Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Na última terça feira, o
goleiro Waldir Peres estaria completando 67 anos de idade, se estivesse entre
nós. Só que infelizmente, no dia 23 de julho do ano passado, faleceu na
cidade de Mogi Mirim/SP, vitimado por um infarto fulminante.
Mas o presidente de seu
primeiro time aqui em Garça, o corintiano Luiz Gonzaga Conessa, não esqueceu da
data, prestou uma bonita homenagem ao seu pupilo mais famoso, na sua página no
facebook (foto). Afinal de contas, foi no Corintinha garcense, que tudo começou
nos idos de 1.965.
Segundo nos revelou o Luiz
Conessa, naquela época ia começar mais um campeonato infanto juvenil e o
Corintinha estava precisando de um goleiro. O Dorival Chicareli, o Vado, então
centroavante do time, comentou que tinha um garoto que era goleiro na Escola
Hilmar Machado, e estava “pegando tudo, nos jogos disputados na hora do
recreio. Era difícil fazer gol nele”. Não restou alternativa senão um
convite para ele ir fazer um teste.
No domingo seguinte, o Corintinha tinha um
jogo amistoso, à tarde, no Campo da Congregação, em Vila Labienópolis (hoje no
local é a Escola Victor Hugo). Foram convidados três goleiros: Airton, Pompéia
e o Waldirzinho (ainda sem o Peres). Por incrível que parece, foi um dia muito
quente, com um sol de “arrebentar mamona”. Só apareceu o Waldir, que
evidentemente foi aprovado no teste. Muito embora ele tenha jogado muito e
“fechado o gol’.
Luiz Conessa recordou que o
Corintinha foi disputar o campeonato municipal e cumpriu uma grande campanha.
Numa das decisões o jogo contra o famoso Paulistinha, foi para as cobranças de
pênaltis. O Waldir Peres estava inspirado e defendeu quatro penalidades. A fase
de pegador de pênaltis começava aí. No ano seguinte o Corintinha não participou
dos certames citadinos, e o Waldir Peres foi jogar no Paulistinha. A vitoriosa
carreira estava decolando, depois foi para o Bangu, Garça, Ponte Preta, São
Paulo, Seleção Brasileira e mais um montão de consagrados times do futebol
brasileiro. Opa, não podemos esquecer também da passagem no xará famoso, o glorioso
Corinthians nas temporadas de 1.986/87.
Recordamos a foto histórica,
a primeira da carreira do Waldir Peres no Corintinha de Garça, no ano de 1.965.
Em pé, da esquerda para direita: Arcenio, Otacílio, Waldir Peres, José Carlos,
Joãozinho e Luiz Conessa (presidente); agachados: João, Romildo, Valdo,
Celsinho e Cirso Luporini.
Um detalhe: O Corintinha posando
com a camisa do Botafogo? Isto mesmo. Tudo porque na época era difícil um time comprar
um uniforme. Como o Corintinha era formado somente por garotos, ficava mais
difícil ainda. Então jogavam com a camisa emprestada pelo Botafoguinho, do
Egídio, no melhor estilo “fair-play”.
Na outra foto do ano
passado, decorridos 52 anos, o emocionante encontro dos três destaques do
Corintinha: Luiz Conessa, Vado e Waldir Peres. E dos álbuns que a Cristina
Abido ganhou do Waldir Perez, mostramos a foto dele com a camisa do São Paulo, recebendo o prêmio
Belfort Duarte, dado ao atleta profissional/amador que ficar dez anos ser
sofrer uma expulsão, tendo jogado pelo menos 200 partidas.