Por Wanderley `Tico´ Cassolla
A notícia soou como uma
bomba na cidade: a volta do Garça ao
futebol profissional. A torcida vibrou como se fosse um gol da virada, marcado
aos 45´ do segundo tempo. De quebra a nossa comunidade terá à disposição o Estádio
Municipal “Frederico Platzeck”, fechado e “rebaixado” há vários anos, um
verdadeiro elefante adormecido.
A notícia é recente. Mas por
sempre estarmos envolvidos com o esporte citadino, já sabíamos há algum tempo, que
nos bastidores havia uma intensa movimentação para o retorno do nosso glorioso
“Azulão”.
Em nossas matérias
anteriores sabíamos das dificuldades para reativar a equipe. Até achávamos algo
impossível. Tocar o futebol com pessoas e empresas daqui, na atual crise
econômica que assola o país, sem chances. Há menos que surgisse empresários do
ramo esportivo ou não e de fora. E foi o que acabou acontecendo.
Ao longo dos últimos anos diversas
pessoas interessadas “rondaram” por aqui. Chegaram, viram, gostaram. Mas na hora de por
em prática e “colocar a mão no bolso”, foram embora. Sem falar ainda que o
“Platzeck” estava interditado e mais custos viriam pela frente.
Até que no final do mês de
outubro os ex-jogadores Celsinho (meio campista) e Júlio César (goleiro), foram
contatados pelo grupo do empresário Fabrízio Carvalho da Silva, da cidade de
Campinas/SP, e depois de várias reuniões, inclusive contando com o prefeito
João Carlos dos Santos, tudo ficou definido. O martelo foi batido no dia 18 de dezembro.
Digamos um verdadeiro presente de natal para os esportistas garcenses. A próxima
etapa e também difícil, era a de regularizar a situação na Federação Paulista
de Futebol e pagar a alta taxa de filiação, o que foi feito. Pronto, o Garça
devidamente legalizado.
Próxima meta: desinterditar o “Platzeck”, o que vem
sendo feito com muito trabalho e esforço (foto). Quem foi lá pode verificar o
verdadeiro canteiro de obras que está, até porque toda equipe federada tem que
ter uma praça esportiva voltada para os padrões do futebol atual e adequada ao
estatuto do torcedor. O importante é que a Garça, até então adormecida, està prestes a alçar voos altos nos gramados do interior paulista. Ao torcedor
garcense só nos resta pedir um pouco de paciência, pois muitos e difíceis
obstáculos virão pela frente. Ressuscitar o Garça, depois de 14 anos, não é
tarefa para qualquer um.
Ainda na noite de ontem no
Teatro Municipal, mais um passo importante foi dado. A nova fase do Azulão foi
apresentada, inclusive a nova diretoria. E os novos uniformes mostrados, para o
delírio dos torcedores presentes. Também estávamos sabendo que muitas novidades
virão pela frente. A coluna presta a sua homenagem aos ex-atletas do Garça,
Celso Felipe de Souza e Júlio César Martins (em foto recente ao lado do
torcedor Teco), pelo empenho e dedicação no projeto, recordando os tempos que
defenderam o Garça, na temporada de 2.000. Em pé da esquerda para direita:
Marcelo (mordomo), Luciano, Erasmo, Júlio Cézar, Beto Daniel e Júlio César Rezende (preparador físico); agachados: Celsinho, Mauro César, Vital, Chokito, Webster
e Santos.
E para o torcedor matar
saudades, mostramos um dos melhores times já montados pelo Garça, início dos
anos 70. Em pé da esquerda para direita:
Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Valdir Perez, Pedroso e Dadi; agachados: Toninho
Bodini, Rogerinho, Zé Carlos Coelho, Osmar Silvestre e Davi.
Nós como amantes do esporte estamos
muito felizes como com este projeto. Ao novo Garça só desejamos muitas vitórias
e vida longa. Assim como ficamos feliz pela liberação do nosso “Platzeck” à população
garcense. Este já é o primeiro legado que será deixado pelo Garça FC.