranha (Ponte Preta). Por isto tem prestígio, muita
“moral” e carisma nos clubes por onde passou, e consequentemente, no futebol do
interior paulista. Ainda no final do ano passado a entrevista que concedeu a
TV-Tem, afiliada Rede Globo de Bauru, foi considerada a melhor do esporte regional
no ano de 2.017 (foto). Este é o Ditinho, literalmente, um grande treinador de
goleiros e também uma grande pessoa, dentro dos seus l.30 metros de altura.
A seguir, você vai conhecer
um pouco da sua história, escrita pelo próprio Ditinho, em rede social: “Primeiramente
queria agradecer a DEUS pelos meus 34 anos de treinador de goleiros, iniciado em
1984, no Garça FC, que na época estava na 3ª divisão do campeonato paulista,
cujo time já tinha disputado a 1ª divisão na década de 60. Após ficar seis
anos no Garça fui para o Corinthians de Presidente Prudente. Depois isso tive
passagem em 20 clubes, porém, desses 20 clubes voltei três vezes no Garça,
três vezes no MAC, três vezes no União Agrícola Barbarense e três vezes no Taubaté.
Porque estou falando isso?
Eu nunca fui
goleiro, joguei de ponta direita no amador de Garça, por sinal os torcedores de
Garça diziam que eu era bom para correr, driblar e chutar. Mas somente isso não
bastava para jogar no profissional da época. Vim executar minha profissão de
treinador de goleiro através de um convite feito por Carlos Alberto (Mamela),
goleiro que veio do MAC, e no ano de 1984 estava no Garça (veja foto dos dois
na equipe de 89 ). No mesmo ano, em 1984, o “Azulão” subiu e teve acesso a 2ª divisão. No ano
seguinte o clube trouxe Zé Mario, do Paulista (Jundiaí), que recentemente tinha
parado de jogar. Por ser um treinador de goleiro mais experiente fiquei como
seu auxiliar. Mas isso foi muito bom para minha carreira pelo fato deu ter
aprendido muito com ele, tanto é que ele foi para o Palmeiras em 1991 e me
convidou para fazer estágio com ele. Fiquei uma semana com ele e aprendi mais
ainda. Porque estou falando tudo isso?
O futebol não
mudou muito, as pessoas que querem inventar. Porque desde o goleiro até o
centroavante é só trabalhar o fundamento do futebol. Eu vejo os goleiros
brasileiros indo para bola para rebater e não pra segurar, sendo que a primeira
opção é ir para pegar. Porque? Hoje em dia, os treinadores estão trabalhando o
funcional e não fundamento do goleiro, estão trabalhando força ao invés de
trabalhar o fundamento do goleiro.
O Ditinho tem 7 acessos no futebol paulista e o goleiro
Neto (Vocem/Assis, foto), treinado por ele, ficou 9 jogos sem tomar gols, no
ano passado. Atualmente está no José Bonifácio, integrante da Série `B´ paulista (a mesma do Garça), fazendo parte da comissão técnica do inseparável
amigo e técnico Paulo Cézar Santos, que comandou o “Azulão” no ano de 2.002.